Mais uma vez um bancário foi vítima de assalto no “sapatinho”,
modalidade de crime em que o bandido se desloca até a casa do bancário, o mantém
em cárcere privado, para depois sequestrar ele e sua família. Desta vez foi o
Coordenador do Posto de Atendimento do Centur. O funcionário foi abordado por
bandidos, na manhã de hoje, quando levava os seus dois filhos, um de 7 e outro
de 10 anos, para a escola.
O modus operandi é o mesmo: VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA. Ameaçaram cortar os
dedos das crianças que, em determinado momento, foram separadas do pai pelos
bandidos, retiradas em prantos e pedindo para o pai não deixar aquilo acontecer,
de dentro do carro do próprio bancário. "Se não der certo, vamos atrás do
restante da sua família. Sabemos onde você mora", ameaçou um dos dez
bandidos da quadrilha, que cometeu o crime. Segundo informações, os criminosos
conseguiram levar 750 mil reais do Banco.
A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, assim que soube
do lamentável caso, foi ao encontro do funcionário que, depois de
prestar depoimento, foi encaminhado para uma unidade de saúde, com pressão alta.
O Banpará mandou uma pessoa do setor de
segurança patrimonial e um assistente social, da área de saúde, que ficou
auxiliando o bancário, que estava muito abalado emocionalmente.
"Vendo esse pai aos prantos, sentindo a dor por não ter podido
retirar os filhos daquela situação de violência, tendo que fazer a tudo o que
foi exigido pelos bandidos, nos cortou o coração. Por isso, e para buscar
coibir mais danos e prejuízos aos trabalhadores, nós da AFBEPA, não vamos
admitir que a Direção do Banpará dê o mesmo tratamento que tem feito com os
outros bancários que foram vítimas de assalto no ‘sapatinho’, transferindo-os
unilateralmente, pois o que eles precisam do Banco é muita consideração e
respeito” afirmou Kátia Furtado.
"O Banpará tem que acabar com a prática de
remediar o dano. Nós queremos a política de Prevenção!", completou Joventina
Marques.
A AFBEPA acredita e tem como valor principal o da Família, ela é tudo na
vida. Portanto, entendemos que para compreender a situação que os bancários
passam atualmente, de violência por causa da ausência de Política de Segurança Preventiva
do Banpará, é preciso que nos coloquemos no lugar do pai ou da mãe bancária,
que tem o seu filho(a) nas mãos de criminosos.
O Banpará deve uma resposta para a sociedade e seu funcionalismo: que
investimento de fato está fazendo para combater a Insegurança?
A AFBEPA acredita que é fundamental debater, avaliar e encaminhar junto
com as Entidades de Classe, políticas que tratem, de forma efetiva, dos
problemas detectados nas Unidades de Serviço e fora delas.
Até agora, em 100%
dos casos que divulgamos aqui em nosso blog, 90% envolveram os familiares dos funcionários
do Banpará que foram vítimas desse tipo de crime. Esses criminosos são
articulados. Fazem uma pesquisa detalhada sobre a vida e a rotina do bancário
que será a próxima vítima.
Agora, é necessário estender o tratamento para todas as vítimas,
garantir ao bancário o tempo para sua recuperação, emitir o Comunicado de
Acidente de Trabalho, e, um ponto importante, não transferir o bancário da Unidade de Trabalho, em que ele se encontrava
lotado, pois a violência (ameaças, cárcere, sequestro, dentre outros) não
ocorre no local de trabalho, mas em sua casa.
BANCÁRIO ESTAVA SOBRECARREGADO
Recebemos
a denúncia, de fontes seguras, que o bancário, vítima do assalto no “sapatinho”,
de hoje, estava com grande sobrecarga de trabalho. Ele já tinha solicitado à
sua gerência, a adição de dois funcionários (operativo e estagiário), pois
esses estavam de férias, mas a solicitação restou infrutífera.
Essa é
uma realidade de muitas unidades bancárias do Banpará. Não é a primeira, e
infelizmente, parece, que não será a última denúncia de agências e PABs que
estão com déficit de funcionários, o que gera sobrecarga de trabalho, obrigando
o bancário a deixar o seu local de trabalho mais tarde e totalmente esgotado.
A AFBEPA
luta para que o Banpará ofereça uma estrutura digna (de pessoal, física e
tecnológica), para os seus empregados. Espaços que proporcionem saúde, segurança
e higiene para os bancários e bancárias desenvolverem os seus trabalhos. E o
mais importante: um ambiente SEGURO, o que hoje se tornou uma
clemência dos gerentes e coordenadores, as principais vítimas de assalto no “sapatinho”.
UNIDOS SOMOS FORTES!
A Direção da AFBEPA.
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