terça-feira, 27 de outubro de 2009

BANCÁRIOS DO BANESE E BNB DE SERGIPE CONTINUAM EM GREVE

Na assembleia desta segunda 26, encerrada por volta das 22h, os bancários do Banese e do Banco do Nordeste do Sergipe rejeitaram as propostas dos bancos e continuam em greve. Só o Estado ainda possui dois bancos no movimento que começou no dia 24 de setembro. Depois de 33 dias de paralisação, eles avaliaram como 'humilhante' o fato de retornar ao trabalho com as propostas oferecidas. Nova assembleia do BNB acontece hoje à tarde, às 16 horas. A do Banese ficou marcada para as 15h.

Entre as ofertas, o BNB acrescentou R$ 500 de abono e o Banese aumentou a reparação do reajuste dos caixas de 10% para 15%, o que é específico para os caixas. Mas a exigência maior dos baneseanos é para que o banco defina uma data para implantação do Plano de Cargos e Salários (PCS) e realização de concurso.

A continuidade da greve passou no BNB por uma diferença de apenas dois votos. Mas no Banese, a maioria dos participantes aprovou a continuidade da greve. "A gente começou essa greve há 33 dias, nesse período o banco não demonstrou respeito aos trabalhadores. Acho covardia a gente voltar sem avanços", protestou um bancário do BNB.

"É necessário fazer a luta política no BNB como no Banese e nos demais bancos. Temos que sair daqui da melhor forma possível. Podemos estar cansados fisicamente, mas houve um acúmulo de forças: 33 dias de greve não é qualquer coisa. O que foi feito este ano foi extraordinário", avaliou José Souza, presidente do Sindicato dos bancários de Sergipe (Seeb/SE).

Antes da assembleia, por volta das 15h30, a diretoria do Sindicato de Sergipe recebeu a visita do deputado Francisco Gualberto, líder do Governo na Assembleia Legislativa, e do presidente do Banese, Saumíneo Nascimento. Houve uma conversa, e José Souza pediu que fosse colocado no papel o conteúdo da conversa.

A resposta voltou quase às 21 horas, no último minuto do prazo de espera dado aos bancários que já estavam impacientes. O presidente do Banese reiterou o que havia sido acordado na audiência do Tribunal Regional do Trabalho - TRT - (Assinatura do acordo complementar das cláusulas que já são praticadas, transporte até o local de trabalho no interior, compensação dos dias de greve 2 por 3), acrescentando os 15% à comissão dos caixas. Quem não é caixa se sentiu excluído.

Durante 16 anos houve um jejum sem greve no Banese. Nos últimos dois anos a categoria aderiu ao movimento. Começou timidamente mas avançou com toda força. Nova audiência no TRT estava marcada para o dia 9 de novembro. Foi antecipada, a pedido do Banese, para o dia 3, quando poderá ser instalado o dissídio coletivo.

Por Edivânia Freire - Seeb/S.
Fonte: Contraf/CUT




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