Quando a demanda cresce a dedicação e trabalho dos nossos colegas acompanha. Já a resposta do Banco a esses trabalhadores muitas vezes deixa a desejar. |
APRESENTAÇÃO
Iniciamos hoje uma série de matérias dando voz ao funcionalismo do Banpará e mostrando as suas dificuldades ao longo da pandemia, especialmente nos períodos de atividade mais intensa, quando a sobrecarga física e emocional se mostrou maior. As dificuldades com a falta de estrutura de pessoal e tecnológica; e ambientes tóxicos de trabalho, assim como o desValor desse trabalho, em que se amargou 2(dois) anos sem Promoções, por antiguidade e merecimento.
Desde o início da Pandemia do Novo Coronavírus o Banco fez valer sua missão social, ao colocar em execução diversos projetos sociais para amparar, economica e socialmente, a população mais carente. Também, nesse período, ele mostrou uma faceta cruel. Chefes abusivos, condições de trabalho ruins, metas absurdas sobre os funcionários(as) já sobrecarregados com a demanda de público crescente nos Locais de Trabalho, em busca de seu benefício.
Ser funcionário do Banpará, nos últimos três anos, não foi fácil, especialmente em períodos de maior crise na pandemia – pela insegurança sanitária – e nos de sobrecarga de trabalho, por conta dos programas sociais liberados ao mesmo tempo.
Estando agora no terceiro ano da Pandemia é importante dar voz as experiências e dificuldades que nossos colegas, nas mais variadas agências enfrentaram e enfrentam, porque não é improvável que mais períodos extraordinários de busca ao Banco ocorram, conforme novos programas sociais sejam lançados. E, ciente dessas dificuldades, é fundamental que o Banco tome atitudes para que os erros cometidos não se repitam. Porque nessa sucessão de erros e condutas inapropriadas perdemos todos – funcionários, clientes, usuários e o próprio Banco.
PARTE 01 - DÉFICIT DE PESSOAL E HORAS EXTRAS
“Logo no início da Pandemia perdemos dois Caixas com Covid. Foram quadros graves, eles ficaram mais de 20 dias afastados. Então, nosso pessoal, que já era reduzido, se moveu todo para atender e tentar manter funcionando os programas sociais e as filas que não paravam de crescer” comentou um colega da Agência em Tomé Açu.
Ele relata que não haviam máscaras em quantidade suficiente e, por vezes, sequer álcool 70%, mas que a equipe passou a reutilizar máscaras para tentar manter o atendimento funcionando. “Sabíamos que era um risco pra gente, mas era também para as pessoas na fila, que se aglomeravam, para receber 100 reais. Não é muita coisa, mas era toda receita que aquela pessoa ia ter” relembra. Por conta disso, tal qual em muitas Agências, todos os funcionários acabaram acumulando muitas horas extras de trabalho.
“No último pico que tivemos, por volta de fevereiro, com o pagamento de vários programas sociais ao mesmo tempo, os funcionários passavam em média pelo menos duas horas a mais no trabalho, sem que se pudesse compensar”, comenta uma colega de uma movimentada agência em Belém. Ela explica que, embora a Agência fechasse às 15h, na prática o atendimento continuava e as atividades se encerravam muitas vezes à noite.
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