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Ato contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista em Belém |
Hoje
foi um dia de mobilização em todo o país, trabalhadores foram às ruas protestar
contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, que ameaçam retirar
nossos direitos. Em Belém o ato aconteceu na manhã de hoje, na Praça da
república.
A
reforma da Previdência (PEC 287/2016) que já tramita a todo vapor na Câmara
Federal prevê o estabelecimento de uma idade mínima geral (65 anos) para
aposentadoria, combinada a um tempo de contribuição (25 anos), prejudicando
todos os trabalhadores, mas principalmente as mulheres e as categorias que
ainda têm regras diferenciadas de tempo e idade, como os professores.
Apesar
de a grande mídia exaltar os benefícios que essas reformas trarão para o
Brasil, não podemos nos deixar enganar, pois a maior parte da população não
ganhará nada com elas, muito pelo contrário.
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Ato contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista em Belém |
É
absurdo pensar que teremos que trabalhar até os 65 anos, quando a expectativa
de vida do brasileiro é de 75,5 anos, sem falar que essa expectativa muda de
região para região, a maioria dos trabalhadores será obrigada a trabalhar ainda
mais e nem assim terão certeza se conseguirão se aposentar.
Abaixo
veja os principais pontos da Reforma da Previdência.
Aumento
da idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres
A PEC
propõe igualar a idade mínima para homens e mulheres, que passariam a se
aposentar aos 65 anos de idade e teriam que ter pelo menos 25 anos de
contribuição para a Previdência. Um verdadeiro ataque aos direitos de todos os
trabalhadores, em especial ao das mulheres, que enfrentam múltipla jornada de
trabalho ( trabalho formal; cuidar da casa; lavar, passar, cozinhar; cuidar dos
filhos e de sua educação, entre outros ofícios). Essa proposta não leva em
consideração que a expectativa de vida é diferente dependendo da região
brasileira.
Aposentadoria
integral somente com 49 anos de contribuição
Para se
ter o direito à aposentadoria integral será preciso contribuir por 49 anos. Ou
seja, para o trabalhador se aposentar aos 65 anos terá que começar a trabalhar
aos 16 anos, idade escolar, e ter emprego com carteira assinada de forma
ininterrupta sem uma única demissão. Tudo isso em um país onde o índice de
desemprego é altíssimo. A grande maioria vai morrer sem se aposentar. Os que
conseguirem não receberão o benefício de forma integral.
Redução
no valor das Pensões
Pela
proposta do governo a pensão por morte deixa de ser integral, sendo reduzida
para 50%, com acréscimo de 10% por cada dependente menor. Mais uma vez são as
mulheres que mais sofrem, pois a grande parte dos pensionistas são mulheres,
que na maioria das vezes tem apenas essa renda para sobreviver. Para piorar, o
reajuste da pensão será desvinculado do reajuste do salário mínimo o que
impedirá qualquer aumento real no valor da pensão. Existem ainda outras medidas
que atacam os direitos dos trabalhadores, como o fim do regime especial de
aposentadoria para professores; criação de fundos de previdência complementar
para todos os estados e o aumento da idade de 65 para 70 anos para que os
beneficiários pela Lei Orgânica de Assistência Social e do Benefício Assistencial
de Prestação Continuada (BPC) recebam o seu benefício.
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Ato contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista em Belém |
É
PRECISO MOBILIZAR E ORGANIZAR A NOSSA CATEGORIA
As
reformas Previdenciária e Trabalhista vêm com o objetivo de precarizar ainda
mais a situação do trabalhador brasileiro, e não podemos ficar parados
esperando que isso aconteça, só a luta pode mudar essa situação, por isso é
necessário que haja uma mobilização, por local de trabalho, de nossa categoria,
para que juntos, com todos os trabalhadores, possamos barrar essas reformas que
são nocivas e só irão piorar as nossas condições de Vida.
A
paralisação de hoje precisava dessa mobilização e de um pouco de organização.
Ninguém sabia quantas agências bancárias e que Bancos iriam parar, ou seja, a
organização deixou a desejar. Se a categoria entende que é fundamental essa
Luta, como é, então se torna imperioso que a maioria da categoria abrace a
causa. A decisão não pode ser individual, mas Coletiva!
Por
isso a AFBEPA junto com a AEBA, irá organizar indicativamente no dia 06 de
abril às 18h, uma Palestra-debate sobre as Reformas Previdenciária e
Trabalhista, para que possamos ganhar conhecimento e tirar as nossas dúvidas
acerca desses temas que irão interferir diretamente na vida dos trabalhadores.
Só assim poderemos, juntos, enfrentar esse cenário. Disponibilizaremos mais
informações a respeito do evento nas plataformas de comunicação da AFBEPA.
A
classe trabalhadora precisa se unir para que possamos resistir e vencer todos
esses ataques do governo, que pretendem acabar com os atuais direitos
previstos.
UNIDOS SOMOS FORTES!
A DIREÇÃO DA AFBEPA
Texto: Gleici Correa
Assessoria de Imprensa
Fotos: Raphael Castro