Lamentavelmente, a direção do Banpará, formada em sua ampla maioria por funcionários de carreira do Banco, insiste na intransigência que desrespeita as legítimas reivindicações dos funcionários e funcionárias, em plena campanha salarial, quando temos o direito essencial de negociar nossas demandas específicas, locais.
Em 50 anos de Banpará, nunca fomos tão desrespeitados! Mesmo nos piores momentos, sob ameaças de extinção, nos anos 90, a direção do Banpará nunca deixou de honrar esse direito do funcionalismo!
Sempre comparecemos na hora de salvar o Banco. Doamos 20% de nossos salários por onze meses em 1998 para capitalizar o Banpará! Fomos às ruas colher assinaturas para defender o Banco, nos desdobramos vendendo produtos, adoecendo por sobrecarga, pressão e metas inatingíveis, e no momento em que o Banco precisa fazer a sua parte, nos fere de morte, nos negando a justa negociação de nossas reivindicações!
A ESTRATÉGIA CORRETA, A AFBEPA DEFENDEU: INDICAR A ANTECIPAÇÃO DA GREVE PARA QUARTA-FEIRA, 29.
A AFBEPA já estava antevendo esses sinais do endurecimento do Banco, desde quando nem o presidente e nem a diretora administrativa receberam a Minuta das mãos das entidades, no último dia 06 de agosto. Apenas um assessor da Dirad havia sido designado a receber a Minuta. As entidades pediram que ao menos um diretor se fizesse presente e, após alguns minutos, o diretor de crédito veio até a sala de reuniões e recebeu a Minuta sem, contudo, ratificar o ACT 2011/2012, para que ficasse estendida a vigência do Acordo até a assinatura de um novo Acordo.
Diante desse cenário desolador a AFBEPA sempre defendeu a força da luta: a convocação de uma assembléia deliberativa em tempo hábil para antecipar a greve no Banpará, inclusive em dias de pagamento do funcionalismo público estadual, o que está ocorrendo agora. Infelizmente o Sindicato e a Fetec/cn optaram por uma estratégia frágil, de atos e paralisações que nem de longe afetam a intransigência do Banco, deixando a direção do Banpará à vontade para dar as cartas no processo.
Se tivéssemos feito a assembléia e decidido antecipar a greve e parar na quarta-feira, 29, o dia de hoje, segunda-feira poderia ser bem diferente. Ao invés do Banco soltar esse comunicado desrespeitoso, poderia estar chamando a mesa de negociação da nossa Minuta, para evitar a greve depois de amanhã.
SEM RATIFICAÇÃO DO ACT, NÃO TEREMOS ACORDO VIGENTE APÓS 31 DE AGOSTO.
A não ratificação do ACT até agora é outro dado fundamental para que tivéssemos a compreensão de que o Banco não pretende chamar a mesa de negociação para compor um novo Acordo Coletivo. Sem a ratificação do ACT e sem a vigência dele até que novo Acordo seja celebrado, o Banco poderá optar por, apenas, assinar a Convenção Nacional da Fenaban. O problema é que nossas maiores conquistas estão em nosso ACT. Se ficarmos somente com a Convenção Nacional seremos muito prejudicados com a perda de dezenas de direitos constantes no ACT.
AS MANIFESTAÇÕES POR ESCRITO DO BANCO
Até agora são duas as manifestações por escrito do Banco negando a negociação da nossa Minuta: a primeira, uma resposta a um pedido de abertura da mesa de negociação, e a segunda, manifestação pública, enviada agora há pouco a todos os funcionários e funcionárias.
O comunicado enviado hoje aos funcionários e a resposta
enviada ao Sindicato na sexta-feira, 24, e publicada no site.
Clique nas imagens para ampliá-las e ler melhor.
NÃO ACEITAREMOS MESA RECUADA
Apesar de todo esse cenário, ainda há dirigentes sindicais acreditando que o Banco chamará a mesa de negociação, o que todos queremos, mas não podemos nos dar ao luxo da ingenuidade em um momento grave como esse, onde nossas principais conquistas então em jogo!
O Banco já disse por duas vezes que vai convergir para a mesa da Fenaban. Além disso, não ratificou, ainda, nosso ACT. Todos os sinais dizem que o Banco não pretende chamar mesa de negociação, porém, se após a mesa da Fenaban, onde o pedido de reajuste é pífio, de apenas 10,25%, o Banco quiser chamar uma mesa recuada, apenas para nos dar migalhas, a AFBEPA defende que nos mantenhamos em greve até conquistarmos o que precisamos: no mínimo os 13% de reajuste que o Banco disse que pode dar, a retirada total das metas do nosso PCS, o piso do Dieese, ou o melhor piso de banco federal, o resgate do interstício de 5% entre os níveis, o aumento de todas as comissões, nenhuma demissão sem PAD e outras reivindicações importantes da nossa Minuta. Para isso, o Sindicato do Pará não pode assinar a Convenção Nacional, o que obrigaria o Banco a chamar a mesa específica.
Vamos nos manter sempre de cabeça erguida, com independência e coragem, sempre na Luta. Nossa firmeza de propósitos fará a diferença!
Todos à ASSEMBLÉIA NO SINDICATO, quarta-feira, 29.
UNIDOS SOMOS FORTES!
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2 comentários:
Meu Deus! Quanto mais eu leio, mais chocada eu fico! Então entregaram nossos direitos? Confiaram no Banco baseados em que, se o Banco já deu provas de que não está levando a sério nossas reinvindicações, desde o ano passado que nos tiraram aqueles três ítens que votamos na assembléia e ainda assim o sindicato confia no Banco, gente? Queremos a greve já para o banco reunir com as entidades e a associação na reunião.
Por isso que insisto em perguntar de que adianta pagar um sindicato inoperante e sempre em conluio com os patrões. Isso chama-se frouxura. Pelo visto, já deram a palavra final ao Banpará, que não vai arredar o pé do lugar, se não iniciarmos a greve ainda nesta sexta, dia do pagamento da Seduc.
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