Em mais uma ação pacífica de greve, bancários e bancárias do Banpará marcaram presença ontem, 21, na abertura da Feira Panamazônica do Livro, no Hangar, para conversar com a população sobre a greve no Banpará e mostrar, a todos, os reais motivos do nosso movimento que, provavelmente, se estenderá até o pagamento dos servidores públicos estaduais, com as agências do Banpará fechadas, por culpa da intransigência da direção do Banco e do governo do Estado.
Em todos os momentos da greve, seja na Av. Presidente Vargas, nas demais vias por onde temos estado nos piquetes de convencimento, seja nas redes sociais, o apoio da sociedade é contagiante e estimulante. E foi assim na Feira do Livro: caminhando e conversando com as pessoas, formando rodas, entregando uma cópia do texto a cada um, respondendo a várias perguntas, o retorno sempre foi o apoio, dezenas de pessoas manifestaram solidariedade e deram depoimentos dizendo que, enquanto trabalhadores, ou servidoras e servidores públicos estaduais, municipais ou federais, concordam com a greve, acreditam no direito de lutar por melhorias de vidas para todos os trabalhadores.
Vejam a declaração de apoio que recebemos, ontem, por mensagem, no facebook:
"Como clientes todos devemos apoiar a grave do Banpará e todos os bancos, pois é uma situação muito dificil para nós consumidores que temos que esperar horas por atendimento nos bancos sendo que nunca todos os caixas estão funcionando e são os donos que não contratam mais pessoas, se aumentassem o número de funcionários com certeza o atendimento seria mais rápido. Por exemplo sempre que tenho que resolver alguma situação no BANCO DO BANPARÁ MOJU praticamente tenho que reservar o dia para fazer isso, demora horas se contratassem mais funcionários melhoraria e é justo as cláusulas de reivindicação dos bancários, mostra que eles não estão pensando só no economico mas tambem nos concumidores. APOIO TOTAL." (sic)
Todos ficaram impressionados ao lerem que o Banpará repassou ao governo do Estado, em 2011, R$ 66 milhões e, no primeiro trimestre de 2012, R$ 10 milhões! Algumas das perguntas mais recorrentes mostravam a seguinte dúvida: se o Banpará tem dinheiro para repassar tantos valores ao governo, como pode dizer que não tem dinheiro para reajustar dignamente os salários de seus funcionários? Outra questão bastante perguntada: o que deve estar sendo feito com todo esse dinheiro, porque obras, melhorias nos serviços públicos, isso não estamos vendo! A população aproveitou para culpar bastante o governador Jatene por ter privatizado a Celpa e assumido, com dinheiro público, as dívidas da empresa. Unanimidade em todas as falas: privatização, nunca mais!
Jô e Kátia aproveitaram para abraçar o nosso querido poeta Juraci Siqueira, um patrimônio vivo da cultura paraense, que declarou seu total e irrestrito apoio à greve dos bancários do Banpará!
Nossa greve continua e cada vez mais firme!
UNIDOS SOMOS FORTES!
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2 comentários:
Iniciativa que merece os mais fervorosos aplausos e apoio. Com isso a população cada dia mais passa a entender o significado das reivindicações e o por que? dessa atitude,muitas vezes entendida por alguns como radical. Nossas solicitações, afinal, são as mesmas de todos e são tomadas após exaustivas tentativas de negociações, sempre dentro da legalidade: uma remuneração digna e melhores condições de vida e de trabalho para todos, o que infelizmente só se tem conseguido mediante a Greve.
Só queremos respeito e reconhecimento pelo que passamos, a fim de dar esse exorbitante lucro para o governo e colocar o NOSSO banco como o quinto melhor banco do país. Agora é a hora, governador e presidente. Vcs não enganam mais o povo. Deixem a greve prosseguir e verão a revolta formada naquela Pres. Vargas a partir desta segunda. A batata de vcs está assando.
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