Bancários do Pará e Amapá de bancos privados, do Banco do Brasil e do Banpará aprovaram o fim da greve em suas respectivas empresas. Porém, a greve por tempo indeterminado continua na Caixa Econômica Federal e no Banco da Amazônia. As decisões foram tomadas nas assembléias gerais de cada banco, todas realizadas na sede do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá na noite desta quinta-feira (8), 15º dia da greve nacional da categoria.
A proposta da Fenaban que foi aprovada vale tanto para os bancos privados como para os públicos e garante para os bancários um reajuste salarial de 6%, o que contempla um aumento real de 1,5%. Já a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mantém a distribuição de até 15% do lucro líquido dos bancos para os trabalhadores, através da regra básica nos moldes do ano passado e da mudança da parcela adicional que, ao invés de ser apurada com base na variação do crescimento do lucro, passa a ser um valor distribuído linearmente para todos os funcionários.
Além disso, a proposta da Fenaban garante a ampliação da licença-maternidade para 180 dias para as funcionárias de todos os bancos e a isonomia de tratamento para casais homoafetivos, que passam a gozar dos mesmos direitos previstos na Convenção Coletiva.
Além disso, os bancários do Banpará terão o pagamento de dois tickets extras, um com 10 dias após a assinatura do acordo, no valor de R$ 410,00, e outro no valor de R$ 400,00 que será pago em março de 2010. Assim como adiantamento de até R$ 1.000,00 em até 24 horas da aceitação da proposta, compensável dos valores a que o empregado tiver direito a título de PLR e abono dos dias parados durante a greve.
Banco da Amazônia – A greve no Banco da Amazônia está mantida, tendo em vista que as entidades apresentaram uma extensa lista de cláusulas prioritárias para negociar com o Banco e que não teve qualquer consideração por parte da empresa, demonstrando com isso, flagrante desinteresse com as causas dos seus empregados. O banco se limitou a dizer que seguirá o acordo da Fenaban, mas não negocia PLR, pois segundo seus negociadores essa cláusula somente poderá ser discutida após o resultado do balanço financeiro da empresa, em 2010. A assembléia dos empregados do Banco da Amazônia não apenas aprovou a manutenção da greve como também a intensificação das mobilizações do movimento grevista dentro da empresa.
Caixa - A novidade apresentada pela Caixa Econômica na reunião de negociação desta quinta-feira foi o aumento do número de empregados que serão contratados. Dos 2.200 trabalhadores informados na última reunião, o banco anunciou que contratará 3 mil bancários em 2010.
A Caixa reafirmou que seguirá o acordo proposto pela Fenaban, que prevê reajuste salarial de 6% e uma nova regra para a PLR: 90% do salário mais R$ 1.024 fixos, com teto de R$ 6.680, além de uma PLR adicional de 2% do lucro líquido distribuídos linearmente entre todos os bancários com teto de R$ 2.100.
No entanto, como o resultado do banco deve ser menor do que o do ano passado, o valor total a ser distribuído pelo banco na regra básica da PLR ultrapassará o teto previsto de 13% do lucro líquido. Assim, o valor a ser pago a cada bancário receberá um redutor de 23% para adequar o valor a esse teto, o que não afeta a PLR adicional.
A assembléia dos empregados da Caixa no Pará e Amapá considerou insuficiente a proposta feita pelo banco, especialmente na questão da remuneração. Por isso, decidiram manter a greve por tempo indeterminado para forçar o banco a apresentar uma proposta mais próxima das reivindicações dos bancários.
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