terça-feira, 9 de outubro de 2012

BASTA DE GOLPES! NÃO ACEITAREMOS PERDER NENHUM DIREITO A MAIS!

Nas três ultimas reuniões, a postura da direção do Banpará tem sido simplesmente lamentável, desastrosa! Mas hoje ultrapassou todos os limites do desrespeito: sequer sentou-se à mesa para reunir com as entidades no sentido de ajustar as divergências quanto à redação final do ACT. Apenas enviou um assessor que ia e vinha, levando e trazendo 'recados'.

A AFBEPA trata com seriedade e responsabilidade as lutas, interesses, direitos e conquistas da categoria, e não se submeterá a esse papel degradante em reuniões que não possuem registros em ata, e nas quais fica muito claro que o Banco quer nos empurrar goela abaixo a retirada de direitos do nosso ACT. A isso, dizemos: BASTA!

Nesse Acordo, já perdemos nosso tíquete extra, uma espada entalada na garganta, que jamais aceitaremos! Não vamos perder mais nada!

ENTENDAM A HISTÓRIA
Desde a assembléia do dia 26 de setembro, que aprovou o acordo em mesa de negociação e pôs fim à nossa greve de 23 dias, estamos cobrando a redação final do ACT, para a leitura prévia e assinatura. Sempre na boa fé, acreditávamos que seria questão de rápida resolução, uma vez que o ACT foi quase que inteiramente renovado, com apenas algumas mudanças, segundo o que foi acordado em mesa de negociação e aprovado em assembléia.


Porém, o Banco levou mais de uma semana e enviou o texto apenas no final da manhã do dia 05/10, dia em que ocorreu a primeira reunião para assinatura. Só então entendemos o porquê dessa demora: a direção do Banpará precisou desses dias para tramar formas de sequestrar vários de nossos direitos, via redação final do Acordo.


Vejam o que o Banco está fazendo contra nós:
Na primeira reunião para assinatura do ACT, o texto final só foi enviado ao Sindicato, que enviou à AFBEPA, por volta das 12h. A reunião começou às 17h. No pouquíssimo tempo que tivemos para ler e avaliar cuidadosamente o documento, percebemos várias mudanças prejudiciais no texto, sem que tivessem sido negociadas. Para piorar, havia também redação divergente em algumas cláusulas, considerando o que havia sido acordado. Ao todo, surgiram cerca de quinze problemas no texto do ACT.

Na reunião, apresentamos os problemas causados pela redação infiel do texto à diretoria do Banpará e nova reunião ficou marcada para o dia 08/10, às 13h.

Na segunda reunião, em 08/10, o Banco quis manter a maior parte dos prejuízos não negociados com as entidades, se recusando a recuar da redação infiel que criou, modificando o ACT em questões importantes.

Mantivemos nossa postura firme de não aceitar esse sequestro de direitos e a reunião terminou, mais uma vez, sem assinatura do ACT, por inteira responsabilidade da direção do Banpará, que está impedindo que o acordo firmado em mesa de negociação e aprovado na assembléia dos bancários, seja garantido, na sua integridade, na redação final.

Hoje, 09/10, na terceira reunião, quando lemos o texto que o Banco enviou para assinatura, percebemos que dois novos problemas foram criados, além de outros que já estavam colocados. Sem negociação alguma, o Banpará resolveu incluir, ao final do Acordo, duas cláusulas absurdas que provocariam a supressão de direitos adquiridos no acordo anterior, e a perda do Ponto Eletrônico.

Os direitos que o Banco quer nos sequestrar, além do tíquete extra já retirado. 
Após muito enfrentamento nas duas reuniões anteriores, algumas questões foram resolvidas, mas ainda restam essas, que relatamos abaixo. Vejam que o alvo de alguns ataques é justamente a AFBEPA:

1) O Banco não quer liberar os diretores da AFBEPA para participação em atividades de organização e capacitação dos bancários, garantindo, assim isonomia de tratamento com relação aos diretores sindicais;

2) O Banco quer retirar a liberação da vice-presidente da AFBEPA, liberação de apenas um dia por semana, conquista essa que, embora não estivesse escrita no Acordo, estava apalavrada e foi assegurada sem nenhum problema em 2011. Em momento algum, essa conquista foi retirada durante a negociação, mas só agora, na hora da redação final do Acordo;

3) O Banco quer acabar com o Comitê de Segurança, exatamente no momento em que mudou unilateralmente o horário de fechamento das unidades do interior e da Sulog, passando por cima daquele Comitê que, segundo o ACT, tem a atribuição de debater e decidir sobre esse tema e outros. O Banco quer, sozinho, impor um projeto de segurança apenas do patrimônio material, desprezando as vidas dos bancários e suas famílias, alvos principais dos assaltos com sequestros;

4) O Banco quer suprimir cláusulas do acordo anterior, o que significaria apagar as conquistas históricas e todo um passivo trabalhista do Banco para com os seus funcionários. Ora, se o acordo perderá a vigência no momento em que novo acordo for assinado, porque essa insistência em querer suprimir cláusulas? Porque essa necessidade de negar a história das lutas e conquistas? Seria para fragilizar acordos futuros e esvaziar demandas jurídicas de passivos trabalhistas?

5) O Banco não quer implantar o Ponto Eletrônico, porque sabe que terá que pagar as dezenas de horas extras que os bancários estão fazendo gratuitamente nas agências, postos e caixas avançados,por isso enfiou uma cláusula para abrir o debate sobre novas formas de controle da jornada de trabalho.

Por tudo isso e pelo desrespeito de não registrar em atas as reuniões, de tentar empurrar o que não foi negociado e de querer sequestrar direitos, afirmamos, mais uma vez e sempre: BASTA! Que a direção do Banco entenda: não vamos perder mais nada!

Não nos submeteremos a chantagens ou a pressões. Acreditamos inteiramente na força, na coragem e na autonomia da categoria e só assinaremos, como testemunha, um ACT à altura dos nossos representados e fiel ao que foi acertado na negociação e aprovado na assembléia.

UM LAMENTÁVEL OCORRIDO
Ainda nesta tarde, em meio a uma reunião interna apenas entre as entidades, após a frustrada mesa com o Banco, um dirigente nacional da Contraf afirmou que a AFBEPA estava querendo "fazer disputa política" simplesmente porque estávamos defendendo a manutenção do Comitê de Segurança Bancária, o que, aliás, era uma posição comum entre as entidades. 

Consideramos essa fala um grave ataque à AFBEPA e seu papel de luta na defesa dos interesses dos bancários e bancárias. A defesa que fizemos, e faremos sempre, é uma defesa de conteúdo, de mérito, de princípio, que não pode ser rebaixada à condição de mera e vil "disputa política". Essa não é, nunca foi, e nem será nossa prática. Tampouco estamos habituadas a tal palavreado.

Temos caráter. Não usamos direitos dos bancários para "fazer disputas políticas" e nem precisamos falsear debates para demarcar nossas posições ou divergências. Defendemos o que acreditamos, ainda que contrariem os desejos e posições da Contraf ou de qualquer outra entidade que seja. O que nos interessa é que nossas defesas estejam em consonância com os interesses, direitos e conquista da categoria.

Temos a plena consciência do que somos: uma Associação fundada na luta, e legítima representante dos bancários e bancárias do Banpará. Enquanto Associação não assinamos o ACT como parte, mas como testemunha. Que fique bem claro que nenhuma entidade nos concedeu essa posição, mas a luta dos bancários e bancárias. Todas as lutas: pelo PCS, pela democracia e eleições diretas no Banpará, pelo Ponto Eletrônico, pelo pagamento das horas extras e tantas e tantas outras, desde 2007. 

Nessa Campanha Salarial, como em outras, coordenamos o movimento desde a mobilização ao Encontro, passando pela redação da Minuta, pela garantia da força da greve, pelas defesas dos nossos direitos e contribuições em todas as mesas de negociação, e pela defesa do Acordo na última assembléia que tirou a categoria da greve. Não será nenhum dirigente nacional que virá aqui nos acusar de querer rebaixar nossa luta. Realmente lamentável.

AMANHÃ, HAVERÁ NOVA REUNIÃO COM O BANPARÁ. A AFBEPA ESTARÁ PRESENTE, MAS PARA CONVERSAR DIRETAMENTE COM O PRESIDENTE DO BANCO E AJUSTAR, COM ELE, A REDAÇÃO FINAL DO ACORDO, SEM A PERDA DE NENHUM DIREITO.

ESTA AFBEPA TAMBÉM SOLICITA AO SINDICATO QUE CONVOQUE, EM CARÁTER DE URGÊNCIA, ASSEMBLÉIA DOS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS DO BANPARÁ PARA DECIDIR SOBRE ESSA SITUAÇÃO E AS NOVAS LUTAS QUE TEMOS QUE GARANTIR.



UNIDOS, BANCÁRIOS E BANCÁRIAS, SOMOS FORTES!!!




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Um comentário:

Anônimo disse...

primeiro que queremos greve de novo, porque aí só voltaremos ao trabalho com o nosso tíquete.
segundo que a afbepa tem toda razão: não vamos perder mais nenhum direito nosso dos acordos passados.
alias quero agradecer a afbepa que diz toda a verdade para nós porque o sindicato diz só duas clausulas e a afbepa coloca cinco. então o problema é maior.
terceiro que queremos mesmo essa assembléia porque nós não autorizamos ninguém a entregar nossos direitos. a votação na assembléia foi só do tíquete e das outras cláusulas novas, mais nada além disso. ou recomeçou a negociação? então tem que ter assembléia, sim.
e por ultimo e muito importante, quem nos representa é a afbepa. confiamos e fazemos greve é pela afbepa, então esse desacato dessa contraf tem que ter um pedido de desculpa porque a NOSSA associação não merece isso e NÓS, funcionalismo do Banpará é que não aceitamos essa agressão.
colegas, assim não dá. tá na hora de grevar de novo.