quarta-feira, 21 de setembro de 2011

NÃO PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS, EXTRAPOLAÇÃO DE JORNADA, ASSÉDIO E DESVIOS DE FUNÇÃO - A EXPLORAÇÃO DOS TESOUREIROS DO BANPARÁ!


Impactante a reunião dos tesoureiros e tesoureiras do Banpará ocorrida ontem, 20, no Sindicato, convocada pela AFBEPA. Graves denúncias de assédio moral, extrapolação rotineira de jornada sem o devido pagamento das horas extras e desvios de função configuram um verdadeiro desrespeito, uma agressão à CLT, e uma afronta à Constituição Federal, em seu artigo 7º que estabelece que o empregado faz jus ao adicional de hora extra de forma total.

Ocorre que no Banpará, segundo denúncias, os tesoureiros estão realizando jornada de 12h diárias, sendo que recebem por apenas 8h diárias, ou seja, há uma extrapolação de 4h diárias da jornada e isso, de forma rotineira!

Há um dano moral coletivo configurado, uma vez que o Banco obriga a realizar a hora extra de forma rotineira, e não como exceção, o que também está determinado legalmente. Há também um dano material coletivo, quando a saúde dos trabalhadores está sendo abalada de diversas formas, pela extrapolação da jornada e, ainda mais grave, sem o devido pagamento das horas extras.

Vale ressaltar para maior compreensão, que a Súmula 102 do TST é clara quando afirma:

"...

IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava."

Fica claro que, além das 7ª e 8ª horas pagas pela comissão, as demais horas trabalhadas são horas extras e devem ser pagas como tais, caso contrário, há um passivo trabalhista para o Banco, que pode responder em juízo, apesar da determinação manifesta do Presidente do Banpará, que mandou pagar todas as horas extras efetivamente trabalhadas. Aqui, podemos nos perguntar: porque um caso de desobediência que prejudique o Banco é imediatamente levado ao Comitê Disciplinar e pode, não raro, resultar em punição aos bancários, mas um caso de desobediência à ordem do Presidente, que prejudica o trabalhador é flagrantemente ignorado pela direção?

Evidente que nas agências e postos de atendimento do Banpará, a sobrecarga de trabalho é explicada pelo deficit de pessoal e pela pressão sobre os gerentes para redução dos custos com aumento do lucro.  Quem paga por essa política de precarização do trabalho bancário é o trabalhador, que acaba aceitando a imposição de uma rotina extenuante e adoecedora.

Basta de exploração! Os tesoureiros e tesoureiras do Banpará estão unificados e firmes para lutar por respeito e dignidade!

POR MAIS SALÁRIO!

POR EVOLUÇÃO NO PCS!

POR AUMENTO IMEDIATO DA COMISSÃO RETROATIVO A JUNHO DE 2011!

PELA QUEBRA DE TESOURARIA NO VALOR DE R$1.000,00!

POR, NO MÍNIMO, DOIS FUNCIONÁRIOS NA TESOURARIA!

POR VALORIZAÇÃO, DIGNIDADE E RESPEITO!



UNIDOS SOMOS CADA VEZ MAIS FORTES!




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