A greve no Banpará continua forte e já possui duas importantes conquistas: desde o segundo dia, exatamente pela antecipação da greve, nosso Acordo Coletivo de Trabalho foi ratificado pelo Banco, e está em vigência até que um novo ACT seja assinado; e desde o segundo dia temos mesa de negociação no Banco, o que era negado. Antes da greve o Banpará sempre afirmava que iria aguardar apenas a proposta da Fenaban.
A mesa da Fenaban não é o mínimo parâmetro para nós. Muito menos qualquer acordo rebaixado em outro Banco. Nosso parâmetro é, sempre foi e sempre será: nosso ACT, nossa Minuta de Reivindicações e o poder da nossa forte greve.
Ontem 24, quando se iniciou o pagamento dos servidores do Estado, nenhuma agência na capital abriu, porque os gerentes sabiam dos riscos se decidissem abrir agências com número insuficiente de caixas e sem atendimento.
Na quarta mesa de negociação a proposta apresentada, após 7 horas de reunião com as entidades, foi insuficiente. Não corresponde aos justos e legítimos anseios da categoria, que sabe que:
1) Existe uma ata de reunião do Consad onde o Banco afirma que provisionou 13% para reajuste das verbas salariais;
2) O resultado do Banco, no semestre, mostra um crescimento além do esperado em todas as áreas, o que justifica a posição de melhor Banco estadual e quinto melhor Banco do País;
3) É justamente o trabalho, a dedicação e o empenho dos bancários que constroem esses recordes de lucros, esses resultados excelentes, essas posições de liderança no mercado;
4) Os argumentos do Banco para continuar endurecido na negociação estão caindo por terra;
5) Não é qualquer proposta humilhante, qualquer migalha, que tirará os bancários da greve, porque a categoria está firme, a grande maioria permanece fiel à luta, está garantindo a greve que é legal, justa e legítima!
Diante de tudo o que foi colocado acima, e se a direção do Banpará mantiver sua posição de não avançar nas propostas, nos resta levar à assembléia o que o Banco diz ser o seu limite na negociação, defender nossa posição que será sempre a da luta pelo que for o melhor para a categoria e colocar para que, democraticamente, os bancários e bancárias decidam.
A POSIÇÃO DA AFBEPA
A AFBEPA tem desempenhado um papel nessa greve que colocou o principal, o econômico, no centro da pauta:
a) Mostramos a ata de reunião do Consad onde o Banpará afirmou o provisionamento de 13% para reajuste das verbas salariais, ninguém mais mostrou;
b) Mostramos o excelente Resultado do semestre do Banco, ninguém mais mostrou;
c) Defendemos na assembléia e o tempo inteiro antes e durante a greve, a negociação das cláusulas econômicas, enquanto dirigentes do Sindicato aceitaram e defenderam a negociação apenas das cláusulas sociais, mais o que vier da Fenaban.
Falamos com a uníssona e soberana voz da categoria: não entramos em uma greve forte como essa para sairmos com migalhas!!! Que a direção do Banpará apresente contrapropostas à altura da força, do desempenho, do merecimento, da luta, da greve dos bancários!
Aguardamos que a direção do Banco convoque a retomada da quarta mesa de negociação para logo mais.
Às 17h de hoje, 25, haverá assembléia no Sindicato. Todos e todas lá para avaliarmos e decidirmos sobre a proposta que virá hoje.
SEMPRE NA LUTA,
UNIDOS SOMOS FORTES!
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Um comentário:
Tenho pavor das decisões conluídas do sindicato. E pensar que tinham essas decisões a favor do patrão na era petista, quando governava o nosso estado. Ledo engano. Até acredito que poderiam mudar o nome para sindicato dos patrões do pará, pois, até se mostram ao nosso lado até certo tempo. Depois, começam a aceitar as migalhas impostas pelos patrões. Lembre, Sindicato, que dessa vez fomos humilhados, achincalhados e nos jogarão pura e simplesmente numa lata de lixo. Agora que "o sapato apertou", por causa do pagamento do funcionalismo estadual, estão chamando para as mesas, que até o presente momento, não surtiram nenhum efeito. Então, colegas, dependendo do que ofereçam às 14 hrs., CUIDADO com a decisão que vc vai tomar lá no Sindicato às 17 hrs.
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