NÃO QUEREM A AFBEPA NA NEGOCIAÇÃO. PARECE JOGO DE
CARTAS MARCADAS.
Atendendo
ao pedido massivo dos funcionários e funcionárias do Banpará, em que pese a
vigência da Portaria 134/2014, da Presidência do Banpará, que são protagonistas
de uma das mais fortes e verdadeiras greves de bancários do país, a AFBEPA se
apresentou para participar da mesa de negociação nesta manhã, na sala de
reuniões, no 5ª andar da Matriz do Banco, representada por sua
vice-presidenta Cristina Quadros e pelo assessor jurídico, Dr. MárcioTuma.
Para a
triste surpresa dos funcionários do Banpará, de imediato, à entrada da AFBEPA
na sala, o representante da CONTRAF-CUT, num laivo de raivosidade sem limites,
disse em alto e bom som que não aceitaria que a Associação dos Funcionários do
Banpará compusesse à mesa, naquela reunião. Diante do que, a vice-presidenta da
AFBEPA perguntou: "- Mas então a CONTRAF é contra a AFBEPA na mesa de
negociação? É isso?" E ele respondeu, nervosamente, que sim.
A mesma
pergunta Cristina Quadros dirigiu aos demais, que se dizem representantes dos
bancários. E pasmem! A presidente do Sindicato disse que era contra e se
retirou da sala de reuniões, e a representante da Fetec ficou calada e disse
que queria falar na frente do Sindicato, mas como havia se retirado, calada
continuou, e também se retirou.
Entrou na
sala, então, o diretor Braselino, representante do Banco na mesa e, em apoio à posição
da Contraf e do Sindicato, mandou que a AFBEPA se retirasse da sala. Cristina
Quadros, a representante da Associação dos Funcionários esclareceu ao diretor
do Banco que infelizmente não poderia atendê-lo, pois ali estava para
representar a categoria, e não para obedecer ao Banco (o que aliás, algumas
entidades já obedecem muito bem, feito carneirinhos comportados na boca do
lobo).
Na sala
de reuniões ficaram apenas os representantes da AFBEPA, Cristina Quadros e Dr.
Tuma e a advogada do Banco. Todos os demais - Banpará, Sindicato, Contraf e
Fetec se retiraram. Alguma dúvida do porquê? Está claro, evidente! O que eles
querem é essa negociação morna onde o Sindicato e o Banco ficam nos enfiando
goela abaixo penduricalhos e varrendo pra debaixo do tapete as nossas reais
necessidades e pedidos da pauta econômica.
É muito
provável que, neste momento, estejam negociando a portas fechadas, em alguma
sala trancada do Banco, a rendição das nossas vidas e da nossa luta. Só não
querem a AFBEPA pra atrapalhar as cartas marcadas, claro!
O que
representa para grande parte dessa direção sindical os anseios dos funcionários
do Banpará? Nada. Eles obedecem é a negociação da mesa da FENABAN, onde sentam
o que eles consideram os grandes Bancos: Banco do Brasil, Caixa e os privados.
Só que eles esquecem que temos o menor salário, piso de R$-1.648,00, entre os
Bancos públicos (BB e CEF o piso inicial é na faixa de R$-2.060,00), observem o
disparate!! E, que precisamos de uma negociação local à altura da necessidade e
da força de luta da nossa categoria.
Precisamos
de mais salário, queremos percentuais maiores que os da Fenaban! Precisamos da
volta do nosso tíquete, e que o Banco nos devolva o que nós emprestamos em
1998: 20% dos nossos salários por onze meses pra salvar o Banpará, dentre
outras reivindicações!
Não
entramos numa greve com 98% de paralisação para sair com penduricalhos! Basta!
A AFBEPA
conclama que todo o funcionalismo fortaleça ainda mais a nossa greve e
participe ativamente da assembleia de hoje, 02/10, às 15h, no Sindicato dos Bancários.
UNIDOS
SOMOS FORTES!!
2 comentários:
É revoltante saber a atitude do Sindicato, perante a nossa associação.
Em vez de serem unidos, ocorre essa troca de farpas, acusações e afins.
Os funcionários do Banpara, sabem que o Sindicato não "liga" muito para nós e sim para os outros "grandes" Bancos. Isso, realmente é REVOLTANTE. Afinal de contas, não é o mesmo desconto no contracheque para quem é associado? Ou nós somos diferentes?
Palhaçada!!!
O sindicato é uma vergonha. Estou simplesmente enojado com a conduta dessa entidade, que inclusive estimulou a saída da greve fazendo com que ganhássemos migalhas. Com certeza o sindicato demonstrou mais do que nunca que foi vendido para a despótica diretoria do banco, que faz do banco um cabide de empregos para estagiários parentes e funcionários puxa-sacos.
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