quinta-feira, 20 de setembro de 2012


2 comentários:

Anônimo disse...

Bancários – a greve dos bancários chegou nesta quinta-feira (20) ao seu terceiro dia, com cerca de 8 mil agências paralisadas em todo o país. Na Avenida Paulista, o Sindicato dos Bancários de São Paulo ocupou nesta manhã todos os bancos da região, com os trabalhadores se somando as categorias presentes ao ato unificado para cobrar da Fenaban uma proposta decente que contemple todas as reivindicações da categoria, entre elas 5% de aumento real.

A pauta de reivindicações foi entregue à Federação dos Bancos no dia 1º de agosto. O patronato apresentou uma única proposta no dia 28 com um índice irrisório de 0,58% de aumento real. “É inadmissível que o setor que obtém os maiores lucros, que utiliza as maiores taxas de juros e outros artifícios para engordar seus ganhos, apresente uma proposta de 0,58% de aumento real para os trabalhadores, ao mesmo tempo que remunera em 9,7% os seus executivos”, repudiou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

A Contraf encaminhou cartas à Fenaban e aos bancos no dia 5 para reafirmar sua disposição em negociar, mas sem resposta, a alternativa foi o iniciar uma greve nacional por tempo indeterminado.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira Leite, passou durante o ato algumas informações que comprovam a ganância dos banqueiros. As seis maiores instituições financeiras lucraram R$25 bilhões somente no primeiro semestre. O HSBC (banco inglês) e o Santander (banco espanhol) cobram 7% de juros na Europa, enquanto que no Brasil cobram um valor 10 vezes maior. Sem contar que o Brasil possui o maior spread bancário (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro de investidores e o que cobra de juros dos tomadores de empréstimos).

“Nada mais justo do que divisão dos lucros com quem ajuda a construir toda essa riqueza. Há executivos no Itaú que ganharam R$ 8 milhões, enquanto o piso do bancário é de R$ 1.400. E mesmo assim os banqueiros mantém a postura intransigente. A única forma de dobrá-los é com a greve”, declarou.

Além da questão econômica, incluindo um reajuste acima da inflação, valorização do piso salarial e PLR maior, os bancários querem também mais empregos e fim da rotatividade, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

Guerreiro disse...

Greve afeta todas as agências em Santarém

Quinta-Feira, 20/09/2012, 19:14:09 - Atualizado em 20/09/2012, 19:14:48
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Greve afeta todas as agências em Santarém (Foto: Josevaldo Pereira)

(Foto: Josevaldo Pereira)

A greve dos bancários, que já chega ao quarto dia, alcançou 100% de adesão nas agências de Santarém. Tanto os bancos públicos como os privados estão com o atendimento suspenso ao público. O pagamento de faturas é um dos exemplos de serviços que estão suspensos por enquanto, podendo ser feitos somente nos caixas eletrônicos.

Milhomem Francisco, sub gerente do Banco do Brasil, explicou que algumas transações ainda podem ser feitas via telefone , casas lotéricas, caixas automáticas e internet.

O grande fluxo aos pontos alternativos de atendimento, no entanto, pode aumentar a probabilidade de assaltos, por isso a Polícia Militar alerta para que as pessoas evitem fazer saques de valores altos nesses postos.

O Sindicato dos Bancários informou que a greve vai continuar por tempo indeterminado até que suas reivindicações sejam atendidas.

(DOL, com informações de José Ibanês, de Santarém)