"Eu acho que a mulher do fim do mundo é aquela que busca, é aquela que grita, que reivindica, que sempre fica de pé. No fim, eu sou essa mulher", a declaração dada por Elza Soares é um dos melhores resumos sobre o significado de ser mulher.
Mulheres que nascem e já se posicionam para ocuparem os seus lugares que, por vezes, não são alcançados nem mesmo por merecimento, mas com muitas reivindicações e protestos.
Mulheres que gerenciam duplas, triplas ou inúmeras-jornadas; as de suas casas, suas famílias e suas vidas pessoais e, apesar do esforço sobrenatural em dar conta de tudo, são tidas como heroínas ao invés de receberem o cuidado e ajuda que deveriam.
Mulheres que dentro da categoria bancária ocupam 49% do total de postos de trabalho e recebem, em média, salários 23% menores que os dos homens, segundo dados do Sindicato dos Bancários. Mulheres que precisam provar seu valor profissional, mesmo que seus resultados sejam superiores.
Mulheres bancárias têm escolaridade maior que a dos bancários. 78% das bancárias têm nível superior completo, enquanto entre os homens esse percentual cai para 73%. Mulheres que lutam, estudam e conquistam. Mas que precisam enfrentar a desigualdade todos os dias e com um belo sorriso no rosto.
Mulheres que, gostariam, apenas de um descanso. Descanso de ter que provar seu valor, descanso em ter que protestar para ser respeitada, descanso para não ser vista como autoritária quando se está apenas sendo assertiva. Mulheres que carregam o sistema desde que o mundo é mundo. Mulheres que querem ser abraçadas, cuidadas e amadas para que na manhã seguinte tudo recomece, mais uma vez.
Mulheres que criaram o movimento feminista há pouco mais de 50 anos, mas somente agora estão vendo as presidências dos Bancos Públicos serem ocupadas por mulheres, à exemplo do Banco do Brasil, Caixa Econômica e o nosso Banpará.
Vitórias obtidas com muitas reivindicações! Mas que hoje podemos nos orgulhar.
Michelle Obama, advogada, ativista e ex-primeira dama dos EUA, escreveu "Não há limite para o que nós, como mulheres, podemos conquistar".
Sejam elas donas de casa, bancárias, cientistas, escritoras, engenheiras, analistas, advogadas, gerentes, caixas, recepcionistas... não há limites para uma mulher que entende que seu destino em ser mulher é uma preciosidade e que merece cada espaço que deseja ocupar. Não há limites para mulheres que conhecem sua própria força.
Nesse dia 8 de março que todos possamos refletir sobre as desigualdades enfrentadas dentro do sistema financeiro pelas mulheres e entrar nessa luta não para somente defender, mas para que não seja necessário mais mulheres lutarem para ocuparem espaços que também podem ser delas!
8 de março sempre foi sobre resistência. Como escreveu Elza Soares "(...) que sempre fica de pé. No fim, eu sou essa mulher."
Parabéns e muitas vitórias para todas as mulheres!!
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
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