Meia hora antes da reunião do Comitê Disciplinar, a AFBEPA organizou uma reunião prévia com os colegas bancários vitimados e os representantes dos funcionários no Comitê. Presentes: pela AFBEPA, Kátia Furtado e assessorias (na foto aparece a advogada da AFBEPA, Dra. Valéria Fidélis), os titulares eleitos pelos funcionários, JK e Aldo Amador, e os suplentes, Carlos Santos e Vera Paoloni, esta, a primeira suplente que participou, efetivamente, da reunião substituindo a titular ausente. O advogado do Banco e assessor da Dirad não participou desse primeiro momento, mas já estava na sala quando a foto foi tirada e a reunião de preparação já estava finalizada.
Ao início da reunião, os representantes do Banco
e os representantes dos funcionários: JK, Aldo Amador e Vera Paoloni
Aqui, em primeiro plano, um advogado de um dos colegas bancários que veio
fazer a sustentação oral, representando seu cliente.
Após a sustentação oral, o colega bancário acompanhou a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado,
ao gabinete do Presidente do Banpará, para pedir audiência e retorno a dois ofícios
recentemente enviados, ainda não respondidos pelo Banco.
Ocorreu hoje a primeira reunião do Comitê Disciplinar para julgar os colegas que foram envolvidos pelo jogo de poder no caso ALEPA, investigado pelo Ministério Público Estadual - MPE e já denunciado ao Tribunal de Justiça do Estado - TJE.
Após sete anos dos fatos ocorridos, ou seja, já prescritos pela Constituição Federal, Código Civil e Legislação Trabalhista, uma vez que os funcionários do Banpará são enquadrados no regime celetista; após a pressão das denúncias feitas pela imprensa, o Banpará resolveu julgar os colegas, sendo que nestes sete anos, não houve por parte de nenhuma das instâncias do Banco, quaisquer questionamentos acerca dos procedimentos usuais em relação a um cliente tão poderoso, que é um poder do Estado de direito, com fé pública, que nunca questionou nenhum dos pagamentos dos cheques, ao contrário, a Casa Legislativa ordenava pagar, assediando moralmente os funcionários, afirmando, por exemplo, que "quem tinha que se adaptar às exigências da ALEPA era o Banpará e não o contrário." Nem todos os cheques foram usados indevidamente. Há cheques, com valores expressivos, pagando a arrecadação de tributos, como o INSS. Da mesma forma o outro Banco, privado, que atende a ALEPA, procedia.
Por que o Núcleo de Auditoria, que realiza semestralmente as auditorias ordinárias e que verificou em 2005, algumas irregularidades, não abriu o Processo Administrativo Disciplinar - PAD naquele momento? Vale lembrar que as autoridades do Banpará, à época, todas são corresponsáveis pelos atos do Banco em quaisquer âmbitos, logo, não podem ser apenas os bancários, ali na ponta, em precárias condições de trabalho, sem estrutura de pessoal, sem horário de almoço, sem intervalo para a pausa obrigatória, e ainda sob um brutal assédio moral da então direção da ALEPA, após sete anos, agora pregados na cruz.
Outro fato preocupante, que saltou aos olhos, foi a indicação de um colega, gerente de agência, para representar a direção do Banco no Comitê Disciplinar. Ora, esse gerente que tem várias metas a cumprir e uma enorme responsabilidade de dirigir uma grande agência do Banpará, como a captação de clientes, fortalecendo, assim, o nosso Banco, não poderia ser sobrecarregado ainda mais com tarefas alheias a sua função. Quem deveria estar representando o Banco como titular, nesse Comitê, já composto por dois advogados, seria a SUDEP, pois teria um olhar mais humano por conhecer o difícil cotidiano do trabalho dos funcionários.
Ao final do depoimento de um dos colegas, a Presidenta da AFBEPA, sua assessoria política, juntamente com o funcionário, dirigiram-se ao gabinete do Presidente do Banco, para solicitar que fossem recebidos em audiência para tratar de algumas questões: caso ALEPA, sobreaviso, segurança e corte de despesas. O presidente não se encontrava no Banco, mas a secretária se comprometeu em agendar para breve essa audiência com a AFBEPA.
Esperamos que a justiça seja feita e que punam os verdadeiros culpados, que até então não se sentaram em nenhum banco dos réus. Os bancários são vítimas de uma estrutura de poder avassaladora. O mais justo, agora, é que o Banco considere prescrito o processo.
A AFBEPA se mantém firme e forte na defesa moral e jurídica dos colegas, sempre acreditando que a justiça será garantida!
UNIDOS SOMOS FORTES!
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