quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

EM MEIO A CRISE SANITÁRIA, RESPOSTA OFICIAL DO BANCO À AFBEPA SUGERE QUE NÃO HÁ PRESSA PARA O COMBATE À COVID

Empossada nova diretora presidente do Banpará no dia 12 de janeiro, Ruth Pimentel Mélo foi saudada pela AFBEPA em duas ocasiões – a primeira com a emissão do ofício 03/2022 que além do desejo de estabelecer uma boa relação requeria posicionamento sobre os temas urgentes e pendentes, da Promoção Por Merecimento e Por Antiguidade – suspensas há dois anos – e Política de Pessoal para as Dispensas Compulsórias aos 70 anos. Uma segunda comunicação oficial da Afbepa foi remitida no ofício 06/2022 onde a associação solicitou mudanças nos protocolos de enfrentamento a Covid, dado o substancial número de casos e os riscos que esses ofereciam para os demais funcionários(as). Em um gesto de boa vontade a nova presidente do Banco se encontrou, virtualmente, com a presidenta da associação, Katia Furtado, onde ouviu as queixas e solicitações e demonstrou interesse e boa vontade em buscar resolver os problemas apresentados, inclusive,  deliberando sobre alguns. A primeira resposta oficial do Banpará, no ofício 10/2022 do gabinete da presidência, remetido a associação, a resposta foi decepcionante.



HOME OFFICE – SEM MUDANÇAS - A comunicação ainda não trouxe respostas para o primeiro ofício e sua resposta aos apontamentos para enfrentamentos da Covid contradisseram alguns compromissos levantados na reunião virtual – como o remanejamento para trabalho remoto de todos os funcionários que integram o grupo de risco pela condição de insalubridade e insegurança das Unidades de Trabalho. Se na reunião houve a promessa que, com exceção dos caixas, todos os funcionários em risco seriam removidos para o teletrabalho o ofício apenas destaca que “já autorizamos, sempre que possível, o afastamento ao regime remoto dos empregados, com ciência e acompanhamento dos seus respectivos gestores” dando a entender que não há mudanças importantes a se fazer. Pior, de fato, os gestores estão com dificuldade para liberar o pessoal para o home, justamente por falta de vpn. A Afbepa solicita que a Presidência do Banpará, se manifeste por Comunicado, como vão, realmente, ficar essas liberações.


PROTEÇÃO DE ACRÍLICO – SEM PRAZOS - Outra importante reivindicação apresentada foi a da aquisição e implantação de estruturas de proteção em acrílico separando os funcionários de atendimento pessoal dos clientes. Tal proteção é essencial em serviços públicos e tem sido adotada em diversos estabelecimentos desde o início da pandemia. Infelizmente, no Banpará, apesar dos esforços e reclamações da AFBEPA, nenhuma unidade contava com esse tipo de proteção. 


Se no encontro virtual a diretora presidenta Ruth Mélo reconheceu a importância da estrutura no ofício remetido, o gabinete se limita a dizer que “retomando a análise, ainda, da viabilidade de incluir anteparos acrílicos nas estações de atendimento das agências bancárias, para melhor resguardo de nossos empregados, se assim for possível”.


“Essa questão do Acrílico é uma luta antiga nossa. A Afbepa Já demandou na Justiça do Trabalho e, então, o Banco afirmou que providenciaria as estruturas, mas até o momento não concretizou a colocação em nenhum Local. Estamos com Unidades fechando diariamente por conta de funcionários adoecidos por Covid, não é um assunto com importância menor é algo que deveria ser urgente estamos falando da saúde de uma infinidade de pessoas” comentou Kátia Furtado, presidenta da AFBEPA.


RESPOSTAS VAGAS do total de nove itens remetidos no ofício original, a maioria das respostas foram vagas e evasivas. A aquisição de psicólogos para acompanhamento de funcionários adoecidos não teve sequer menção; a disposição, em prazo definido e urgente, de equipamentos de segurança como álcool 70% para higiene das mãos e máscaras adequadas foram respondidas com uma resposta evasiva. 


“Continuaremos a fomentar às áreas competentes para a intensificação de campanhas de proteção à saúde e segurança, contra a proliferação do Coronavírus e suas variantes, bem como, o tempestivo e correto envio de equipamentos de proteção a todos os empregados em todas as unidades do Estado do Pará”. Novamente, uma redação que leva a entender que as práticas atualmente realizadas estão corretas e não necessitam de correção ou ajustes.


CONQUISTAS Embora o resultado final não seja condizente com a urgência que a pauta demanda, a comunicação oficial marca algumas conquistas em meio as reivindicações. O Banpará confirmou convênio com empresa terceirizada para diária desinfecção das unidades e emissão de laudos posteriores. A exigência de comprovação da vacinação por funcionários, em consonância com o que dita a Lei Estadual Nº 9.369/2021, também foi ratificada.


Sobre a testagem e afastamento de pessoal adoecido o ofício destaca que os funcionários que apresentarem à Sudep/Gesat teste PCR ou Antígeno positivo para Covid terão afastamento homologado pelo médico do trabalho por um período de 7 dias após o teste. O ofício anexa ainda uma tabela com prazos para repouso e retorno à atividade levando em conta posterior avaliação do médico do trabalho. A tabela é baseada no documento RECOMENDAÇÕES PARA ISOLAMENTO EM PACIENTES IMUNOCOMPETENTES COM SG POR COVID-19 do Ministério da Saúde.


SALDO DECEPCIONANTE - Apesar de algumas conquistas, o saldo da resposta institucional é muito inferior ao esperado após a conversa virtual. “O mais importante é garantir a segurança e saúde das pessoas, estamos falando de um momento em que temos diversas agências sendo fechadas por conta de surtos de covid. Esse processo não pode ser no ‘tempo do banco’ mas em tempo de combater o problema” descreve nossa presidenta.


Um problema sério que denota a falta de atenção com o tema está no protocolo aplicado quando uma agência aponta funcionários positivados para covid. “Quando uma agência fecha após um caso positivo ela passa por desinfecção e retorna as atividades no dia seguinte com o mesmo quadro de pessoal já que não é feita a testagem do pessoal restante. Ou seja você desinfecta num dia e tudo se reinfecta no outro porque quem está doente e não sabe continua passando a doença em frente. Isso não pode continuar assim” desabafa Kátia.


UNIDOS SOMOS FORTES

A DIREÇÃO DA AFBEPA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

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