quarta-feira, 17 de julho de 2019

BANDIDOS INVADEM CASA DE BANCÁRIO DO BANPARÁ



Três bandidos invadiram na madrugada desta quarta-feira (17) a casa de um técnico bancário, cujo nome será mantido em sigilo, que reside no município de Parauapebas, mas trabalha na agência do Banpará no município de Curionópolis, a 682 km de Belém, no Sudeste do Estado. De acordo com relatos, o funcionário informou que a quadrilha manteve toda a família e ele sob a mira de revólveres na madrugada, das 2h às 6h da manhã, fazendo ameaças e indagando se o técnico era gerente administrativo do Banco, com a clara intenção de usá-lo para abrir o cofre da agência e cometer o assalto.

Ainda segundo os relatos, o técnico negou que ocupasse o cargo de gerente, o que motivou os assaltantes a saírem da casa, mas o ameaçaram de morte caso fosse à polícia. “Falaram pra eu não ir na delegacia porque senão iriam me matar. Eu e minha família estamos com muito medo”, contou a vítima, que já foi orientado pela GESAT a procurar o atendimento médico, justamente por estar sem as mínimas condições psicológicas para trabalhar.

O bancário do Banpará foi alvo de uma tentativa de crime do sapatinho, modalidade de assalto, que prioriza a violência psicológica praticada por assaltantes. Nesse tipo de violência, os bandidos mantêm os parentes do bancário e ele em cárcere privado durante a noite e pela manhã sequestra a família, deixando-a em local ignorado e força o bancário ir à agência e abrir o cofre e entregar o dinheiro para os bandidos.

Em que pese toda a violência sofrida, o técnico bancário teve um atendimento parcial pela GESAT, pois a direção do Banpará não cumpriu na íntegra a Cláusula 24 do Acordo Coletivo de Trabalho (2018-2020), referente à Segurança Bancária, que garante no Parágrafo Terceiro que o Banco disponibilizará advogado e profissional da área de Segurança e Medicina do Trabalho, presencialmente. 

O advogado deveria ter acompanhado o técnico bancário durante o depoimento à polícia, o que não aconteceu. Já com relação ao assistente social, que desde cedo está orientando o bancário, a AFBEPA entende que a direção do Banpará deveria enviar o profissional para prestar atendimento in loco ao funcionário vítima de violência.  “É necessário que a direção do Banco libere o advogado e o assistente social para irem se deslocar até ao município diante da gravidade do caso”, afirma a presidente em exercício da entidade, Cristina Quadros.

“O técnico bancário está profundamente abalado com a tentativa de crime de sapatinho, pois os bandidos fizeram ameaças de morte a toda a sua família e a ele. E diante dessa situação, a Associação dos Funcionários do Banpará solicita à direção do Banco que realize a transferência imediata e urgente do funcionário e de toda a sua família para outro município a fim de que seja garantida a sua integridade psicológica e física, cumprindo assim o parágrafo sexto da 24ª cláusula do ACT, uma vez que o bancário não tem mais condições de permanecer no local, nem onde presta serviço, nem onde mora”, afirma a presidenta em exercício da AFBEPA, Cristina Quadros.  

UNIDOS SOMOS FORTES
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