A AFBEPA,
representada por sua Presidenta, Kátia Furtado, visitou algumas Unidades de
Trabalho do interior e verificou que a realidade dessas unidades visitadas
necessita de um maior apoio da Área Comercial e ingerência do Setor de Pessoal para
melhorar as condições de trabalho com vendas e a harmonia no ambiente de
trabalho.
Durante as visitas, Kátia Furtado ouviu as demandas do funcionalismo e esclareceu dúvidas e ações da AFBEPA para atuar em prol dos interesses e direitos dos funcionários e funcionárias do Banco. Também falou da importância de estar associado à AFBEPA, para poder usufruir dos benefícios e da luta da associação nas demandas coletivas na Justiça do Trabalho, pois, atualmente, só é beneficiado quem está associado à AFBEPA na data da propositura da Ação. Kátia aproveitou para falar sobre o que foi debatido no 9º Encontro Estadual dos Bancários do Banpará e da importância de se lutar contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, aderindo à Greve Geral de hoje, 30 de junho.
As Unidades visitadas foram Ag. Mojú, Ag. Tailândia, Ag. Tucuruí, Ag. Breu Branco e Ag. Goianésia.
Um problema relatado em todas as cinco agências visitadas foi o fato de que os Gerentes não tem mais alçada para concessão de qualquer tipo de crédito, o que inviabiliza o alcance das metas estipuladas. Agora, quem analisa se haverá ou não o deferimento do crédito pleiteado pelo cliente é o Setor de Cobrança-SUCOB. Essa situação tem feito com que a agência perca clientes, o que dificulta o cumprimento das metas exigidas pelo Banco.
Os funcionários da Ag. Mojú ainda relataram que não foram informados para qual setor da Matriz devem enviar as propostas de negócios a serem analisadas e, se for o caso, liberadas.
Ainda em Mojú, um dos funcionários falou que o banco não vem promovendo Treinamento para seus funcionários, como, por exemplo, quando começaram a trabalhar com o Seguro da Sulamérica. Para que os funcionários começassem a operacionalizar esse seguro, eles tiveram que ir aprendendo sozinhos, pelo método das tentativas, pois não foi promovido nenhum treinamento por parte do Banco para esses funcionários, apenas lhes foi entregue um manual, que cada um entendia como queria.
A queixa, também, é
que o Banco acabou com o Treinamento Introdutório, o que a nosso ver não é a
Política mais correta a ser praticada, pois o Treinamento em uma empresa é uma
ferramenta essencial para o bom andamento do que se quer.
Na Ag. Tailândia, a presidenta da AFBEPA ouviu os funcionários e conversou com eles sobre temas como a greve do dia 30 de junho e a pauta da categoria a ser tratada em Mesa Permanente com o Banpará. Ao final da visita, Kátia foi convidada a confraternizar com os colegas em um lanche, que já é rotina dos funcionários no final da tarde.
Ao chegar na Ag. Tucuruí, a AFBEPA se deparou com agência em obras, mas mesmo assim os bancários continuavam trabalhando no local. Os funcionários informaram que a obra já dura cerca de 5 meses e a previsão de conclusão é só para outubro.
Ficou claro que as condições em que se encontra a agência são prejudiciais à Saúde dos funcionários, pois eles ficam expostos à poeira, que pode causar doenças respiratórias, além de que o piso também está desnivelado, o que pode ocasionar acidentes.
Para completar, um funcionário do banco precisa ficar à noite enquanto as obras são feitas, para a AFBEPA informaram que ele recebe Horas Extras e que o trabalho vai até às 22hs..
As condições de Trabalho a que estão expostos os funcionários é preocupante, pois uma vez perdida a saúde, dinheiro nenhum do mundo paga a intranquilidade e o desconforto advindos desse tipo de infortúnio. Pior é constatar essa realidade sem que o Banco, principal responsável por assegurar a Saúde e Segurança de seus empregados, providencie o remanejamento provisório dos colegas para outro prédio, até o término da reforma. Soubemos que há colega de licença para não ter que inalar poeira.
Na Ag. Breu Branco o pessoal relatou que houve problemas nas condições de trabalho e que um funcionário teve que ficar à noite à disposição do Banco, sem receber as horas extras por isso. Falou-se sobre o Auxílio-Creche e a burocracia que emperra o acesso a essa política, pois só é possível a concessão com a comprovação da matrícula da criança na creche ou apresentando o E-Social, demonstrando que tenha contratado uma babá para cuidar do seu filho. Caso tenha dois filhos, precisaria comprovar que tem duas babás, o que para as funcionárias não é vantajoso, pois o valor do auxílio não daria para pagar duas babás, além de que, no nosso entendimento, uma babá seria suficiente para cuidar dos filhos e a bancária receber os dois auxílios.
Os funcionários também relataram o problema na falta de transparência nos processos seletivos do Banco, pois não é divulgado as mínimas informações necessárias, como os critérios para preenchimento da vaga ou até mesmo os resultados. Os próprios funcionários precisam ficar ligando para obter algum tipo de informação.
Houve perguntas
acerca do Vale Cultura, pois até
agora ninguém sabe se ele funcionará ou não. A AFBEPA entende que o Banco
precisa posicionar o funcionalismo por meio de Informativo Interno.
A última parada da AFBEPA foi na Ag. Goianésia, onde foram relatados problemas de falta de comunicação e entendimento entre gestor e funcionários, o que provoca um clima hostil e compromete o trabalho que o Banco espera.
A AFBEPA entende que é preciso diálogo entre gestor e seus subordinados para que o clima no ambiente de trabalho seja fraterno, cordato e produtivo. Foi relatado que há preconceito por orientação de classe, que tem funcionário há mais de ano atuando em função sem ser efetivado, o que transgride o Acordo Coletivo de Trabalho, além de colega que quis fazer uma prova de sua graduação, mas que não foi liberado para isso, o que fez ele chorar muito trancado no banheiro.
É preciso que o
gestor saiba lidar com seus funcionários, compreendendo que é seu dever
orientar o funcionário para que ele realize o trabalho de maneira correta e
cumpra com seus deveres, mas é imperioso reconhecer os Direitos de cada
Trabalhador, assim como é fundamental o Respeito às suas crenças e liberdades.
Inadmissível no momento de hoje alguém
ser mal visto por causa de suas escolhas, seja religiosa, política, de classe
etc. Cada pessoa tem os seus acertos e equívocos, mas o julgamento do trabalho
deve ser feito por critérios objetivos.
A AFBEPA ouviu as
demandas dos colegas, e encaminhará um ofício para a Direção do Banpará
solicitando esclarecimentos e resoluções para as mesmas.
Garantir que cada bancário e bancária do Banpará tenha o seu Direito Respeitado é o mais importante para a AFBEPA. Por isso, queremos o nosso associado próximo, dialogando sobre a melhor forma de atuar em momentos necessários.
UNIDOS SOMOS FORTES!
A DIREÇÃO DA AFBEPA
Texto e Fotos: Gleici
Correa
Assessoria de
Imprensa