segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

EM MEIO A EXPLOSÃO DE CASOS BANPARÁ DESCUMPRE SEUS COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM AS VIDAS DE SEUS TRABALHADORES

 Apenas nesta segunda-feira, 31, três agências confirmaram testagem positiva para covid em funcionários e empregados terceirizados, mesmo após aviso às gerências competentes, as agências permaneceram abertas. Direção do banco também tem falhado em honrar os compromissos de desinfecção dos espaços em unidades após fechamento e diariamente como havia sido prometido.


Com reincidência de casos Agência Castanhal não estaria realizando desinfecções após fechamento.

A segunda-feira iniciou com muitas notícias preocupantes para os funcionários do Banpará. Após uma semana em que muitos casos positivos para covid-19 foram confirmados em agências do banco e uma resposta institucional que sugeria pouca urgência, a publicação de uma portaria interministerial atualizando os protocolos para enfrentamento da covid no ambiente de trabalho gerou a expectativa que ações concretas e eficazes fossem tomadas para ajudar a já massiva disseminação do virus Sarscov-2 em agências por todo estado. Mas nesta segunda o que se viu foi uma sensação de desamparo e impotência – três agências denunciaram casos positivos de covid para as gerências competentes e, mesmo assim, as atividades seguiram regularmente como se nada tivesse ocorrido.


Na agência Belém Centro, que já havia apresentado 3 casos positivos no último dia 26, iniciou o dia com a notícia de mais dois casos – um funcionário e terceirizado APPD. Os funcionários da agência comunicaram a Gesat, Suneg e Gesad. Apesar da comunicação da confirmação ser suficiente para o fechamento da agência a unidade seguia operando normalmente sem ordem de fechamento. Mesma situação viveu a agência de Vizeu com um teste confirmado positivo se somando aos casos de uma copeira e APPD da unidade que também positivaram. Apesar disso nenhuma atitude foi tomada. “A agência continua aberta e nós funcionários expostos e correndo riscos” comentou um funcionário da unidade.

Situação diferente, porém também preocupante, veio da agência Castanhal. Com histórico de um funcionário adoecido com covid a agência apresentou mais uma notificação e, diferente das outras, recebeu ordem de fechamento no final da manhã. Entretanto a preocupação dos funcionários se dá pelo que tem sido recorrente após os fechamentos – a não desinfecção do espaço. Funcionários denunciaram que após o fechamento anterior não houve processo de desinfecção, uma daspromessas da atual direção do banco e que havia sido ratificada noseu ofício.

“Os funcionários têm estado muito preocupados porque apesar de a agência ter fechado quando eles retornaram viram que não houve desinfecção, o ambiente de trabalho estava do mesmo jeito que antes. O risco de contágio segue imenso, ainda mais levando em conta que a transmissão das novas cepas é muito mais rápida e é possível que funcionários não testados estejam assintomáticos no ambiente de trabalho passando a doença a frente e ameaçando a saúde dos colegas, familiares e amigos” comentou nossa presidente Kátia Furtado.

RESPOSTA DO BANCO – Questionada pela Associação, o Banpará, através de sua assessoria, afirmou que está procurando cumprir seu papel. “A desinfecção de Castanhal deve ocorrer hoje a tarde. Sobre Vizeu e Belém Centro são informações que recebemos apenas hoje. A partir do momento em que a gente recebeu essa informação procuramos agir conforme os protocolos internos” afirmou o banco através da sua assessoria, reclamando que pode estar havendo desencontro de informações com funcionários notificando primeiro a Associação do que o próprio banco e isso gerar problemas no fluxo de informações.

A AFBEPA conferiu, junto a uma funcionária da agência de Vizeu, que até o início da tarde não só a unidade não havia sido fechada como não havia recebido qualquer notificação da matriz sobre suas denúncias de casos positivos. A funcionária confirmou que funcionários do banco tem procurado, junto a prefeitura do município, ajuda para realizar a desinfecção do espaço.

NOVOS PROTOCOLOS: RECEBIDOS PORÉM NÃO COMUNICADOS – Sob a perspectiva da nova portaria interministerial, que considera para efeitos de afastamento e trabalho remoto não apenas os funcionários positivos para covid mas também suspeitos, funcionários próximos, funcionários com casos próximos na família e mesmo com quadros gripais e respiratórios agudos. Há uma perspectiva de que para cada novo caso confirmado de 3 a 4 outros funcionários possam ser atingidos, o que exige uma revisão intensa dos protocolos utilizados até aqui.

A assessoria do Banco confirmou que tomou ciência da portaria e suas exigências e encaminhou da área administrativa um posicionamento. Se a direção já definiu medidas a tomar elas não foram, ainda, comunicadas. “Esse tipo de situação não pode correr no atraso que tem corrido. É uma necessidade mais que urgente. Estamos falando da vida dos funcionários, da vida de seus amigos e familiares, estamos falando de não transformar as Unidades em espaços absolutamente insalubres e sem segurança para a saúde de trabalhadores e do público, além do risco de interromper atividades essenciais, que é a missão do Banco. Dia após dia vemos os indicadores da pandemia crescerem em todo país é nossa missão lutar para que o mesmo não ocorra aqui!” desabafou Kátia Furtado.

UNIDOS SOMOS FORTES

A DIREÇÃO DA AFBEPA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

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