Desde que a Afbepa visitou a agência Viseu, no nordeste do Pará, e flagrou a Unidade operando com estrutura deficitária de funcionários(as), outras unidades foram ouvidas acerca do assunto e relatam o mesmo problema, o que tem gerado sobrecarga de trabalho para os demais colegas que, com garra e empenho, cumprem o seu papel como podem, a fim de que o Banpará continue oferecendo atendimento de qualidade para a população paraense.
A agência Viseu tinha 11 (onze) funcionários e agora possui apenas sete. Há uma queda brusca de 36% nesse quadro de pessoal, o que resulta em diversos problemas, um dos quais o atendimento à população, que nos dias de grande movimento, fica prejudicado; além da Retaguarda, que está com apenas uma funcionária que encampa todo o serviço sem um operativo(a) que a ajude.
Cansaço, stress, dores no corpo, no estômago, podem advir como dano desse baixo quantitativo de pessoas para realização dos serviços.
Na agência BR Ananindeua, a história é a mesma: há alguns meses a unidade atuava com 15 (quinze) trabalhadores - o que dava um respiro ao funcionalismo - e hoje tem apenas dez, uma queda de 33%. Em detalhes, dois colegas estão de licença saúde, um de licença maternidade e outro foi transferido, sendo que não houve reposição.
“Todos nós estamos sobrecarregados e o movimento está acumulado”, reclama um dos colegas. “Vale lembrar que o corpo Diretivo do Banco sabe desse déficit de trabalhadores aqui em Ananindeua, mas, ainda, não fez nada para reverter essa situação e seguimos aguardando. No mais, estamos diariamente seguindo com os afazeres - cansados - para não respingar nos clientes”, completou o desabafo.
Em Anajás, na Ilha do Marajó, os funcionários vivem a mesma realidade de déficit de funcionários: a estrutura é para 10 (dez) trabalhadores, mas a agência está, atualmente, com 7 (sete), sendo que um está cedido para outra unidade devido a problemas de saúde e outro goza de suas férias que tem direito, ou seja, apenas cinco estão atuando de fato, um déficit de 50%.
Outras agências
Após ter ciência dos fatos, a Associação dos Funcionários do Banpará entrou em contato com 26 agências, dos quais, 42% afirmaram estar funcionando abaixo do planejado, entre elas estão: Colares, Santo Antônio do Tauá, Cachoeira do Arari, Anajás, Salvaterra, Afuá, Moju, Oriximiná, Viseu, além de Regiões Metropolitanas, como Marituba e BR Ananindeua.
Na unidade do Banpará de Oriximiná, no Baixo Amazonas, está faltando um funcionário, sobretudo, no setor de atendimento. Essa baixa pode até representar um quantitativo pequeno em relação às outras unidades, no entanto, como o setor é composto por apenas duas pessoas, a perda nesse caso é de 50% no atendimento, gerando efeitos negativos.
Situação mais delicada na agência Moju, que está com um déficit de duas pessoas, sendo uma de férias e outra que foi transferida, mas não houve reposição. O quadro pode piorar, já que em meados de fevereiro outra funcionária irá se afastar por licença maternidade e o local passará a funcionar apenas com 4 (quatro) funcionários, sendo que o correto é para ser 7 (sete) trabalhadores.
Em Afuá, o quadro normal seria 9 (nove) trabalhadores, mas, no momento, estão com apenas 6 (seis), ou seja, menos três. Uma das principais reclamações são os muitos produtos criados pelo Banco que não acompanham o necessário número de funcionários(as), exigindo um grande sacrifício dos que estão indo trabalhar. “Chegamos no final do dia com um cansaço de uma semana”, lamentam.
Quem sente na pele esse problema são os funcionários(as) das agências Salvaterra e Colares, que relatam que muitos dos que estavam atuando nas unidades foram transferidos, mas, até o momento, não houve reposição do pessoal transferido.
Em Santo Antônio do Tauá, os funcionários cobram uma reestruturação do quadro de pessoal, tendo em vista as demandas, já que a agência é nível 3. “Trabalharmos com uma estrutura menor do que o previsto para agência nível 3, e devido essa falta de pessoal estamos fazendo trabalho de duas ou três pessoas. Tem gente que está acumulando funções. Já foi pedido uma solução, mas até agora o que nos resta mesmo é se virar como podemos”, contou um dos funcionários.
Na Região Metropolitana de Belém, no município de Marituba, os funcionários laboram sob pressão devido ao número de demandas que não é compatível com a quantidade de profissionais naquela unidade. A informação obtida pela Afbepa é de que os setores de retaguarda e atendimento são os mais prejudicados, e que juntos, carecem de 5 (cinco) trabalhadores(as).
“Se falta gente para trabalhar nas várias tarefas diárias, alguém vai acabar assumindo demandas a mais. Já foi solicitado aos setores administrativos para que tenhamos a reposição desse pessoal, mas até agora os nossos pedidos não foram atendidos. Então, seguimos trabalhando dessa forma, pois o Banco não pode parar”, lamentaram os funcionários da agência Marituba.
Indignação
Diante dos fatos, a Associação dos Funcionários do Banpará lamenta, profundamente, que muitos colegas estejam sendo penalizados e sobrecarregados por falta de estrutura de pessoal em diversas agências do Banpará.
Vale lembrar que quem dá o Lucro e Resultado ao Banco são esses Locais de Trabalho e seus funcionários(as), portanto, essa inadequação não pode se manter. Ainda, é importante ressaltar que esse cenário propicia muitos adoecimentos, dentre os quais o psíquico e lesões.
A Afbepa segue de olhos abertos para essas e outras situações…e cobra respostas urgentes da Administração do Banpará, que seja imediatamente reposto o devido quantitativo de trabalhadores (as) nas Unidades que apresentam déficit.
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA