Para esta AFBEPA a direção do Banco afirma que a ordem é mandar pagar todas as horas extras efetivamente trabalhadas. Aliás, essa é uma ordem escrita e assinada pelo presidente do Banpará. No entanto, nas agências, a realidade é bem diferente. A ordem subliminar é para que apenas duas horas extras por dia sejam pagas, mesmo que os bancários trabalhem duas ou quatro horas a mais, como ocorreu hoje e sempre ocorre nos dias de pagamento do funcionalismo público estadual ou abertura de consignado.
META MATA
As metas implantadas através do GED são outro bom exemplo da completa dessintonia entre o que planeja e pensa a direção do Banco e o que, de fato, acontece nas unidades, na ponta.
O discurso de que as metas são individualmente contratadas com os funcionários, agora, mais do que nunca, caiu por terra. Os fatos mostram que as metas são impostas a partir do planejamento estratégico feito por quem não está percebendo a realidade sufocante das agências e postos. Falta de pessoal, sobrecarga de trabalho, acúmulos e desvios de função, sistemas falhos e demora excessiva no tempo do atendimento, essa é a realidade das unidades. E agora, pesa mais sobre os ombros dos bancários a injusta cobrança de metas financeiras inatingíveis.
Os funcionários do Banpará têm demonstrado, e não é de hoje, seu enorme compromisso com o Banco. Isso é o que afirmam os recordes de lucros a cada ano. Se é verdade que o cenário mudou, então o Banco precisa capacitar seus funcionários, qualificar ainda mais os bancários e preparar melhor suas equipes para o novo momento. Mas jamais impor injustas regras, principalmente diante de uma realidade tão adversa que precisa, como um todo, ser enfrentada de modo a incluir, somar, e não excluir e dividir. Os funcionários são o maior patrimônio do Banco e precisam ser valorizados e respeitados.
Somos contra as metas, mas se o Banco decidiu implantá-las, não assistiremos passivamente a esse processo brutal! Vamos denunciar e buscar intervir para proteger os direitos e a saúde dos bancários e bancárias. Vamos buscar cumprir a determinação do Encontro dos Bancários do Banpará que, sobre as metas, foi bem claro quando decidiu pela democratização da decisão conjunta com os funcionários e monitorada pelas entidades.
Finalmente, não aceitaremos jamais as metas por dentro do nosso PCS, como aceitaram as diretoras do Sindicato quando estavam sozinhas no GT/PCS, segundo mostram as atas. No nosso Plano de Cargos e Salários, não haverá evolução a partir das metas, mas a partir de critérios objetivos e subjetivos também aprovados no Encontro.
Nesta Campanha Salarial, nosso PCS totalmente livre das metas e o reajuste no piso, conforme o piso do Dieese, serão nossas prioridades!
UNIDOS SOMOS FORTES!
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