A insegurança predomina nas Unidades de Trabalho do Banpará, e, desta vez, as vítimas foram os funcionários do Posto de Atendimento Bancário do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Somente no primeiro semestre deste ano já se contabilizam 3 “sapatinhos”, 2 assaltos em PABs e duas tentativas de “sapatinho”.
DOS FATOS
De acordo com os relatos, foram quatro homens que cometeram o assalto, um dos assaltantes se passou por soldado da Polícia Militar, mostrou uma carteira funcional e teve sua entrada liberada e, após entrar no Banpará, rendeu os dois seguranças do Posto Bancário, enquanto os outros 3 criminosos entraram a paisana, como clientes comuns, tomaram as armas dos dois vigilantes, que já estavam rendidos no interior do PAB, anunciaram o assalto e levaram o dinheiro dos caixas e dos clientes que ali estavam. Estima-se que os criminosos levaram em torno de 80 mil reais do Banco.
Quando os assaltantes estavam saindo do PAB, um policial militar desconfiou do ocorrido e começou a trocar tiros com os bandidos, que correram em direção a uma praça situada em frente ao PAB. Um deles conseguiu fugir correndo, outros dois, inclusive o que estava portando a mochila com o dinheiro roubado e que foi baleado duas vezes na costa pelo policial, fugiram em uma moto. O último deles, que estava a pé, foi baleado na coxa e na costa e, quando percebeu que não iria conseguir fugir, agarrou uma estudante de enfermagem, que transitava no local, e a fez refém. Após meia hora de negociações entre a polícia e o meliante, ele resolveu se entregar e libertou a estudante. Até o momento somente um dos criminosos foi preso e o dinheiro ainda não foi recuperado.
AJUDA E CUIDADO AOS FUNCIONÁRIOS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA
Somente na manhã de hoje, 29 de junho, a AFBEPA visitou o PAB, do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, para saber como estava a situação no Posto, após o assalto, ocorrido na última sexta-feira, 26/6, que vitimou funcionários e clientes. Infelizmente, a AFBEPA só soube do sinistro no final do dia da ocorrência do assalto, mas fica a nossa solidariedade com todos os colegas e clientes que passaram por essa situação angustiante e traumática.
A Presidenta da AFBEPA entrou em contato com a GESAT, a fim de verificar se os Comunicados de Acidente de Trabalho-CATs haviam sido emitidos, com afirmação positiva daquela gerência, que nos informou também que os funcionários estavam sendo atendidos por uma médica do trabalho e uma psicóloga. Num primeiro momento a médica concedeu o afastamento de 7 dias aos trabalhadores.
“Tem 3 noites que eu não consigo dormir. Em casa tem que estar tudo trancado, pois eu me assusto com qualquer coisa agora; qualquer barulho, dentro ou perto de casa, já faz a minha pressão subir e fico completamente angustiado. Eu passei essas últimas 3 noites lembrando do assalto e quando conseguia dormir, só conseguia sonhar com tiros e acordava assustado. Não consegui esquecer que, durante o assalto, um dos bandidos, que estava com a arma apontada para mim, me confundiu com um policial e eu disse que não era policial, que era bancário, mas ele toda hora afirmava que eu era policial e aproximava, cada vez mais, a arma na minha direção. Nessa hora eu só pensei na minha filha, pois eu tinha quase certeza que ele ia atirar em mim ou me levar como refém, caso ele não acreditasse que eu era apenas um funcionário do Banpará”, relatou um dos colegas, vítima do assalto na última sexta-feira.
A AFBEPA entende que o momento do pós-trauma gera muito medo, angústia e aflição nas vítimas desse tipo de violência. A depressão, o coração em descompasso e a pressão alta são alguns dos sintomas que ficam em quem vivencia esse tipo de abalo.
O Banpará precisa garantir o tempo necessário e o melhor tratamento para os colegas que passaram por esse trauma.
INSEGURANÇA CONSTANTE
A insegurança é constante no bairro onde o PAB está localizado. Os assaltos aos transeuntes e o arrombamento dos carros estacionados ao redor do Hospital são frequentes. Falta investimento em segurança pública, pelo Governo Estadual, e em segurança privada, pelo Banpará. Esse já é o 5º assalto ao Banpará, somente neste primeiro semestre. O segundo com cárcere de clientes e funcionários a Posto do Banpará. O primeiro ocorreu no PAB Primavera, em 20 de maio.
É fundamental que o Banpará tome providências urgentes para conter esse tipo de situação, que violenta tanto clientes quanto funcionários do Banco. É necessário que o Banpará tome a iniciativa da Proteção da Vida e da Integridade de seus funcionários e clientes, investindo em mais Segurança e Proteção.
Atitude, Administração do Banpará!
UNIDOS SOMOS FORTES!
A DIREÇÃO DA AFBEPA
Texto e fotos: Kamilla Santos
Assessora de Imprensa