A Associação dos Funcionários do Banpará (AFBEPA) gostaria inicialmente de registrar aqui a lamentável postura do Diretor do Banpará-DICOP, nada democrática, ao contrário, desrespeitosa com a nossa Associação, na abertura do Seminário de Segurança Bancária/2014, ocorrido na última sexta-feira (19), no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, de não ter aberto espaço para fala da AFBEPA, mesmo a nossa Entidade tendo sido convidada formalmente para o evento, pela Diretoria Administrativa. Para expor as preocupações e dúvidas com a segurança dos colegas bancários do Banpará, a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, teve que fazê-las por meio de inscrição, como participante-ouvinte.
Convite Oficial |
SEMINÁRIO
O evento, que teve por objetivo apresentar medidas de prevenção no combate aos crimes contra estabelecimentos bancários e funcionários do Banco, contou com as palestras do Delegado de Polícia Civil contra Crimes Tecnológicos Samuelson Igaki; do Delegado da Divisão de Repressão ao Crime Organizado, Ivanildo Santos e do Superintendente de Segurança Empresarial do Banpará, Sr. Sergio Fontoura.
Del. Samuelson Igaki |
Durante a primeira palestra, sobre Crimes Tecnológicos, o delegado Samuelson Igaki, expôs os diversos artifícios que as quadrilhas possuem para roubar funcionários e clientes do banco por meio tecnológico. Falou sobre clonagem de cartão e como eles roubam as senhas e orientou aos funcionários do Banco como identificar e denunciar esses crimes.
Del. Ivanildo Santos |
Já a segunda palestra, do delegado Ivanildo Santos, que abordou os roubos no “sapatinho”, contra os colegas bancários do Banpará, foi preocupante. Em sua fala, o Delegado demonstrou claramente o seu interesse em prender os criminosos, sem atentar para a situação do bancário, ou seja, pouco importando o risco à família sequestrada e o abalo do bancário e os colegas direta ou indiretamente envolvidos.
A missão desses trabalhadores, para ele, é ajudar a prender. Mas, prender, após o sinistro.
Para buscar fortalecer a sua tese, o Delegado informou que diversas quadrilhas foram presas e orientou como o bancário deve proceder em caso de “sapatinho”. Ressaltou que o bancário não deve ficar com medo de denunciar, em caso de assalto, pois não tem dados de retaliação com morte contra bancários que trocaram informações com a polícia.
No entanto, uma funcionária da agência da Ag. Telégrafo, na época funcionária da Vivenda, informou que após sofrer um assalto no sapatinho e ter ido à delegacia identificar os assaltantes, ela soube que a família do mandante do crime estava perseguindo ela e sua família, inclusive, tendo o banco que removê-la de agência a fim de proteger as suas vidas. A colega questionou também, quais as garantias de proteção à vítima que o Estado oferece, e o Delegado não respondeu à pergunta.
Retomando a palavra, o delegado ressaltou que para evitar esse tipo de assalto, é preciso trabalhar em tríade (Banco – Funcionário - Polícia) e disse que o funcionário tem que tentar manter a calma e não atender as exigências do assaltante. O bancário não deve entregar o dinheiro.
Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado |
Preocupada com as colocações do Delegado, a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, tomou a palavra e ressaltou que nem “o banco e nem a polícia podem transferir as responsabilidades de segurança contra o crime de “sapatinho” para o funcionário (Fato que estava sendo exposto na fala do delegado, embora este falasse em tríade). O Banco não pode querer fazer o funcionário de escudo para proteger os seus bens, pois em caso de sapatinho, o bem mais precioso para o bancário não é o dinheiro, mas sim as vidas dos seus familiares que estão em perigo. A polícia e muito menos o Banpará, não podem querer que o bancário seja responsável pela repressão e nem jogar para os outros trabalhadores bancários tal procedimento, pois todos já estarão emocionalmente envolvidos. O que precisamos é que o Banco atue na Prevenção. O bancário assina um contrato de trabalho para laborar na atividade financeira do Banco, e não para enfrentar a bandidagem, até porque o bancário não tem o preparo para isso”.
INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA
Sérgio Fontoura, Superintendente de Segurança do Banpará |
Na última palestra, sobre segurança empresarial, Sergio Fontoura, apresentou dados do total de investimento na segurança do Banpará este ano, chegando a 934 milhões, aproximadamente, e desses números, mais de 17 milhões foram investidos em itens diferenciados, que são: vigilância armada 24h, custódia de chaves pelas Empresas de Segurança e não mais com os gerentes e tesoureiros.
A custódia de chaves é justamente uma forma de prevenir o sapatinho cometido contra os gerentes e tesoureiros, pois tira a responsabilidade dos funcionários e coloca a quem é devidamente treinado para isso. A AFBEPA vê isso como um avanço, mas ainda não é suficiente, já que outras medidas ainda devem ser viabilizadas.
A AFBEPA tem conhecimento que vários locais de trabalho estão sem câmeras funcionando e PGDMs que ainda não foram instaladas, por isso solicitamos que os colegas entrem em contato com a SUSEM, para sanar os problemas pendentes.
A Vida é o nosso maior Patrimônio!
UNIDOS SOMOS FORTES!
A DIREÇÃO DA AFBEPA
Texto e fotos: Kamilla Santos, Assessora de Imprensa.
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