quinta-feira, 18 de novembro de 2010

(IN) SEGURANÇA BANCÁRIA: QUADRILHA FAZ REFÉNS FAMÍLIA E COORDENADOR DO PAB FLORESTA DO ARAGUAIA

Atualizado em 19/11 - 12h30.

Hoje pela manhã o coordenador do PAB Floresta do Araguaia, vinculado à Ag. Redenção, foi abordado em sua casa e feito refém, junto com sua mãe, irmã e sobrinha de apenas um ano e oito meses, por uma quadrilha que avisou-o, de antemão, que já possuia todos os dados de sua rotina.

Enquanto a quadrilha manteve cativas sua mãe, irmã e sobrinha em casa, o coordenador do PAB foi levado ao posto e foi obrigado a sacar cerca de 120 mil reais. No caminho, as ameaças foram as mesmas feitas em outros assaltos semelhantes: caso o bancário se negasse a sacar os valores, ou denunciasse o assalto, morreriam ele e sua família inteira. É uma coação moral contra a qual não há possibilidade de reação. Após a consumação do assalto, a quadrilha liberou o coordenador e sua família, ainda pela manhã.


BANPARÁ É CAMPEÃO NA MODALIDADE "SAPATINHO"

Nesta denominada modalidade "sapatinho" onde o assalto é antecedido de sequestro, lamentavelmente, o Banpará é o campeão de 2010. Praticamente a cada mês temos colegas de uma agência ou PAB sendo vitimados, com seus familiares, por essa estratégia já muito bem delineada pelas quadrilhas.

Fica evidente que são necessários mais esforços e investimentos em inteligência para combater preventivamente o crime organizado, cuja ação conecta os assaltos a banco e o tráfico. Além disso, basta de violência para os bancários e suas famílias, que não podem continuar a pagar, com sua saúde e até com o risco de morte, a alardeante situação de exposição a que estão sujeitos os bancos e seus trabalhadores.

BANCÁRIO É PROFISSÃO DE RISCO

Os bancos, com seus recordes de lucros, só irão investir mais em segurança de verdade, quando, além de perderem as somas nos assaltos, tiverem que pagar muito caro a cada bancário e familiar pela alta exposição a que submetem o trabalhador.

O Banpará precisa proteger mais as vidas de seus funcionários. E, diante de um assalto como esse e os tantos que se somam nesta trágica lista, cuidar dos danos, muitas vezes irreversíveis, nas vidas dos bancários, bancárias, e seus familiares vitimados.

A AFBEPA se solidariza inteiramente com o colega coordenador, com sua família e com os colegas do PAB Floresta do Araguaia e Ag. Redenção, que também estão abalados, e se compromete a retomar com vigor esse debate da (IN)SEGURANÇA BANCÁRIA até que a categoria esteja protegida da violência brutal que nos assola no dia-a-dia.




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