As agências do Banco
amanheceram superlotadas na manhã desta sexta-feira, 20, o que já era previsto
devido à falta de planejamento para receber os beneficiários do novo programa
Renda Pará. Sem estrutura, sem pessoal
suficiente para suprir a demanda, com um sistema falho e lento que atrasa toda
a logística de atendimento e a falta de informação prévia para os beneficiários
do programa, as filas no lado de fora das agências eram enormes criando um
ambiente propício para o contágio da Covid-19.
Todo esse transtorno
era previsível e foi alertado pela Associação ao Banco, quando foi solicitado
mais contratações para suprir o quadro deficitário, o que deveria ter ocorrido
em janeiro de 2020, mas essa intenção não foi efetivada. Com o afastamento do
grupo de risco, por direito, a situação ficou mais sacrificada, por pura
negligência do Banco, que já deveria ter contratado, afinal tem quadro de
reserva para tal.
Agência Senador Lemos |
Somado ao entrave de necessidade de mais pessoal, os poucos colegas que estão à frente dos trabalhos se deparam com graves problemas tecnológicos, o que sobrecarrega ainda mais os funcionários e gera uma grande extrapolação de jornada.
Falta informações aos beneficiários do Renda Pará, muitos estavam indo para uma agência quando era noutra o pagamento de seu benefício. Tem de pensar que grande parte dessas pessoas não tem acesso à internet, por isso a informação deveria chegar a eles em suas casas ou pelas mídias, rádio, TV e notificações do Banco.
Primeiro
o Governo anuncia o programa nas mídias para só no momento do pagamento dar
conhecimento das regras, situação essa que deveria ter sido feita de forma
contrária. Por conta disso, cria-se aglomerações de pessoas que desconhecem o
calendário e as informações pertinentes, e os funcionários do Banco, com a
emergência que o fato requer, têm de se desdobrar para dar conta do trabalho,
lendo manuais que são divulgados em cima da hora.
UM GRANDE DESRESPEITO COM O PROFISSIONAL QUE
ESTÁ NO ATENDIMENTO DOS SERVIÇOS.
Matriz Presidente Vargas |
É preciso ver que quando se lança um programa desse,
as pessoas têm de ser informadas com antecedência, também não se pode ignorar a
realidade dessas famílias que, em sua maioria, ainda estão longe de ter um
acesso à internet e, quando possuem, é limitado.
A presidente da AFBEPA,
Kátia Furtado, constatou essa realidade ao conversar com a sua diarista. “A
filha da minha diarista recebe o bolsa família, mas ela não sabia como funciona
o Renda Pará. Me perguntou como fazer para receber e, só assim ela entendeu,
que era por data de nascimento para ir até a agência, porque ela não tem acesso
à informação para saber que não é todo mundo recebendo no mesmo dia. Ou seja,
falta informação para que o povo entenda melhor como funciona o pagamento desse
auxílio”.
Uma das clientes que
estava na fila da Ag. Belém Centro relatou que pertence a agência localizada em
São Brás, foi até o local, mas a informaram que ela deveria procurar a unidade
da Presidente Vargas para receber o seu pagamento. Sendo que os clientes foram
organizados por ordem de chegada, ao invés de filas com o afastamento sanitário
recomendado.
A
associação dos Funcionários reconhece o Renda Pará como uma forma de melhoria
na renda dessas famílias, mas antes era preciso que o Banpará investisse em
suas estruturas de pessoal e tecnológica, e cobrasse de todos os envolvidos o
tempo necessário para que as regras que norteiam esse pagamento sejam devidamente divulgadas aos beneficiários e aos funcionários que darão atendimento no Banco. Outro importante planejamento é com o bom funcionamento do sistema que será utilizado.
A
falha no suporte tecnológico é tão grande que os sistemas necessários para o
pagamento do Renda Pará que são: SPA e PD- SIPAE apresentaram problemas ao
longo de toda a manhã impossibilitando o atendimento e até o início da tarde
ainda não havia sido resolvido.
Esses problemas foram
vistos na quinta-feira no momento de testes do sistema. E a Matriz criou um sistema paliativo para atenuar o problema e possibilitar a realização dos
pagamentos.
Se
evidencia com tantos problemas apresentados a falta de planejamento e
organização. Ouvir os funcionários da tecnologia, das agências e PABs e da
Sudep, que deve saber as Unidades deficitárias de pessoal, é uma medida
fundamental para encaminhar o bom trabalho.
A
categoria precisa ter sua voz ouvida e respeitada!
A
VIDA DOS EMPREGADOS IMPORTA! AGE BANPARÁ!
UNIDOS
SOMOS FORTES
DIRETORIA
DA AFBEPA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
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