quarta-feira, 28 de maio de 2014

INSEGURANÇA BANCÁRIA: Ausência de Prevenção leva a mais um “sapatinho” no Banpará

Mais uma vez um bancário foi vítima de assalto no “sapatinho”, modalidade de crime em que o bandido se desloca até a casa do bancário, o mantém em cárcere privado, para depois sequestrar ele e sua família. Desta vez foi o Coordenador do Posto de Atendimento do Centur. O funcionário foi abordado por bandidos, na manhã de hoje, quando levava os seus dois filhos, um de 7 e outro de 10 anos, para a escola.

O modus operandi é o mesmo: VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA. Ameaçaram cortar os dedos das crianças que, em determinado momento, foram separadas do pai pelos bandidos, retiradas em prantos e pedindo para o pai não deixar aquilo acontecer, de dentro do carro do próprio bancário. "Se não der certo, vamos atrás do restante da sua família. Sabemos onde você mora", ameaçou um dos dez bandidos da quadrilha, que cometeu o crime. Segundo informações, os criminosos conseguiram levar 750 mil reais do Banco.

A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, assim que soube do lamentável caso, foi ao encontro do funcionário que, depois de prestar depoimento, foi encaminhado para uma unidade de saúde, com pressão alta.  O Banpará mandou uma pessoa do setor de segurança patrimonial e um assistente social, da área de saúde, que ficou auxiliando o bancário, que estava muito abalado emocionalmente.

"Vendo esse pai aos prantos, sentindo a dor por não ter podido retirar os filhos daquela situação de violência, tendo que fazer a tudo o que foi exigido pelos bandidos, nos cortou o coração. Por isso, e para buscar coibir mais danos e prejuízos aos trabalhadores, nós da AFBEPA, não vamos admitir que a Direção do Banpará dê o mesmo tratamento que tem feito com os outros bancários que foram vítimas de assalto no ‘sapatinho’, transferindo-os unilateralmente, pois o que eles precisam do Banco é muita consideração e respeito” afirmou Kátia Furtado.

"O Banpará tem que acabar com a prática de remediar o dano. Nós queremos a política de Prevenção!", completou Joventina Marques.

A AFBEPA acredita e tem como valor principal o da Família, ela é tudo na vida. Portanto, entendemos que para compreender a situação que os bancários passam atualmente, de violência por causa da ausência de Política de Segurança Preventiva do Banpará, é preciso que nos coloquemos no lugar do pai ou da mãe bancária, que tem o seu filho(a) nas mãos de criminosos.

O Banpará deve uma resposta para a sociedade e seu funcionalismo: que investimento de fato está fazendo para combater a Insegurança?

A AFBEPA acredita que é fundamental debater, avaliar e encaminhar junto com as Entidades de Classe, políticas que tratem, de forma efetiva, dos problemas detectados nas Unidades de Serviço e fora delas. 

Até agora, em 100% dos casos que divulgamos aqui em nosso blog, 90% envolveram os familiares dos funcionários do Banpará que foram vítimas desse tipo de crime. Esses criminosos são articulados. Fazem uma pesquisa detalhada sobre a vida e a rotina do bancário que será a próxima vítima.

Agora, é necessário estender o tratamento para todas as vítimas, garantir ao bancário o tempo para sua recuperação, emitir o Comunicado de Acidente de Trabalho, e, um ponto importante, não transferir o bancário da Unidade de Trabalho, em que ele se encontrava lotado, pois a violência (ameaças, cárcere, sequestro, dentre outros) não ocorre no local de trabalho, mas em sua casa. 



BANCÁRIO ESTAVA SOBRECARREGADO
Recebemos a denúncia, de fontes seguras, que o bancário, vítima do assalto no “sapatinho”, de hoje, estava com grande sobrecarga de trabalho. Ele já tinha solicitado à sua gerência, a adição de dois funcionários (operativo e estagiário), pois esses estavam de férias, mas a solicitação restou infrutífera.
  
Essa é uma realidade de muitas unidades bancárias do Banpará. Não é a primeira, e infelizmente, parece, que não será a última denúncia de agências e PABs que estão com déficit de funcionários, o que gera sobrecarga de trabalho, obrigando o bancário a deixar o seu local de trabalho mais tarde e totalmente esgotado.

A AFBEPA luta para que o Banpará ofereça uma estrutura digna (de pessoal, física e tecnológica), para os seus empregados. Espaços que proporcionem saúde, segurança e higiene para os bancários e bancárias desenvolverem os seus trabalhos. E o mais importante: um ambiente SEGURO, o que hoje se tornou uma clemência dos gerentes e coordenadores, as principais vítimas de assalto no “sapatinho”.   

UNIDOS SOMOS FORTES!

A Direção da AFBEPA.


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