quinta-feira, 11 de outubro de 2012

NÃO HOUVE REUNIÃO OFICIAL ENTRE AS ENTIDADES E O BANCO

No dia de ontem, 10, a AFBEPA chegou antes das 11h na matriz do Banpará para participar da reunião de assinatura do Acordo com o presidente do Banco, caso o Banco tivesse retirado os problemas que criou para assinar o ACT.

Na recepção fomos informadas de que não havia sala disponível para a reunião e foi pedido que aguardássemos a chegada das demais entidades, que ainda não estavam lá: Sindicato, Contraf e Fetec.

Por volta das 11h40, nenhuma das outras entidades havia chegado, e fomos informadas que estavam havendo  tentativas de conversas telefônicas para se chegar a uma solução quanto ao ajustamento do texto final do ACT. O pedido das demais entidades foi para que a AFBEPA aguardasse um novo chamado para a reunião que iniciaria as 15h.

A Presidenta da AFBEPA, então, decidiu subir os andares da matriz e conversar com os bancários e bancárias, para explicar todos os golpes que a direção do Banpará estava tramando contra a categoria.

A posição, unânime, em todos os andares da matriz é a que tem total concordância com a posição da AFBEPA: qualquer retirada ou inclusão no texto do ACT, que não tenha sido autorizada pela assembléia, só poderá ser feita por uma nova assembléia, porque o pacote que tirou os bancários e bancárias da greve foi a renovação do ACT, excetuando-se as cláusulas de reajuste e tíquete, mais as conquistas pactuadas em mesa de negociação constantes em documento do Banco e mensagem no celular. Foi isso. Qualquer coisa além ou aquém disso, só a categoria, em uma nova assembléia tem poder para decidir.

Por volta das 15h procuramos a diretoria administrativa a fim sabermos sobre a reunião, mas a diretora administrativa não se encontrava no Banco. Telefonamos para as dirigentes do Sindicato e da Fetec, mas os celulares pareciam estar desligados. Alguns minutos depois, estávamos ainda na sala da assessoria da diretoria, quando a diretora chegou acompanhada de seu assessor, o mesmo que tem participado de todas as reuniões de negociação com as entidades. Nesse momento, recebemos uma mensagem de uma das dirigentes das entidades, chamando para uma reunião, não mais no Banco, mas no Sindicato.

As 18h39 recebemos, no e-mail da AFBEPA, vindo da presidência do Sindicato, uma Minuta enviada pelo Banpará, em resposta ao ofício enviado pelo Sindicato, Contraf e Fetec. Porém, o ofício citado, com link no próprio site do Sindicato, pedia uma reunião urgente e não o envio de uma Minuta. Estranhamos.

De todo modo, a Minuta foi enviada e percebemos que o Comitê de Segurança foi mantido, como definiu a votação na assembléia dos bancários. O problema é que o Banco continua enfiando uma cláusula de supressão de cláusulas do ACT 2011/2012 que, por sua vez, traz essas cláusulas de outros acordos. É interessante perceber que houve uma modificação na redação da cláusula. Agora ela diz: "resguardando-se direitos individuais de empregados eventualmente não beneficiados à época da concessão/implementação das citadas cláusulas."

Ora, se automaticamente um acordo substitui o outro, porque essa necessidade de suprimir cláusulas? Cláusulas são conquistas históricas das lutas, são direitos garantidos. Por quê vamos abrir mão de nossos direitos? 

Voltamos a afirmar: a assembléia votou, conforme negociado e aceito pelo Banco, a renovação do ACT, excetuando-se as cláusulas de reajuste e tíquete. As entidades não estão autorizadas pela categoria a assinar um acordo que decida a supressão de quaisquer cláusulas do ACT anterior, a não ser reajuste e tíquete, que já estão, por sua vez negociadas e também votados os novos percentuais.

A negociação desse Acordo não foi reaberta. O que estamos fazendo, agora, é um ajuste de texto, mas não de conteúdo, ainda mais contendo supressão de direitos.

Por isso, esta AFBEPA já solicitou e mantém a solicitação, em caráter de urgência, para que o Sindicato convoque uma assembléia de bancários do Banpará, a fim de decidir sobre essa situação.

ASSEMBLÉIA JÁ!

UNIDOS SOMOS FORTES!




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