Antevéspera do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Nossos corações vão sendo inundados com os sentimentos da fé, da esperança, da devoção que nos envolvem nestes dias sagrados. Todas as atenções estão voltadas para a santa imagem peregrina que caminha entre as homenagens rumando para as cidades vizinhas. Algo destoa. Enquanto a cidade se emociona com o passar da Santa, a Polícia Militar se dirige para a Ag. Senador Lemos do Banpará, no intuito de reprimir a greve pacífica, legal e legítima dos bancários, que estão em database, em campanha salarial.
A greve teve início no dia 29 de setembro. Garantidos mais que os 30% de funcionamento dos serviços essenciais, os cashs continuaram sendo 100% abastecidos, da mesma forma a retaguarda, a compensação e o setor de tecnologia estava funcinando 100% até ontém, 7 de outubro.
No dia 5 de outubro, o Banpará enviou uma proposta à categoria. Apesar de ser muito rebaixada, basicamente o Banpará ofereceu tíquetes-alimentação para que retirar os funcionários da greve, a direção do sindicato, do mesmo grupo político da governadora, apoiou a proposta do banco e orientou a categoria para que aprovasse a proposta.
A apresentação e defesa da proposta veio acompanhada de um recado do banco, que os diretores do sindicato transmitiram com fidelidade: caso a proposta fosse rejeitada não haveria mais negociação. Mesmo diante de tal ameaça, a proposta foi rejeitada por maioria na assembléia. A partir daí, a direção do sindicato lavou as mãos com relação à greve no Banpará e a direção do banco endureceu mais ainda, suspendendo a mesa de negociação. Ao mesmo tempo, o sindicato começou a articular um abaixo-assinado para tentar retornar com a proposta rejeitada em uma nova assembléia, o que significa um golpe de morte na democracia sindical bancária, que deveria ser uma bandeira da direção sindical.
Diante do endurecimento do Banpará, os bancários decidiram fortalecer a greve. O funcionamento dos cashs e da retaguarda que era de 100%, foi reduzido em 50%, e os bancários da SUTEC, o setor de tecnologia, o coração do banco, atendendo à solicitação dos colegas que organizaram uma manifestação pacífica hoje desde as 6h, não forçaram a entrada no prédio, que tem portões na Municipalidade e na Senador Lemos, próximo a Doca.
A mobilização começou tranquila, mas firme. É forte a determinação dos bancários e bancárias em chamar o banco para uma negociação. Nenhum conflito foi registrado até que a Polícia Militar começou a chegar ao local, assim como os seguranças do banco, por volta das 9h30. A ordem era para abrir a SUTEC a qualquer custo. Os bancários não abriram mão de seu direito legítimo e legal e a PM ensaiou uma movimentação para abrir os portões à força. Os bancários deram-se os braços e se mantiveram posicionados.
A imprensa começou a chegar ao local e na internet o fato começou a repercutir. A PM recuou, mas avisou aos bancários que se manteria ali e se alguém iniciasse um confronto, interviria. Nenhum bancário em greve criou ou criará qualquer situação de confronto. A greve é pacífica, legal e legítima. E o atendimento está garantido em mais de 30% dos serviços essenciais, como determina a lei. Se houver alguma tentativa de desestabilização do movimento, será proposital e partirá daqueles que trabalham contra os direitos da categoria bancária.
"O que nós queremos, para sair da greve, é uma sinalização no salário. Apenas 2% a mais do que a Fenaban acordar de reajuste na remuneração, além do debate sobre as cláusulas econômica da Minuta de Reivindicações que foram negadas pelo banco, com a anuência do governo e da direção do sindicato. Não aceitamos e não compreendemos tanta dureza e intransigência." Ressalta Cristina Quadros, vice-presidenta da AFBEPA.
"Nestes dias que antecedem o Círio, neste dias em que estamos todos com os corações mais abertos, e que assistimos a passagem da Santa Peregrina, nós, os bancários e bancárias do Banpará pedimos, humildemente, que Nossa Senhora interceda junto à direção do banco, junto à governadora e aos seus correligionários que estão hoje à frente do sindicato dos bancários, para que envolva também seus corações e que possam flexibilizar, abrir a negociação e olhar as necessidades de uma categoria que garantiu, no primeiro semestre de 2010, um lucro líquido de mais de 30 milhões para o Banpará, mais de 80% de aumento considerando o mesmo período no ano anterior. Nossa greve é pacífica, legal e legítima, continua e cresce, até que a direção do banco volte a negociar o melhor para nossas vidas." Desabafa, emocionada, Kátia Furtado, presidenta da Associação de Funcionários do Banpará - AFBEPA.
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A greve teve início no dia 29 de setembro. Garantidos mais que os 30% de funcionamento dos serviços essenciais, os cashs continuaram sendo 100% abastecidos, da mesma forma a retaguarda, a compensação e o setor de tecnologia estava funcinando 100% até ontém, 7 de outubro.
No dia 5 de outubro, o Banpará enviou uma proposta à categoria. Apesar de ser muito rebaixada, basicamente o Banpará ofereceu tíquetes-alimentação para que retirar os funcionários da greve, a direção do sindicato, do mesmo grupo político da governadora, apoiou a proposta do banco e orientou a categoria para que aprovasse a proposta.
A apresentação e defesa da proposta veio acompanhada de um recado do banco, que os diretores do sindicato transmitiram com fidelidade: caso a proposta fosse rejeitada não haveria mais negociação. Mesmo diante de tal ameaça, a proposta foi rejeitada por maioria na assembléia. A partir daí, a direção do sindicato lavou as mãos com relação à greve no Banpará e a direção do banco endureceu mais ainda, suspendendo a mesa de negociação. Ao mesmo tempo, o sindicato começou a articular um abaixo-assinado para tentar retornar com a proposta rejeitada em uma nova assembléia, o que significa um golpe de morte na democracia sindical bancária, que deveria ser uma bandeira da direção sindical.
Diante do endurecimento do Banpará, os bancários decidiram fortalecer a greve. O funcionamento dos cashs e da retaguarda que era de 100%, foi reduzido em 50%, e os bancários da SUTEC, o setor de tecnologia, o coração do banco, atendendo à solicitação dos colegas que organizaram uma manifestação pacífica hoje desde as 6h, não forçaram a entrada no prédio, que tem portões na Municipalidade e na Senador Lemos, próximo a Doca.
A mobilização começou tranquila, mas firme. É forte a determinação dos bancários e bancárias em chamar o banco para uma negociação. Nenhum conflito foi registrado até que a Polícia Militar começou a chegar ao local, assim como os seguranças do banco, por volta das 9h30. A ordem era para abrir a SUTEC a qualquer custo. Os bancários não abriram mão de seu direito legítimo e legal e a PM ensaiou uma movimentação para abrir os portões à força. Os bancários deram-se os braços e se mantiveram posicionados.
A imprensa começou a chegar ao local e na internet o fato começou a repercutir. A PM recuou, mas avisou aos bancários que se manteria ali e se alguém iniciasse um confronto, interviria. Nenhum bancário em greve criou ou criará qualquer situação de confronto. A greve é pacífica, legal e legítima. E o atendimento está garantido em mais de 30% dos serviços essenciais, como determina a lei. Se houver alguma tentativa de desestabilização do movimento, será proposital e partirá daqueles que trabalham contra os direitos da categoria bancária.
"O que nós queremos, para sair da greve, é uma sinalização no salário. Apenas 2% a mais do que a Fenaban acordar de reajuste na remuneração, além do debate sobre as cláusulas econômica da Minuta de Reivindicações que foram negadas pelo banco, com a anuência do governo e da direção do sindicato. Não aceitamos e não compreendemos tanta dureza e intransigência." Ressalta Cristina Quadros, vice-presidenta da AFBEPA.
"Nestes dias que antecedem o Círio, neste dias em que estamos todos com os corações mais abertos, e que assistimos a passagem da Santa Peregrina, nós, os bancários e bancárias do Banpará pedimos, humildemente, que Nossa Senhora interceda junto à direção do banco, junto à governadora e aos seus correligionários que estão hoje à frente do sindicato dos bancários, para que envolva também seus corações e que possam flexibilizar, abrir a negociação e olhar as necessidades de uma categoria que garantiu, no primeiro semestre de 2010, um lucro líquido de mais de 30 milhões para o Banpará, mais de 80% de aumento considerando o mesmo período no ano anterior. Nossa greve é pacífica, legal e legítima, continua e cresce, até que a direção do banco volte a negociar o melhor para nossas vidas." Desabafa, emocionada, Kátia Furtado, presidenta da Associação de Funcionários do Banpará - AFBEPA.
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Um comentário:
Grande repercussão dessa palhaçada do sindicato,governo petista e PM,no blog do parsifal,dão uma passada por lá.
Katia,estou com vc nos bastidores.bjos.
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