Cada vez mais preocupante a situação de ameaça à saúde dos
bancários e bancárias, na rotina extenuante de trabalho das Agências e Postos
do Banpará, na capital e no interior.
Já há alguns anos, o Banco ampliou bastante sua atuação e o
foco de trabalho, hoje, não é mais unicamente o funcionalismo público; também
há muitas empresas que estão operando com o Banco, pagando suas folhas e realizando negócios, o que fez aumentar enormemente a demanda de serviços.
Também a massacrante cobrança das metas abusivas, da venda
de produtos como os empréstimos, as captações, as aberturas de contas-correntes,
os seguros, a antecipação de
impostos, a oferta de crédito para empresas, etc pressionam ainda mais a rotina
de trabalho.
Como se não bastasse esse quadro alarmante e perigoso, o que
ocorre, hoje, no Banpará é uma verdadeira precariedade na estrutura,
principalmente de pessoal. É absolutamente insuficiente o quadro de pessoas nas
Unidades do Banco, para dar conta da demanda colocada. Para completar, há
dezenas de colegas que estão saindo do Banco até junho/2013, quando termina o prazo
para adesão a esse PDV rebaixado, desrespeitoso; e, mesmo assim, várias pessoas
estão aderindo, porque querem sair e ter direito a uma vida mais saudável, após
tanto sufoco trabalhando no Banpará.
O déficit de funcionários, já que uma grande parte está adoecida, resulta em mais adoecimento para os que ficam aguentando a sobrecarga,
as horas extras não pagas, os desvios de função, que geram o estresse, o cansaço
físico, a extenuação, o adoecimento. Grande parcela dos bancários e bancárias
do Banpará está adoecendo (e falecendo) de problemas cardiovasculares,
gastrointestinais e de transtornos mentais e emocionais, como a depressão. Recentemente publicamos, aqui no
Blog, matéria que mostrava, em uma avaliação técnica, a relação entre as
doenças e o ambiente de trabalho (para ler, clique aqui.).
Nessa campanha salarial 2013, um dos motes principais precisa
ser a cobrança para que o Banco urgentemente estabeleça uma política de contratações, que faça um mapeamento da necessidade das Unidades, considerando todos os
elementos que retiram bancários da rotina de trabalho, tais como as férias e os
adoecimentos, e mantendo, sempre, cerca de duas pessoas a mais nas Unidades,
para que o trabalho se torne humano, já que somos humanos, e não máquinas de
metas e lucros.
Esta AFBEPA, que está diariamente dentro das Unidades do
Banpará, que denuncia publicamente o que está ocorrendo, e que tem a
legitimidade da luta dos bancários e bancárias, não possui o poder legal de representação
que tem um Sindicato, uma Confederação e uma Federação, por isso, fazemos um
chamado às demais entidades para que também verifiquem, ajam, denunciem,
cumpram seu papel e defendam a categoria!
Lamentavelmente, com toda essa situação trágica e caótica
dentro do Banpará, as dirigentes sindicais só se preocupam em se vangloriar por
uma vitória, sob todos os aspectos, questionável. No site do Sindicato, a última
postagem sobre o Banpará durou mais de um mês sem ser atualizada, e era
justamente sobre a Ação do Ponto Eletrônico, o qual ainda não está instalado.
Cadê a direção sindical pra demandar a Justiça e fazer cumprir a sentença
judicial que determinou a implantação do Ponto Eletrônico? Por quê o Ponto
Eletrônico ainda não está instalado, mesmo com a sentença favorável? O que está acontecendo?
FINALMENTE, QUANDO SERÁ O ENCONTRO DO BANPARÁ?
NA LUTA É QUE SE AVANÇA!
UNIDOS SOMOS FORTES!
*
Um comentário:
Eu, desde que entrei nesse banco, nunca mais fui o mesmo. Iniciando pelo interior, onde o massacre é pior, desde então não recuperei mais a minha saúde e, após duas cirurgias ortopédicas, já estou de licença-benefício novamente. E leio no FB da AFBePa, a volúpia de concursados desta Casa de Senzala chamada BANPARÁ, para serem chamados. Pobrezinhos, pois não sabem o que espera por eles. Mas, creio em Deus, que vou me recuperar, mas, em um curto espaço de tempo, estarei em outra repartição, fazendo jús ao meu trabalho com uma remuneração decente, sendo respeitado e tratado com gente. Esperem e verão.
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