A 24ª Conferência Nacional dos Bancários(as) trouxe o público presencial de volta, com organização em formato híbrido. Ao todo mais de 700 pessoas, entre presentes e virtuais, participaram do evento no Hotel Holiday Inn em São Paulo entre os dias 10 a 12 de Junho. O evento, que apontaria a direção da Campanha Salarial Unificada dos Bancários, com a formação de uma Pauta de Reivindicações para as mesas de negociação, no entanto, frustrou expectativas. Os temas pertinentes à categoria praticamente não foram debatidos. Os temas pertinentes à categoria praticamente não foram debatidos.
“Apenas no último dia se falou da Minuta de Reivindicações. E foi feita de forma apressada, o documento sequer foi lido para os presentes. Em 10 minutos foi pedida e aprovada a Minuta! Foi absolutamente frustrante” comenta Kátia Furtado, Presidenta da Nossa Associação e que esteve presente no evento. " ainda tentei solicitar que a Presidente da Contraf lesse a Minuta, mas, segundo ela, não havia tempo ", completa Kátia.
Kátia observou que o evento se focou demais em conjuntura nacional e nas eleições de outubro, fato importante, mas que deveria ter um fórum específico, enquanto as questões pertinentes aos interesses da categoria foram relegadas a um plano de fundo. “Nos dois primeiros dias praticamente só se falou de eleições e da necessidade de mudar o Governo. Eu entendo que é um tema fundamental, pois os trabalhadores (as) estão perdendo muitos direitos com esse governo, mas que não deveriam ser debatidos na nossa Conferência, vez que tínhamos muito o que discutir em relação às nossas Vidas. O momento era para discutir os nossos interesses, as nossas necessidades. As eleições são só em outubro, e o quê que a gente vai fazer até lá? Temos uma negociação a ser travada contra a ganância dos Banqueiros e Direções de Bancos, e nem estratégias para esse enfrentamento conseguimos debater” comentou.
Kátia explica ainda que a CCT tem prazo de duração de dois anos, com o fim de sua vigência em 31 de agosto de 2022, portanto, estratégias para essas mesas de negociação teriam de ser analisadas, mas não foram. "Por exemplo, houve controvérsia sobre a pedida de PLR, linear ou como está na minuta, e na votação venceu como está na minuta. Busquei falar com a Presidente da Contraf para negociar que a limitação na distribuição dos valores constante da regra básica, seja feita na forma de Ticket Alimentação, para que os Banqueiros não fiquem com essa sobra, mas não houve esse debate".
Parece que a aposta é pela mudança de Governo, para que possamos conquistar o que queremos, mas e se o governo não mudar? A eleição é em outubro e as nossas negociações começam em agosto.
Outro ponto frustante foi a aprovação de pedida de 5% de GANHO REAL, uma VERGONHA!!! Quem quer 5% não pede 5%, isso é a lógica da negociação. O pedido tinha de ser de pelo menos 9%, pra chegar em 5%. A Afbepa vê que se pede pouco, quase se rebaixando aos Banqueiros.
A gente tem uma inflação galopante e 33 milhões de pessoas passando fome. O índice de reajuste da inflação nãofoi fechado e, segundo o Dieese, ficará em torno de 12%. A nossa pedida de reajuste dos salários será de inflação mais ganho real, e do Ticket a pedida é um índice maior.
Um ponto muito importante para nossa categoria era a não Renovação da cláusula 11°, que prevê que a gratificação de função remunera a 7° e 8° horas, cláusula assinada na Convenção em 2018, sem qualquer discussão com a nossa categoria. Infelizmente, esse debate, nem entrou em pauta, a Presidenta da Nossa Associação ainda tentou, mas não conseguiu viabilizar esse debate.
A NOSSA PAUTA, A NOSSA LUTA E A NOSSA RESISTÊNCIA TÊM DE INCOMODAR OS BANQUEIROS E DIREÇÕES DE BANCOS.
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
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