DESTITUIÇÕES
IMOTIVADAS - A LINHA DA ATUAL DIREÇÃO DO BANPARÁ
Os descomissionamentos têm estado na pauta de debates
entre esta AFBEPA e o Banpará, desde há muito. Temos denunciado as posturas de
intransigência da direção do Banco e, mesmo após várias denúncias publicadas e
cobradas pela AFBEPA, considerando, ainda, que durante a Campanha Salarial em 2012,
muito se debateu com a Direção do Banpará sobre a adoção de critérios transparentes
e democráticos de comissionamentos e descomissionamentos, infelizmente, nada
mudou. O Banco permanece agindo em desrespeito aos preceitos constitucionais de
proteção à pessoa humana, de acordo apenas com seus próprios interesses de
ocasião.
É preciso levar em conta que, ao retirar uma pessoa da função
comissionada, aspectos como desempenho, auto-imagem e imagem perante a
coletividade, competência profissional, entre outros, passam a ser cogitados pela
própria pessoa, em questionamentos íntimos, e abordados pelo grupo, no caso, os
trabalhadores da unidade e de toda a empresa. Essa exposição ocorre exatamente
pela falta de critérios e de transparência que contemple igualmente a todos.
Um trabalhador possui sentimentos, não é uma máquina. Ser
aprovado ou reprovado sem que lhe explicitem motivação alguma, ou que essa
motivação seja coerente para ele e para o grupo, de modo, inclusive, a lhe
proporcionar o direito à ampla defesa, ao contraditório, o direito de
esclarecer fatos e boatos, isso é o mínimo que se espera de uma administração
séria e moderna.
TRÊS
DESTITUIÇÕES INJUSTIFICADAS EM APENAS UMA SEMANA – ISSO É GESTÃO?
No dia 08/03, a Direção do Banpará publicou o
descomissionamento do Coordenador do PAB Polícia Civil Antonio Bechara, mesmo o
funcionário estando de férias e sem nenhum motivo que justificasse tal postura.
No dia 11/03, após contatos com a DIRAD feitos no próprio dia 08/03, a Portaria
foi revogada. Nesse caso, para nós da AFBEPA, ficou explícita a conotação de perseguição
e desrespeito ao amplo e sagrado direito de associação do funcionário, que é
delegado sindical, e candidato em uma das chapas nas eleições da AFBEPA.
Também no dia 08/03, foi descomissionada a coordenadora
do PAB Floresta do Araguaia, vinculado à agência Redenção, Kellen Artenuza
Pinto Falcão, sob a alegação de que teria “tratado mal o prefeito”. Após conversas,
tivemos conhecimento de que a funcionária fez campanha, nas eleições municipais,
para o candidato adversário do que vem a ser o atual prefeito.
Em se confirmando
a denúncia, trata-se de perseguição política que vitima uma trabalhadora por
exercer um direito democrático inalienável, qual seja o de escolher e fazer
campanha para o candidato que desejar.
Diante disso, o setor competente do Banpará deveria se negar
a prejudicar uma funcionária, ou, ao menos, providenciar o devido processo, com
o direito fundamental constitucional de ampla defesa e contraditório
assegurados; mas não o fez, apenas optou pelo caminho mais fácil e mais injusto
do descomissionamento. Para a funcionária fica a dor, o sofrimento e a angústia
de não ter os seus direitos respeitados, e de não ter sido tratada com o devido
profissionalismo.
Ontem fomos informadas de outro descomissionamento, nesse
caso, de uma funcionária da Ag. Belém Centro. Não conseguimos antever algo que
justificasse tal ato de gestão, considerando que a funcionária é extremamente
dedicada, zelosa e ágil; é daquelas que como se diz, veste a camisa da empresa.
Em apenas uma semana, os três descomissionamentos
injustificados, que se somam a tantos outros casos desde 2010, aumentam a insegurança
dos bancários e bancárias quanto à sua vida profissional e geram instabilidade
e um clima onde pode prosperar mazelas como o adoecimento e o assédio moral.
AVALIAÇÃO
JUSTA E PERMANENTE NO TRABALHO
Esta AFBEPA defende que qualquer trabalhador deve ser
visto como SER HUMANO e, que, portanto, não pode ser destituído de sua função
da forma injusta como essa Direção do Banpará vem praticando.
Não adianta a direção do Banpará bradar aos quatro cantos
que é seu o Poder Diretivo, o que a torna “Senhora dos Destinos” dos funcionários
comissionados. Tal poder está limitado à necessidade de resguardar a dignidade
humana de quem se encontra sob o mando.
A decisão de comissionar e
descomissionar não pode ser desprovida de uma boa avaliação da vida profissional
da pessoa como um todo; é necessário trabalhar com Etapas de Avaliação,
verificando com a maior acuidade determinados aspectos como, por exemplo: o que
pode estar interferindo no trabalho da pessoa? De que forma a empresa pode
ajudar, com seus setores competentes? Quais são as políticas de pessoal, de
capacitação, que possam oportunizar maiores e melhores chances de aumento do
potencial existente em cada pessoa? Quais as instâncias constituídas, que podem
servir de suporte de consulta para a solução de problemas?
Jamais se pode destituir alguém por questões de política
partidária ou governamental, pois o dano causado por esse gesto é imensurável e
sequer reparável, porque se entranha no inconsciente da pessoa um sentimento de
imprestabilidade. É preciso maturidade e CAUTELA para evitar prejuízos para a
vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
Continuaremos denunciando os injustos comissionamentos e
descomissionamentos, porque tudo deve estar democraticamente regrado, de modo a
oportunizar chances a todos e a não cometer injustiças com as vidas das
pessoas; e continuamos pautando esse tema junto à direção do Banpará.
“É tempo de primar pelo respeito à pessoa humana! Que o
Banco adote práticas humanizantes tanto para com seus clientes externos, quanto
para com seus funcionários e funcionárias, que são o maior patrimônio de uma
empresa!” afirma a Presidenta da AFBEPA.
SEMPRE FIRMES NA LUTA,
UNIDOS SOMOS FORTES!
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