sexta-feira, 15 de março de 2013

POR RESPEITO E TRANSPARÊNCIA NOS COMISSIONAMENTOS E DESCOMISSIONAMENTOS


DESTITUIÇÕES IMOTIVADAS - A LINHA DA ATUAL DIREÇÃO DO BANPARÁ

Os descomissionamentos têm estado na pauta de debates entre esta AFBEPA e o Banpará, desde há muito. Temos denunciado as posturas de intransigência da direção do Banco e, mesmo após várias denúncias publicadas e cobradas pela AFBEPA, considerando, ainda, que durante a Campanha Salarial em 2012, muito se debateu com a Direção do Banpará sobre a adoção de critérios transparentes e democráticos de comissionamentos e descomissionamentos, infelizmente, nada mudou. O Banco permanece agindo em desrespeito aos preceitos constitucionais de proteção à pessoa humana, de acordo apenas com seus próprios interesses de ocasião.

É preciso levar em conta que, ao retirar uma pessoa da função comissionada, aspectos como desempenho, auto-imagem e imagem perante a coletividade, competência profissional, entre outros, passam a ser cogitados pela própria pessoa, em questionamentos íntimos, e abordados pelo grupo, no caso, os trabalhadores da unidade e de toda a empresa. Essa exposição ocorre exatamente pela falta de critérios e de transparência que contemple igualmente a todos.

Um trabalhador possui sentimentos, não é uma máquina. Ser aprovado ou reprovado sem que lhe explicitem motivação alguma, ou que essa motivação seja coerente para ele e para o grupo, de modo, inclusive, a lhe proporcionar o direito à ampla defesa, ao contraditório, o direito de esclarecer fatos e boatos, isso é o mínimo que se espera de uma administração séria e moderna.


TRÊS DESTITUIÇÕES INJUSTIFICADAS EM APENAS UMA SEMANA – ISSO É GESTÃO?

No dia 08/03, a Direção do Banpará publicou o descomissionamento do Coordenador do PAB Polícia Civil Antonio Bechara, mesmo o funcionário estando de férias e sem nenhum motivo que justificasse tal postura. No dia 11/03, após contatos com a DIRAD feitos no próprio dia 08/03, a Portaria foi revogada. Nesse caso, para nós da AFBEPA, ficou explícita a conotação de perseguição e desrespeito ao amplo e sagrado direito de associação do funcionário, que é delegado sindical, e candidato em uma das chapas nas eleições da AFBEPA.  

Também no dia 08/03, foi descomissionada a coordenadora do PAB Floresta do Araguaia, vinculado à agência Redenção, Kellen Artenuza Pinto Falcão, sob a alegação de que teria “tratado mal o prefeito”. Após conversas, tivemos conhecimento de que a funcionária fez campanha, nas eleições municipais, para o candidato adversário do que vem a ser o atual prefeito. 

Em se confirmando a denúncia, trata-se de perseguição política que vitima uma trabalhadora por exercer um direito democrático inalienável, qual seja o de escolher e fazer campanha para o candidato que desejar.
Diante disso, o setor competente do Banpará deveria se negar a prejudicar uma funcionária, ou, ao menos, providenciar o devido processo, com o direito fundamental constitucional de ampla defesa e contraditório assegurados; mas não o fez, apenas optou pelo caminho mais fácil e mais injusto do descomissionamento. Para a funcionária fica a dor, o sofrimento e a angústia de não ter os seus direitos respeitados, e de não ter sido tratada com o devido profissionalismo.

Ontem fomos informadas de outro descomissionamento, nesse caso, de uma funcionária da Ag. Belém Centro. Não conseguimos antever algo que justificasse tal ato de gestão, considerando que a funcionária é extremamente dedicada, zelosa e ágil; é daquelas que como se diz, veste a camisa da empresa.

Em apenas uma semana, os três descomissionamentos injustificados, que se somam a tantos outros casos desde 2010, aumentam a insegurança dos bancários e bancárias quanto à sua vida profissional e geram instabilidade e um clima onde pode prosperar mazelas como o adoecimento e o assédio moral.

AVALIAÇÃO JUSTA E PERMANENTE NO TRABALHO

Esta AFBEPA defende que qualquer trabalhador deve ser visto como SER HUMANO e, que, portanto, não pode ser destituído de sua função da forma injusta como essa Direção do Banpará vem praticando.

Não adianta a direção do Banpará bradar aos quatro cantos que é seu o Poder Diretivo, o que a torna “Senhora dos Destinos” dos funcionários comissionados. Tal poder está limitado à necessidade de resguardar a dignidade humana de quem se encontra sob o mando. 

A decisão de comissionar e descomissionar não pode ser desprovida de uma boa avaliação da vida profissional da pessoa como um todo; é necessário trabalhar com Etapas de Avaliação, verificando com a maior acuidade determinados aspectos como, por exemplo: o que pode estar interferindo no trabalho da pessoa? De que forma a empresa pode ajudar, com seus setores competentes? Quais são as políticas de pessoal, de capacitação, que possam oportunizar maiores e melhores chances de aumento do potencial existente em cada pessoa? Quais as instâncias constituídas, que podem servir de suporte de consulta para a solução de problemas?

Jamais se pode destituir alguém por questões de política partidária ou governamental, pois o dano causado por esse gesto é imensurável e sequer reparável, porque se entranha no inconsciente da pessoa um sentimento de imprestabilidade. É preciso maturidade e CAUTELA para evitar prejuízos para a vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

Continuaremos denunciando os injustos comissionamentos e descomissionamentos, porque tudo deve estar democraticamente regrado, de modo a oportunizar chances a todos e a não cometer injustiças com as vidas das pessoas; e continuamos pautando esse tema junto à direção do Banpará.

“É tempo de primar pelo respeito à pessoa humana! Que o Banco adote práticas humanizantes tanto para com seus clientes externos, quanto para com seus funcionários e funcionárias, que são o maior patrimônio de uma empresa!” afirma a Presidenta da AFBEPA.


SEMPRE FIRMES NA LUTA,


UNIDOS SOMOS FORTES!









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