sexta-feira, 8 de julho de 2011

REPERCUSSÃO NO LIBERAL - ASSÉDIO MORAL AOS BANCÁRIOS DO BANPARÁ

 


Também no jornal O Liberal de hoje, a repercussão das denúncias de assédio moral contra os bancários do Banpará na ALEPA.

Funcionário do Banpará diz que Duboc pressionava

Por isso, cheques eram pagos sem as assinaturas de Mário Couto e Megale


Funcionário do Banco do Estado do Pará (Banpará), em entrevista a O LIBERAL, confirmou que os cheques da Assembleia Legislativa do Pará eram pagos pelo banco sem as necessárias assinaturas do então presidente da Casa, Mário Couto (PSDB), e do primeiro-secretário na época, deputado José Megale (PSDB). O funcionário afirma que sofria pressão do diretor financeiro, Sérgio Moreira Duboc, que teve a prisão decretada, mas está foragido.

Cerca de 80 cheques, no total de R$ 2 milhões, foram emitidos em favor de prestadores de serviço, entre os anos de 2005 e 2006, mas foram endossados pela servidora Daura Hage, da Comissão de Licitação, que assina o recebimento do dinheiro, segundo o Ministério Público do Estado. Mas a fonte, que pede para não ser identificada, afirma que mais cheques foram pagos sem assinaturas, com a verba sendo frequentemente repassada à diretoria financeira. "Ele (Duboc) dizia que o banco precisa da Alepa, mas a Alepa não precisa do banco e que o Banpará poderia ser substituído a qualquer momento. Perder esse cliente (Alepa) seria um prejuízo de milhões (para o banco)", conta. O funcionário também relata que sofreu ameaças de desemprego através de um suposto tráfico de influência da Alepa no banco e que a direção do Banpará foi informada da situação. A revelação será levada por sindicalistas e parlamentares ao MPE, hoje, às 9h.

O pagamento ilegal dos cheques pelo Banpará foi divulgado no mês passado pelo MPE. O caso veio à tona com a quebra do sigilo bancário da Alepa, determinada pela justiça. A servidora Daura Hage, membro da Comissão de Licitação da Assembleia, foi quem assinou o verso dos cheques, confirmando que recebeu o dinheiro. Daura e Duboc foram denunciados pelo MPE à justiça, por fraudes em licitações, assim como mais quatro pessoas. Ela organizava as fraudes em licitações para que empresas de propriedade de parentes dela saíssem vencedoras e, depois recebia o pagamento no lugar das empresas. A maioria dos serviços contratados foi de obras, que o MPE acredita nem terem sido realizadas.

O funcionário do Banpará confidencia que o posto compensou muito mais do que 80 cheques sem assinatura, na Alepa. "Diziam que os cheques eram para pagar fornecedores e prestadores de serviço e que os pagamentos teriam que ser feitos imediatamente para não paralisar os serviços. Alegavam que o presidente ou o secretário estavam viajando ou em sessão e não poderiam assinar naquele momento e prometiam que as assinaturas seriam colhidas depois. Os funcionários do banco é que tinham que ficar correndo atrás (das assinaturas), depois. Conseguimos a maioria das assinaturas. Nada disso era segredo", garante. A fonte acrescenta que raras vezes, os empresários iam ao posto compensar os cheques e que normalmente, isso era feito através da diretoria finananceira da Casa. Com frequência, também os empresários não assinavam os endossos, mas representantes das firmas ou a própria Daura. "Eles diziam que os empresários estavam viajando e que tinha que ser pago logo".





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Um comentário:

Anônimo disse...

Sinto muito em pensar que essa Al Capone do Açaí não passará nem 24 horas na jaula, que seria o lugar ideal para ele e sua quadrilha, que inclui a bonitinha-ordinária.