quinta-feira, 5 de julho de 2012

PCS - A LUTA CONTINUA. TEMOS QUE HUMANIZAR NOSSO PCS.

Nos informa a presidenta da AFBEPA e representante eleita dos funcionários no GT/PCS Kátia Furtado, que estão reunidas, em um seminário de três dias, as representantes dos funcionários e do Banco, membros do GT/PCS, em curso organizado pelo Banco.

Nas reuniões do GT/PCS ainda não há no avanço que precisamos: RETIRAR COMPLETAMENTE O CRITÉRIO DE METAS/GED PARA PROMOÇÃO POR MERECIMENTO que, enquanto a AFBEPA esteve excluída do GT/PCS, foi inserido, pelo Banco, com a anuência do Sindicato, dentro do nosso Plano de Cargos e Salários.

A pressão por metas financeiras inatingíveis agora tem sido imposta com mais força pelo Banco, chegando ao limite do assédio, que se desdobra num ciclo pernicioso na hierarquia do Banpará, e os colegas estão percebendo, com mais clareza, o que sempre afirmamos: metas trazem adoecimentos, estresse, assédio moral. Meta mata. Não podemos aceitar que as metas sejam critérios para nossa promoção dentro do PCS! Não podemos!

Kátia Furtado, eleita pelos funcionários, apresentou um conjunto de propostas (clique aqui para ler) para critérios subjetivos e objetivos de promoção por merecimento que têm sido debatidas no GT/PCS, mas o Banco insiste em manter as metas.

A HISTÓRIA RECENTE DA NOSSA LUTA – A “CAMPANHA PELO PCS”
Na primeira etapa, desde 2008 e em 2009, quando a AFBEPA participava do GT/PCS, foi definido o realinhamento na nova tabela e apontadas as premissas fundamentais do nosso PCS. 

Como todos lembram, (clique aqui para ler na íntegra) o Banco tinha um prazo para implantar o PCS até 18 de maio de 2009. Próximo dessa data, a AFBEPA soltou uma notinha comemorando a breve conquista de uma luta de 15 anos no Banco. O então presidente do Banpará, o petista Edilson Rodrigues, chamou a presidenta da AFBEPA acusando-a de má fé, porque ela deveria saber que o Banco não iria cumprir o ACT e não iria implantar o PCS na data acordada.

Imediatamente Kátia Furtado retrucou e perguntou ao então presidente do Banco porque ela deveria saber. Ele lhe disse que havia sido realizada uma reunião com todas as entidades representativas dos funcionários, inclusive o Sindicato dos Bancários, e que naquela reunião o Banco havia informado que o PCS não seria implantado em 18 de maio de 2009.

Kátia Furtado esclareceu ao então presidente que a AFBEPA não havia sido convocada e nem havia participado dessa reunião, porque não estava atrelada nem ao governo e nem à direção do Banco, que sabiam que a AFBEPA jamais concordaria com essa decisão. 

Naquele mesmo instante Kátia Furtado registrou o estranhamento diante do fato de que as demais entidades sabiam desse descumprimento do ACT, em um ponto tão fundamental para os bancários e, mesmo assim, ficaram caladas, sem comunicar e convocar a categoria para a luta pelo PCS, já conquistado no ACT, e com data marcada para ser implantado.


Daí em diante, todos lembram, a AFBEPA informou a categoria do que estava ocorrendo e iniciou, junto com os funcionários, uma poderosa “CAMPANHA PELO PCS” onde afirmávamos: “PCS: TÁ NO ACORDO, É PRA SER CUMPRIDO!” O Sindicato continuava calado, e a Campanha pelo PCS crescia. Exigíamos que o Sindicato chamasse uma assembléia e a direção do Sindicato se negava. Enquanto isso, as reuniões chamadas pela AFBEPA cresciam e a luta pelo cumprimento do ACT e pela implantação do nosso PCS se fortalecia.

ATRELAMENTO - DIRETORIA DO SINDICATO VOTOU CONTRA A AÇÃO DE CUMPRIMENTO
Quando marcamos e divulgamos a Grande Reunião no Postão, para a mesma data a direção do Sindicato chamou a Assembléia dos Funcionários do Banpará. A AFBEPA cancelou a Grande Reunião e jogou forças na mobilização para a Assembléia. A direção do Banco e a direção do Sindicato, juntas, também mobilizaram. Mas a vontade da maioria dos funcionários venceu o atrelamento e o peleguismo e, felizmente, foi aprovada a Ação de Cumprimento do PCS. Nessa Assembléia, toda a direção do Sindicato dos Bancários defendeu contra e votou contra a Ação de Cumprimento, votou contra os interesses dos funcionários, votou a favor dos interesses do Banco que, na época, era do mesmo partido político da direção sindical.

Com a Ação de Cumprimento ganhamos a Tutela Antecipada sentenciada pelo Juiz do Trabalho Dr. Pedro Tourinho Tupinambá que obrigava o Banco a implantar o nosso PCS em janeiro de 2010, com efeito retroativo a 18 de maio de 2009. Em outra assembléia o Banco e o Sindicato defenderam contra a retroatividade e o Banco pagou apenas uma bonificação pelos meses de não cumprimento do Acordo. A AFBEPA defendeu a retroatividade, considerando que estávamos já no mês de dezembro de 2009 e a implantação seria em janeiro de 2010, ou seja, em menos de um mês teríamos nosso PCS e os valores integrais retroativos a que fazíamos jus.

FOI A NOSSA LUTA E A AÇÃO DE CUMPRIMENTO VOTADA EM ASSEMBLÉIA QUE DEFINIU NOSSA VITÓRIA E A IMPLANTAÇÃO DO NOSSO PCS
De todo modo, o que garantiu a implantação do nosso PCS foi a luta dos funcionários e da AFBEPA, e a Ação de Cumprimento do PCS, votada em assembléia, apesar da defesa e voto contrários da direção do Sindicato. Está na ata.

Como determinou a sentença judicial, nosso PCS foi implantando em janeiro de 2010,mas com modificações unilaterais nas regras do PCS sem denúncia formal do Sindicato. A AFBEPA tentou entrar na Ação como terceiro, pedindo o direito de denunciar o Acordo por conta das modificações do Banco, mas a Juíza considerou que, sendo o Sindicato o substituto processual da categoria, a Associação nada poderia fazer legalmente. O pedido da AFBEPA foi negado e a direção do Sindicato e a direção do Banco comemoram juntas.

EM MARÇO DE 2010 A AFBEPA É RETIRADA, PELO SINDICATO, DO GT/PCS
Em março de 2010, em meio a muitas lutas relativas ao PCS, em meio a uma eleição para Representante dos Funcionários no Conselho de Administração na qual o Sindicato apoiava uma candidata, diretora sindical, e a AFBEPA apoiava o Carlos Antônio, que, segundo comentários entre os funcionários, era o preferido, a eleição foi anulada ao arrepio do Regulamento e do mínimo bom senso, cinco minutos antes do fim do pleito, porque, ao que tudo indica, a candidata diretora  do Sindicato iria perder;  e após a reeleição de Kátia Furtado para a Presidência da AFBEPA, na qual outra diretora sindical era candidata e perdeu, a direção do Sindicato decidiu excluir a AFBEPA do GT/PCS.

Kátia Furtado recebeu um telefonema em um final de tarde quando uma colega leu a portaria do Banco comunicando que o Sindicato havia encaminhado a substituição de Kátia Furtado por outro funcionário, aliado da direção sindical. 

A partir de março de 2010, tudo o que ocorreu no GT/PCS, incluindo todas as definições da segunda etapa sobre os critérios para promoção por merecimento são de inteira responsabilidade do Banco e do Sindicato que, juntos, concordaram até com as metas/GED como critério.

O HISTÓRICO ENCONTRO DE 2011
No dia 11 junho de 2011 ocorreu o Encontro dos Funcionários do Banpará no colégio Sophos onde a AFBEPA tinha a ampla maioria e foi decidida, por proposta da AFBEPA, a unidade institucional entre as entidades representativas dos funcionários. A minuta e as negociações foram feitas com a participação da AFBEPA e resultaram no melhor Acordo do Brasil, inclusive porque invertemos a lógica de negociação começando a pautar as cláusulas econômicas.

Somente em julho de 2011 a AFBEPA retornou ao GT/PCS, mas o que encontrou foi um relatório em que o Banco tinha conseguido, durante o ano de 2010, impor todos os seus interesses e a sua lógica contra os interesses dos funcionários, tudo com a anuência completa dos então representantes indicados pelo Sindicato. Há, inclusive, um documento enviado pelo então presidente do Sindicato, Alberto Cunha, o Betinho, em que ele, após perceber que as diretoras sindicais indicadas pelo Sindicato haviam aceitado tudo o que o Banco tinha proposto, solicita ao Banco que não sejam as metas exclusivamente os critérios para promoção por merecimento, mas, além das metas, também se considerasse mais dois ou três critérios. Este documento, sem uma defesa competente por parte das diretoras sindicais, nem foi considerado no GT/PCS.

AFBEPA SE RECUSOU A ASSINAR O RELATÓRIO QUE INCLUIA METAS COMO CRITÉRIO PARA PROMOÇÃO POR MERECIMENTO
Quando retornou ao GT/PCS e encontrou esse cenário adverso, a AFBEPA não aceitou assinar o Relatório e as diretoras do Sindicato também não, apesarem de terem concordado com tudo durante o processo como mostram as atas, que já estão conosco e serão mostradas à categoria. Apenas um representante indicado pelo Sindicato teve a hombridade de assumir que todos haviam concordado, sim, com as metas/GED como critério para promoção por merecimento.

As representantes do Banco decidiram encaminhar o Relatório da segunda etapa à direção da empresa sem as assinaturas dos representantes dos funcionários, mas a segunda etapa não foi encerrada porque, na luta da Campanha Salarial, conseguimos a manutenção do GT/PCS para rediscutir os critérios para promoção por merecimento.

Conseguimos também o direito de eleger no voto direto nossos representantes em todos os Comitês e Grupos do Banpará e, agora, o Sindicato não pode mais indicar quem nos representa, nós elegemos, colaboramos e cobramos dos nossos representantes uma boa atuação em nossa defesa.

O GT/PCS AGORA – TEMOS QUE HUMANIZAR NOSSO PCS.
Feita essa breve reconstituição histórica (para quem deseja conhecer melhor essa história, é só pesquisar aqui no blog. Está tudo registrado.) temos que nos concentrar no agora. 

"Neste momento há uma prioridade com relação ao PCS: a exclusão completa das metas/GED como critérios para nossa promoção por merecimento e a definição de critérios justos, viáveis, objetivos e subjetivos, critérios humanizados no PCS, apresentados por mim no GT. Não somos máquinas de metas e lucros, somos seres humanos e temos que ser considerados como seres humanos!" afirma a representante eleita dos funcionários, Kátia Furtado, que  apresentou, no prazo determinado pela coordenação do GT, um conjunto de propostas (para ler clique aqui). Estas mesmas propostas foram aprovadas na íntegra no Encontro dos Bancários do Banpará e serão pauta da nossa Minuta de Reivindicações.

QUEREMOS A EXCLUSÃO TOTAL DAS METAS NO PCS
O Banco não está disposto a recuar das metas/GED como critério para promoção por merecimento e quer se valer das atas e da carta enviada pelo então presidente do Sindicato para ‘aceitar’ que apenas se altere os pesos onde, em um primeiro momento o Banco queria definir: metas/GED - 80% de peso, e outros critérios - 20%. Na última reunião do GT/PCS o Banco recuou um pouco mais em termos de pesos: metas/GED - 60% e outros critérios - 40%. 

A representante dos funcionários Kátia Furtado se manifestou de pronto contrariamente a qualquer critério de metas/GED dentro do PCS. Acompanhou-a na defesa contra as metas a representante eleita Vera Paoloni. As demais representantes, infelizmente, estão mais preocupadas com as atas do que com as defesas efetivas dos interesses dos funcionários. Agora dizem que não concordam com as metas, mas aceitaram, em 2010, tudo o que o Banco propôs no GT/PCS.

NOSSAS PRIORIDADES NA LUTA DA CAMPANHA SALARIAL ESTE ANO: PCS E PISO SALARIAL.
Nada está fechado e nem definido quanto aos critérios para promoção por merecimento, que é o centro da segunda etapa do PCS. No momento em que a mesa foi retomada, tudo pode e está sendo rediscutido. Mas, com a anuência do Sindicato em 2010, o Banco quer manter as metas/GED no PCS agora. Não aceitamos!

Temos que ter clareza que não será fácil, porém, nossa única chance de salvar nosso PCS é nossa luta da Campanha Salarial este ano. Temos que jogar todo o peso da nossa força, da nossa mobilização em um movimento poderoso que faça a direção do Banco perceber que não vamos aceitar progredir no PCS se cumprirmos as metas financeiras impostas. Não vamos aceitar esses critérios injustos, desumanos, com metas inatingíveis, que nos adoecem e nos levam ao assédio moral. Se o Banco quer implantar metas, que seja fora do nosso PCS e com a participação dos funcionários na elaboração de metas financeiras e sociais atingíveis, mas jamais como critério para progressão no PCS.

Nossa Minuta de Reivindicações é extensa, mas temos que deixar claro para a direção do Banco que só avançamos nas negociações das demais cláusulas após duas definições na mesa:

1) EXCLUSÃO TOTAL DAS METAS/GED DO PCS e

2) AUMENTO DO PISO CONFORME O PISO DO DIEESE.

É isso. Tenhamos clareza, coragem, independência, firmeza de propósitos e fé de que nossos direitos e conquistas serão garantidos apenas com a nossa luta, como tem sido, desde sempre!

UNIDOS SOMOS FORTES!





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