sexta-feira, 20 de novembro de 2020

UNIDADES DO BANPARÁ LOTAM E FALTAM CONDIÇÕES DE PESSOAL E DE TECNOLOGIA

As agências do Banco amanheceram superlotadas na manhã desta sexta-feira, 20, o que já era previsto devido à falta de planejamento para receber os beneficiários do novo programa Renda Pará. Sem estrutura, sem pessoal suficiente para suprir a demanda, com um sistema falho e lento que atrasa toda a logística de atendimento e a falta de informação prévia para os beneficiários do programa, as filas no lado de fora das agências eram enormes criando um ambiente propício para o contágio da Covid-19.  

Todo esse transtorno era previsível e foi alertado pela Associação ao Banco, quando foi solicitado mais contratações para suprir o quadro deficitário, o que deveria ter ocorrido em janeiro de 2020, mas essa intenção não foi efetivada. Com o afastamento do grupo de risco, por direito, a situação ficou mais sacrificada, por pura negligência do Banco, que já deveria ter contratado, afinal tem quadro de reserva para tal.

Agência Senador Lemos

Somado ao entrave de necessidade de mais pessoal, os poucos colegas que estão à frente dos trabalhos se deparam com graves problemas tecnológicos, o que sobrecarrega ainda mais os funcionários e gera uma grande extrapolação de jornada.

Falta informações aos beneficiários do Renda Pará, muitos estavam indo para uma agência quando era noutra o pagamento de seu benefício. Tem de pensar que grande parte dessas pessoas não tem acesso à internet, por isso a informação deveria chegar a eles em suas casas ou pelas mídias, rádio, TV e notificações do Banco. 

Primeiro o Governo anuncia o programa nas mídias para só no momento do pagamento dar conhecimento das regras, situação essa que deveria ter sido feita de forma contrária. Por conta disso, cria-se aglomerações de pessoas que desconhecem o calendário e as informações pertinentes, e os funcionários do Banco, com a emergência que o fato requer, têm de se desdobrar para dar conta do trabalho, lendo manuais que são divulgados em cima da hora.

UM GRANDE DESRESPEITO COM O PROFISSIONAL QUE ESTÁ NO ATENDIMENTO DOS SERVIÇOS.

Matriz Presidente Vargas

 É preciso ver que quando se lança um programa desse, as pessoas têm de ser informadas com antecedência, também não se pode ignorar a realidade dessas famílias que, em sua maioria, ainda estão longe de ter um acesso à internet e, quando possuem, é limitado.

A presidente da AFBEPA, Kátia Furtado, constatou essa realidade ao conversar com a sua diarista. “A filha da minha diarista recebe o bolsa família, mas ela não sabia como funciona o Renda Pará. Me perguntou como fazer para receber e, só assim ela entendeu, que era por data de nascimento para ir até a agência, porque ela não tem acesso à informação para saber que não é todo mundo recebendo no mesmo dia. Ou seja, falta informação para que o povo entenda melhor como funciona o pagamento desse auxílio”.

Uma das clientes que estava na fila da Ag. Belém Centro relatou que pertence a agência localizada em São Brás, foi até o local, mas a informaram que ela deveria procurar a unidade da Presidente Vargas para receber o seu pagamento. Sendo que os clientes foram organizados por ordem de chegada, ao invés de filas com o afastamento sanitário recomendado.

A associação dos Funcionários reconhece o Renda Pará como uma forma de melhoria na renda dessas famílias, mas antes era preciso que o Banpará investisse em suas estruturas de pessoal e tecnológica, e cobrasse de todos os envolvidos o tempo necessário para que as regras que norteiam esse pagamento sejam devidamente divulgadas aos beneficiários e aos funcionários que darão atendimento no Banco. Outro importante planejamento é com o bom funcionamento do sistema que será utilizado.

A falha no suporte tecnológico é tão grande que os sistemas necessários para o pagamento do Renda Pará que são: SPA e PD- SIPAE apresentaram problemas ao longo de toda a manhã impossibilitando o atendimento e até o início da tarde ainda não havia sido resolvido.

Esses problemas foram vistos na quinta-feira no momento de testes do sistema. E a Matriz criou um sistema paliativo para atenuar o problema e possibilitar a realização dos pagamentos.

Se evidencia com tantos problemas apresentados a falta de planejamento e organização. Ouvir os funcionários da tecnologia, das agências e PABs e da Sudep, que deve saber as Unidades deficitárias de pessoal, é uma medida fundamental para encaminhar o bom trabalho.

A categoria precisa ter sua voz ouvida e respeitada!

A VIDA DOS EMPREGADOS IMPORTA! AGE BANPARÁ!

 

UNIDOS SOMOS FORTES

DIRETORIA DA AFBEPA 

ASSESSORIA DE IMPRENSA

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