quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SINDICATO NÃO ENCAMINHOU A CONTRAPROPOSTA DOS FUNCIONÁRIOS AO BANPARÁ

Colegas do Banpará,

Foi muito triste a assembléia organizativa de hoje, 07 de outubro.

Havia faltado energia no bairro por conta de um acidente. Cerca de uma hora depois a energia retornou em todo o bairro e no quarteirão, menos na sede do Sindicato, onde a falta de energia permaneceu.

Ainda estava claro quando a assembléia se iniciou. Em sua grande maioria, a assembléia era composta por funcionários do Banpará. A presidente do sindicato informou que havia solicitado a retomada da mesa de negociação com o Banpará, mas não disse que o sindicato havia entregue o documento com a contraproposta formulada pelos funcionários. A vice-presidenta da AFBEPA, Cristina Quadros, perguntou então, se o documento havia sido entregue e de que forma, se protocolado, ou em mãos à direção do banco.

A presidente do sindicato não respondeu à pergunta, mas disse que vários documentos por e-mail haviam sido encaminhados ao sindicato e que iria
"ver como fazer". Novamente Cristina Quadros perguntou se a contraproposta dos funcionários havia sido entregue, já que o sindicato tinha se comprometido com isso no dia anterior. A presidente do sindicato disse que não tinha entregue o documento. Cristina Quadros, então, perguntou se o banco tinha dado alguma resposta diante do pedido de reabertura das negociações. A presidente do sindicato disse que o banco ainda não tinha dado resposta alguma. Novamente, não foi explicado porque o sindicato não publicou isso em seu site.

Diante desse cenário, no qual o banco está muito endurecido e fechado, seria óbvio que a direção do sindicato encaminhasse uma proposta para fortalecer a greve no Banpará e tensionar para que o banco reabrisse a mesa de negociação. No entanto, a direção do sindicato não tinha nenhuma proposta para reforçar a greve e a mobilização no Banpará, ao contrário, a presidente e os diretores do sindicato começaram a fazer falas intermináveis, sempre repetindo a mesma coisa: que a mobilização de amanhã, dia 8, deveria ser no Banco do Brasil. Era como se estivessem "surdos" diante da categoria, que ali estava solicitando apoio e estrutura para reforçar a mobilização no Banpará.

O que a direção do sindicato não disse, mas sabe, certamente, porque todos sabem no Banpará, é que está organizando um abaixo-assinado para recolocar a proposta do banco, que já está superada porque foi rejeitada em assembléia. O que a direção do sindicato não assumiu ali, na assembléia, mas ficou muito claro, é que decidiu não apoiar a mobilização no Banpará amanhã, 8/10, para dar tempo e garantir êxito à estratégia do governo.

No mínimo, é muito triste ver uma direção sindical que joga do lado do governo e da direção do banco e não do lado dos bancários e bancárias. É triste ver uma direção sindical que faz esse lamentável e declarado papel de
pelego, porque defende e tem mais afinidade política, ideológica e partidária com o governo estadual e a direção do Banpará, do que com os bancários e bancárias.

Há quase duas décadas atrás, os bancários e bancárias lutaram muito para resgatar seu sindicato. Naquela época, o Movimento de Oposição Bancária criticava o finado Levy porque ele fazia acordos com os patrões "por baixo dos panos" e usava de expedientes impublicáveis para fazer valer sua vontade em detrimento dos interesses da categoria. Em muitas situações Levy impediu votações em assembléias usando o Estatuto do Sindicato como argumento. Levy era o pelego de plantão. A oposição era composta por pessoas como a atual governadora que foi politicamente projetada a partir daquele movimento. Os atuais diretores do sindicato repetem as façanhas de Levy, mas com brutais traços de tirania, autoritarismo e manipulações jamais vistos na história deste sindicato. E tudo para proteger a direção do banco do estado porque é indicada pela governadora.

O sentimento dos bancários e bancárias, dezenas de trabalhadores, que têm estado em seu sindicato e têm sofrido todo tipo de humilhações e escárnios dessa direção sindical é de revolta, decepção, frustração e abandono de uma direção sindical que entrega, facilmente, a cabeça dos bancários para a direção do banco.

BANCÁRIOS E BANCÁRIAS, A GREVE CONTINUA E ESTÁ CADA VEZ MAIS FORTALECIDA, PORQUE NOSSA CONSCIÊNCIA CRESCE. MESMO SEM O APOIO DO SINDICATO, NÓS HAVEREMOS DE VENCER! FOI ASSIM NO PCS, QUANDO A DIREÇÃO SINDICAL VOTOU CONTRA A AÇÃO DE CUMPRIMENTO, QUE NOS GARANTIU A IMPLANTAÇÃO DO NOSSO PCS. SERÁ ASSIM AGORA, PORQUE A VERDADE É MAIS, E UNIDOS SOMOS FORTES!


*

Nenhum comentário: