Nos
informa a presidenta da AFBEPA e representante eleita dos funcionários no
GT/PCS Kátia Furtado, que estão reunidas, em um seminário de três dias, as representantes dos funcionários e
do Banco, membros do GT/PCS, em curso organizado pelo
Banco.
Nas
reuniões do GT/PCS ainda não há no
avanço que precisamos: RETIRAR COMPLETAMENTE O CRITÉRIO DE METAS/GED PARA
PROMOÇÃO POR MERECIMENTO que, enquanto a AFBEPA esteve excluída do GT/PCS,
foi inserido, pelo Banco, com a anuência do Sindicato, dentro do nosso Plano de
Cargos e Salários.
A
pressão por metas financeiras inatingíveis agora tem sido imposta com mais
força pelo Banco, chegando ao limite do assédio, que se desdobra num ciclo
pernicioso na hierarquia do Banpará, e os colegas estão percebendo, com mais
clareza, o que sempre afirmamos: metas trazem adoecimentos, estresse, assédio
moral. Meta mata. Não podemos aceitar que as metas sejam critérios para nossa promoção
dentro do PCS! Não podemos!
Kátia
Furtado, eleita pelos funcionários, apresentou um conjunto de propostas (clique aqui para ler) para
critérios subjetivos e objetivos de promoção por merecimento que têm sido
debatidas no GT/PCS, mas o Banco insiste em manter as metas.
A HISTÓRIA RECENTE DA
NOSSA LUTA – A “CAMPANHA PELO PCS”
Na
primeira etapa, desde 2008 e em 2009, quando a AFBEPA participava do GT/PCS, foi definido o realinhamento na nova tabela e apontadas as premissas fundamentais do nosso
PCS.
Como todos lembram, (clique aqui para ler na íntegra) o Banco tinha um prazo para implantar o PCS até 18 de
maio de 2009. Próximo dessa data, a AFBEPA soltou uma notinha comemorando a
breve conquista de uma luta de 15 anos no Banco. O então presidente do Banpará, o petista Edilson Rodrigues, chamou a presidenta da AFBEPA acusando-a de má fé, porque
ela deveria saber que o Banco não iria cumprir o ACT e não iria implantar o PCS
na data acordada.
Imediatamente
Kátia Furtado retrucou e perguntou ao então presidente do Banco porque ela
deveria saber. Ele lhe disse que havia sido realizada uma reunião com todas as
entidades representativas dos funcionários, inclusive o Sindicato dos
Bancários, e que naquela reunião o Banco havia informado que o PCS não seria
implantado em 18 de maio de 2009.
Kátia
Furtado esclareceu ao então presidente que a AFBEPA não havia sido convocada e
nem havia participado dessa reunião, porque não estava atrelada nem ao governo
e nem à direção do Banco, que sabiam que a AFBEPA jamais concordaria com essa
decisão.
Naquele mesmo instante Kátia Furtado registrou o estranhamento diante
do fato de que as demais entidades sabiam desse descumprimento do ACT, em um
ponto tão fundamental para os bancários e, mesmo assim, ficaram caladas, sem
comunicar e convocar a categoria para a luta pelo PCS, já conquistado no ACT, e com data marcada para ser implantado.
Daí
em diante, todos lembram, a AFBEPA informou a categoria do que estava ocorrendo
e iniciou, junto com os funcionários, uma poderosa “CAMPANHA PELO PCS” onde afirmávamos: “PCS: TÁ NO ACORDO, É PRA SER CUMPRIDO!” O Sindicato continuava
calado, e a Campanha pelo PCS crescia. Exigíamos que o Sindicato chamasse uma
assembléia e a direção do Sindicato se negava. Enquanto isso, as reuniões
chamadas pela AFBEPA cresciam e a luta pelo cumprimento do ACT e pela
implantação do nosso PCS se fortalecia.
ATRELAMENTO - DIRETORIA DO SINDICATO VOTOU CONTRA A AÇÃO DE CUMPRIMENTO
Quando
marcamos e divulgamos a Grande Reunião
no Postão, para a mesma data a direção do Sindicato chamou a Assembléia dos Funcionários do Banpará.
A AFBEPA cancelou a Grande Reunião e jogou forças na mobilização para a
Assembléia. A direção do Banco e a direção do Sindicato, juntas, também
mobilizaram. Mas a vontade da maioria dos funcionários venceu o atrelamento e o
peleguismo e, felizmente, foi aprovada a Ação
de Cumprimento do PCS. Nessa Assembléia, toda a direção do Sindicato dos Bancários defendeu contra e votou
contra a Ação de Cumprimento, votou contra os interesses dos funcionários,
votou a favor dos interesses do Banco que, na época, era do mesmo partido político
da direção sindical.
Com
a Ação de Cumprimento ganhamos a Tutela
Antecipada sentenciada pelo Juiz do Trabalho Dr. Pedro Tourinho Tupinambá que obrigava o Banco a implantar o nosso PCS em janeiro de 2010,
com efeito retroativo a 18 de maio de 2009. Em outra assembléia o Banco e o
Sindicato defenderam contra a retroatividade e o Banco pagou apenas uma
bonificação pelos meses de não cumprimento do Acordo. A AFBEPA defendeu a
retroatividade, considerando que estávamos já no mês de dezembro de 2009 e a
implantação seria em janeiro de 2010, ou seja, em menos de um mês teríamos
nosso PCS e os valores integrais retroativos a que fazíamos jus.
FOI A NOSSA LUTA E A AÇÃO DE CUMPRIMENTO VOTADA EM ASSEMBLÉIA QUE DEFINIU NOSSA VITÓRIA E A IMPLANTAÇÃO DO NOSSO PCS
De
todo modo, o que garantiu a implantação do nosso PCS foi a luta dos
funcionários e da AFBEPA, e a Ação de Cumprimento do PCS, votada em assembléia,
apesar da defesa e voto contrários da direção do Sindicato. Está na ata.
Como
determinou a sentença judicial, nosso PCS foi implantando em janeiro de 2010,mas
com modificações unilaterais nas regras
do PCS sem denúncia formal do Sindicato. A AFBEPA tentou entrar na Ação
como terceiro, pedindo o direito de denunciar o Acordo por conta das
modificações do Banco, mas a Juíza considerou que, sendo o Sindicato o
substituto processual da categoria, a Associação nada poderia fazer legalmente.
O pedido da AFBEPA foi negado e a direção do Sindicato e a direção do Banco
comemoram juntas.
EM MARÇO DE 2010 A
AFBEPA É RETIRADA, PELO SINDICATO, DO GT/PCS
Em
março de 2010, em meio a muitas lutas relativas ao PCS, em meio a uma eleição
para Representante dos Funcionários no Conselho de Administração na qual o
Sindicato apoiava uma candidata, diretora sindical, e a AFBEPA apoiava o Carlos
Antônio, que, segundo comentários entre os funcionários, era o preferido, a
eleição foi anulada ao arrepio do Regulamento e do mínimo bom senso, cinco
minutos antes do fim do pleito, porque, ao que tudo indica, a candidata diretora
do Sindicato iria perder; e após a reeleição de Kátia Furtado para a
Presidência da AFBEPA, na qual outra diretora sindical era candidata e perdeu,
a direção do Sindicato decidiu excluir a AFBEPA do GT/PCS.
Kátia
Furtado recebeu um telefonema em um final de tarde quando uma colega leu a
portaria do Banco comunicando que o Sindicato havia encaminhado a substituição
de Kátia Furtado por outro funcionário, aliado da direção sindical.
A partir de
março de 2010, tudo o que ocorreu no GT/PCS, incluindo todas as definições da
segunda etapa sobre os critérios para promoção por merecimento são de inteira
responsabilidade do Banco e do Sindicato que, juntos, concordaram até com as metas/GED
como critério.
O HISTÓRICO ENCONTRO
DE 2011
No
dia 11 junho de 2011 ocorreu o Encontro dos Funcionários do Banpará no colégio
Sophos onde a AFBEPA tinha a ampla maioria e foi decidida, por proposta da
AFBEPA, a unidade institucional
entre as entidades representativas dos funcionários. A minuta e as negociações
foram feitas com a participação da AFBEPA e resultaram no melhor Acordo do Brasil, inclusive porque invertemos a lógica de
negociação começando a pautar as cláusulas econômicas.
Somente em julho de 2011 a AFBEPA retornou ao GT/PCS, mas o que encontrou foi
um relatório em que o Banco tinha conseguido, durante o ano de 2010, impor
todos os seus interesses e a sua lógica contra os interesses dos funcionários,
tudo com a anuência completa dos então representantes indicados pelo Sindicato.
Há, inclusive, um documento enviado pelo então presidente do Sindicato, Alberto
Cunha, o Betinho, em que ele, após perceber que as diretoras sindicais
indicadas pelo Sindicato haviam aceitado tudo o que o Banco tinha proposto,
solicita ao Banco que não sejam as metas exclusivamente os critérios para promoção por
merecimento, mas, além das metas, também se considerasse mais dois ou três
critérios. Este documento, sem uma defesa competente por parte das diretoras
sindicais, nem foi considerado no GT/PCS.
AFBEPA SE RECUSOU A
ASSINAR O RELATÓRIO QUE INCLUIA METAS COMO CRITÉRIO PARA PROMOÇÃO POR
MERECIMENTO
Quando
retornou ao GT/PCS e encontrou esse cenário adverso, a AFBEPA não aceitou
assinar o Relatório e as diretoras do Sindicato também não, apesarem de terem
concordado com tudo durante o processo como mostram as atas, que já estão
conosco e serão mostradas à categoria. Apenas um representante indicado pelo
Sindicato teve a hombridade de assumir que todos haviam concordado, sim, com as
metas/GED como critério para promoção por merecimento.
As
representantes do Banco decidiram encaminhar o Relatório da segunda etapa à
direção da empresa sem as assinaturas dos representantes dos funcionários, mas a segunda etapa não foi encerrada porque, na luta da Campanha Salarial,
conseguimos a manutenção do GT/PCS para rediscutir
os critérios para promoção por merecimento.
Conseguimos
também o direito de eleger no voto direto nossos representantes em todos os
Comitês e Grupos do Banpará e, agora, o Sindicato não pode mais indicar quem
nos representa, nós elegemos, colaboramos e cobramos dos nossos representantes
uma boa atuação em nossa defesa.
O GT/PCS AGORA – TEMOS
QUE HUMANIZAR NOSSO PCS.
Feita
essa breve reconstituição histórica (para quem deseja conhecer melhor essa
história, é só pesquisar aqui no blog. Está tudo registrado.) temos que nos
concentrar no agora.
"Neste momento há uma prioridade com relação ao PCS: a
exclusão completa das metas/GED como critérios para nossa promoção por
merecimento e a definição de critérios justos, viáveis, objetivos e subjetivos,
critérios humanizados no PCS, apresentados por mim no GT. Não somos máquinas de metas e lucros, somos seres humanos e temos que ser considerados como seres humanos!" afirma a representante eleita dos funcionários, Kátia Furtado, que apresentou, no prazo determinado pela coordenação do GT, um conjunto de
propostas (para ler clique aqui). Estas mesmas propostas foram aprovadas na íntegra no Encontro dos
Bancários do Banpará e serão pauta da nossa Minuta de Reivindicações.
QUEREMOS A EXCLUSÃO TOTAL DAS METAS NO PCS
O
Banco não está disposto a recuar das metas/GED como critério para promoção por
merecimento e quer se valer das atas e da carta enviada pelo então presidente
do Sindicato para ‘aceitar’ que apenas se altere os pesos onde, em um primeiro
momento o Banco queria definir: metas/GED - 80% de peso, e outros critérios - 20%.
Na última reunião do GT/PCS o Banco recuou um pouco mais em termos de pesos:
metas/GED - 60% e outros critérios - 40%.
A representante dos funcionários
Kátia Furtado se manifestou de pronto contrariamente a qualquer critério de
metas/GED dentro do PCS. Acompanhou-a na defesa contra as metas a representante eleita Vera Paoloni. As demais representantes, infelizmente, estão mais preocupadas
com as atas do que com as defesas efetivas dos interesses dos funcionários.
Agora dizem que não concordam com as metas, mas aceitaram, em 2010, tudo
o que o Banco propôs no GT/PCS.
NOSSAS PRIORIDADES NA
LUTA DA CAMPANHA SALARIAL ESTE ANO: PCS E PISO SALARIAL.
Nada
está fechado e nem definido quanto aos critérios para promoção por merecimento,
que é o centro da segunda etapa do PCS. No momento em que a mesa foi retomada,
tudo pode e está sendo rediscutido. Mas, com a anuência do Sindicato em 2010, o
Banco quer manter as metas/GED no PCS agora. Não aceitamos!
Temos
que ter clareza que não será fácil, porém, nossa única chance de salvar nosso
PCS é nossa luta da Campanha Salarial este ano. Temos que jogar todo o peso da
nossa força, da nossa mobilização em um movimento poderoso que faça a direção
do Banco perceber que não vamos aceitar
progredir no PCS se cumprirmos as metas financeiras impostas. Não vamos
aceitar esses critérios injustos, desumanos, com metas inatingíveis, que nos adoecem e nos
levam ao assédio moral. Se o Banco quer implantar metas, que seja fora do nosso
PCS e com a participação dos funcionários na elaboração de metas financeiras e sociais atingíveis, mas jamais
como critério para progressão no PCS.
Nossa
Minuta de Reivindicações é extensa, mas temos que deixar claro para a direção
do Banco que só avançamos nas negociações das demais cláusulas após duas
definições na mesa:
1) EXCLUSÃO
TOTAL DAS METAS/GED DO PCS e
2) AUMENTO
DO PISO CONFORME O PISO DO DIEESE.
É
isso. Tenhamos clareza, coragem, independência, firmeza de propósitos e fé de que
nossos direitos e conquistas serão garantidos apenas com a nossa luta, como tem sido, desde sempre!
UNIDOS
SOMOS FORTES!
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