Os
trabalhadores do Banpará lutaram muito por um Ponto Eletrônico que marcasse a
Real Jornada de Trabalho, mas, infelizmente, não é o que tem acontecido nas Unidades
de Trabalho, haja vista que, o controle do ponto, ainda fica sob a
governabilidade do Gerente Geral ou do Superintendente, a depender da lotação,
se Agência Bancária ou Matriz.
A
AFBEPA está junto dos trabalhadores nessa luta, desde o início, nas Campanhas
Salariais, quando os Acordos Coletivos disciplinaram esse Direito. Contudo, a implantação
do Ponto, que deveria ser motivo de contentamento para os trabalhadores, pois,
enfim, seria um instrumento que marcaria a correta jornada de trabalho, hoje é um
sistema engessado, rígido e com vários problemas a serem consertados.
Após
esse tempo da implantação, o sentimento da categoria é de frustração, porque se
esperava um sistema onde o bancário ao chegar ao seu local de trabalho pudesse
marcar a sua entrada, o intervalo e a saída, assim, como, se necessário e após
o devido descanso de 15 minutos, a Jornada Extra. Mas, não é o que acontece,
não dessa forma, pois a decisão da empresa é que 5 (cinco) minutos, antes do
início da jornada, dá tempo para todos os empregados baterem o ponto e
iniciarem as suas jornadas de trabalho. Se ocorrer atraso nesse tempo para
registrar o ponto, quem pode abonar esse atraso é o Gerente Geral ou o
Superintendente, quando, o certo seria o empregado pagar o tempo ao final da
jornada.
Em uma
reunião ocorrida na sede do Sindicato, no dia 20 de junho, a AFBEPA foi informada pelo presidente daquela Entidade, que o Banco
pediu na Justiça do Trabalho, que fosse realizada uma assembleia, com o fim de
homologar o Sistema de Ponto Eletrônico. Para a AFBEPA não há como
homologar esse Sistema de Ponto, tendo em vista as irregularidades que
perduram.
A AFBEPA
instou vários funcionários a se manifestar, in loco ou por telefone, e quase à
unanimidade foi dito que as falhas e inconsistências do Ponto não foram
resolvidas, uma vez que ele continua apresentando várias falhas, entre elas
estão o atraso do Sistema em registrar a jornada dos colegas; a
dessincronização entre os horários do Ponto e a máquina do empregado; o SPA e o
Sistema de Ponto que não funcionam de acordo com a jornada de trabalho; Sistema
lento e que trava constantemente etc.
Abaixo
transcrição de alguns relatos:
“No
final do mês quando a gente vai olhar o registro do ponto pra justificar, por
conta de algum erro do sistema, já aconteceu várias vezes de não ter registrado
nada, nem a hora que eu entrei nem a hora que eu saí, ou de em 30 dias
registrar só uma vez a hora da chegada e não registrar a hora da saída, fica
tudo vermelho e eu devendo a alma para o
Banco, devendo um monte de horas, como se eu tivesse faltado todos os dias,
sendo que eu estava aqui, e todos os dias eu assino a folha física na hora da
chegada”.
“Às
vezes, o balãozinho (REP Virtual) não aparece na tela de início e os
funcionários têm que reiniciar a máquina em que trabalham, e quando ele
aparece, já acusa atraso no horário dos funcionários”.
Fica
claro os problemas apresentados, por isso não há como homologar esse Sistema de
Ponto eletrônico do jeito de ele está, pois, além do que foi relatado acima,
ele não vem registrando a Jornada real dos funcionários, e o controle precisa
sempre ser feito pela Folha de Presença Manual, que é assinada conforme
instruções, uma vez que não se pode confiar nesse sistema.
Veja o
relato abaixo de outro funcionário:
“É
muito difícil fazer o controle de ponto, por exemplo, todo mês eu preciso
justificar a minha ausência, porque o sistema de ponto diz que eu falto, já
houve meses de eu estar devendo 49 horas de trabalho para o banco, mesmo
batendo o ponto todos os dias. Eu criei uma pasta na caixa de entrada do meu
e-mail para arquivar os e-mails da batida de ponto, mesmo assim o sistema acusa
falta, aparece como se eu tivesse faltado e as vezes aparece também como se eu
tivesse chegado atrasado, e atraso de duas horas, é como se eu
chegasse no banco 12h, e eu chego no banco todos os dias antes das 10h”.
Se o Banco quer homologar esse sistema, ele
precisa analisá-lo melhor, buscar suas falhas e corrigi-las ou mudar o sistema.
Ajustá-lo
para torna-lo flexível e atendendo a marcação da realidade, sem manipulação
gerencial é algo que precisa ser enfrentado. Vemos como exemplo a jornada de
trabalho de um caixa, onde é imposto a marcação de 5 ( cinco) minuto antes do
início, mas é impossível um Caixa bater
o ponto nesses cinco minutos, receber dinheiro, conferir, arrumar a guicheria e
iniciar o atendimento ao cliente nesse tempo. Esse trabalho todo requer um
tempo de no mínimo 20 minutos.
É
importante à flexibilização do sistema, para que o funcionário possa marcar sua
Real Jornada de Trabalho, pois há um excesso de burocracia imposto pelo Banco e,
nesse aspecto, quem acaba tendo toda a
gestão sobre a marcação é o Gerente Geral ou o Superintendente, a exemplo de justificar
atrasos ou marcação de horas extras, que só pode marcar se forem autorizadas.
Desde sua
implantação o sistema de ponto apresenta falhas que prejudicam o Direito de
marcação da Jornada real dos trabalhadores. O Banpará teve tempo de sobra para
resolver esses problemas, no entanto, os problemas ainda não foram sanados.
A
AFBEPA está aberta ao diálogo, a fim de buscar a melhor solução para a
efetivação dos Direitos dos Trabalhadores, no entanto é necessário que o
Banpará esteja disposto, pois não pode haver diálogo se o mesmo se recusa a
isso. Os relatos confirmam que esse sistema não está servindo para o seu
propósito, o de registrar a Real Jornada de Trabalho, dos bancários e bancárias
do Banpará.
A
AFBEPA espera que o Banco venha dialogar com a Categoria a esse respeito, para
que as falhas que esse Sistema apresenta sejam corrigidas ou que ele seja
substituído por outro que realmente funcione a contento.
UNIDOS
SOMOS FORTES!
A
DIREÇÃO DA AFBEPA
Assessoria
de Imprensa