A Afbepa tomou conhecimento que na última quarta-feira (15), o gerente e o tesoureiro do Banpará, da agência Santa Maria, foram alvos de uma ação criminosa e terrorista durante um assalto, que abalou não só os colegas do Banco, mas também os familiares que passaram por momentos de pânico nas mãos dos assaltantes.
Para entender melhor o que aconteceu, a Associação conversou com uma das vítimas que, encontra-se abalada depois de horas de tortura psicológica, principalmente, diante das fortes ameaças envolvendo arma de fogo, além disso, explosivos que foram amarrados aos corpos dos reféns.
Dinâmica
Segundo informações, a esposa de uma das vítimas foi a primeira a ser rendida no momento em que deixara a casa para levar as filhas ao colégio. Sob poder dos criminosos, o tesoureiro foi obrigado a ligar para o gerente geral para que pudesse ir ao seu encontro, sem suspeitar do que estava acontecendo.
Em determinado momento, os assaltantes colocaram o tesoureiro de joelhos e ameaçaram tirar a sua vida, pois o gerente geral estava demorando. “Foram momentos de terror e tudo ficou pior com a chegada do colega, já que eles amarraram explosivos na gente e nos obrigaram ir para agência”, declarou uma das vítimas.
Os criminosos se dividiram: enquanto uma parte seguiu para o banco com o tesoureiro e o gerente geral, outros levaram uma das esposas para São Miguel, uma região que fica a 17 quilômetros de Santa Maria. A moça foi libertada em um matagal e conseguiu pedir ajuda para um motociclista que passava no momento.
Já os funcionários foram obrigados a saquear o Banco e entregar o dinheiro dentro de caixas para a quadrilha. Há relatos de que, no monitoramento do segurança do Banco, dá para ver o momento em que os bancários entram na agência com os explosivos amarrados no corpo.
Depois de cumprirem as exigências da quadrilha, os funcionários do banco também foram liberados.
Lamentável!!
Esta é mais uma situação delicada, na qual os colegas que atuam em regiões longes da metrópole ficam sujeitos, principalmente pelo baixo efetivo das forças de segurança, nesse caso, da Polícia Militar. Lamentamos ainda pelo que aconteceu com os familiares, que nesse caso, acabam sendo alvo para esses criminosos frios que não livram nem as crianças do medo e do horror.
A Afbepa já assumiu o compromisso de visitar os colegas que estavam de frente das ameaças do bando, pois entendemos que nessas horas, a sensação de impotência e de medo tomam conta e duram por longos dias. Todo apoio é fundamental para a breve recuperação emocional.
Diante de mais um caso terrível como esse aqui publicado, a Associação dos Funcionários do Banpará lamenta profundamente o ocorrido, pois não é fácil para nós, como representantes do funcionalismo do Banco, ter a notícia de que os bancários continuam sujeitos a essa barbárie.
Acreditamos que ainda é preciso fazer muito pela segurança bancária.
Vamos continuar levantando outras informações, mas desde já, a Afbepa se solidariza com os colegas e familiares que passaram por essas horas de tensão e abalo emocional.
Nos colocamos à disposição de todos(as)!
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
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