Ocorreu, hoje, 9, entre 11h e 14h, a primeira mesa de negociação de 2012 entre as entidades representativas dos bancários e a direção do Banpará. Kátia Furtado, a Presidenta da AFBEPA, esteve internada durante o dia para fazer vários exames por conta de problemas de saúde manifestados ontem. Cristina Quadros, a vice-presidente, esteve em Salinas, acompanhada da advogada da Associação, Dra. Valéria Fidélis, prestando solidariedade ativa aos colegas no caso do assalto com sequestro. Por esses motivos, a AFBEPA se fez representar através da assessora política Ghyslaine Cunha. Pela Fetec/cn estava presente Vera Paoloni, Pelo Sindicato o vice-presidente, Sérgio Trindade e, pela Contraf, a presidente do Sindicato, Rosalina Amorim. O Banpará foi representado pela Diretora de Administração Márcia Maués, o assessor da Dirad, Edvaldo Caribé, e Thaís, assessora direta do Presidente.
Em sentido horário, aparecem na foto: Márcia Maués,
Thaís, Ghyslaine Cunha, Vera Paoloni e Sérgio Trindade.
Desde novembro do ano passado a AFBEPA tem solicitado agenda com o Presidente do Banpará, considerando o compromisso do início de gestão do Presidente, que se comprometeu a conversar mensalmente com as entidades. No entanto, o mesmo não tem atendido as entidades em reunião.
A pauta solicitada foi cumprida, em parte, mas sem resultados efetivos na maioria das questões.
PONTO ELETRÔNICO - A Diretora administrativa informou que, ao
contrário do que está acordado no ACT 2011/2012 (que já está acordado
desde 2007, sem que o Banpará tenha cumprido esta cláusula), o Ponto Eletrônico não será implantado em todas as unidades do Banco até maio de 2012. Será implantado apenas na Matriz e em algumas agências. A Diretora não soube dizer quais agências. A AFBEPA e
a Fetec/cn reivindicaram a necessidade imediata de implantação do Ponto
Eletrônico primeiro em todas as agências da capital e interior, uma vez que são
esses os locais mais problemáticos, inclusive com extrapolação da jornada de trabalho,
muitas vezes sem o devido pagamento das horas extras. Mesmo assim, a
Dirad manteve a posição de instalar o Ponto Eletrônico primeiro na
Matriz.
As entidades solicitaram informações sobre os
equipamentos, sistemas e cronograma de instalação, mas, adiantamos
que, segundo o Acordo Coletivo de Trabalho, a implantação do Ponto
Eletrônico deve ser feita em todas as unidades de trabalho e, a nosso
ver, começando pelas agências e não pela Matriz.
HORAS EXTRAS NÃO PAGAS NAS AGÊNCIAS - A Diretora Administrativa do Banpará disse desconhecer esse desrespeito às Leis e à determinação direta e formal do Presidente em pagar todas as horas efetivamente trabalhadas. A AFBEPA relatou uma situação em que a folha de ponto foi rasgada e os colegas foram obrigados a assinar outra folha de ponto sem registro das horas extras. A Dirad ficou de avaliar essa situação e dar um retorno às entidades, deixando claro que não orientou nenhum gestor a cometer tal irregularidade.
GT/PCS - Imediata retomada dos trabalhos do GT/PCS com adequação do prazo de apresentação dos trabalhos para 120 dias, a contar da primeira reunião. Houve concordância do Banco.
SOBREAVISO - As entidades colocaram as irregularidades quanto ao sobreaviso especialmente no que diz respeito à situação de insegurança a que os funcionários ficam expostos ao guardarem as chaves do Banco, e quanto ao não pagamento das horas extras efetivamente trabalhadas, quando há o deslocamento do funcionário para unidade do Banco. O Banco sugeriu que uma solução alternativa seja construída no Comitê de Segurança para a extinção do sobreaviso, e se comprometeu a atender os requerimentos de pagamentos de horas extras quando forem solicitadas pelos funcionários que se deslocarem ao local de trabalho, durante o sobreaviso.
COBRANÇA IRRAZOÁVEL DE VALORES DOS FUNCIONÁRIOS - A AFBEPA apresentou à Dirad pedido de reconsideração quanto a algumas decisões do comitê disciplinar que estão penalizando alguns funcionários do Banpará, de forma irrazoável, cobrando-lhes valores inadmissíveis tanto pela soma vultosa, quanto pelos motivos injustos, uma vez que esses funcionários não cometeram dolo, não há culpa e o risco do negócio é do Banco e não dos bancários em uma situação de falha ou má fé que não seja do funcionário. A Dirad sugeriu que se houve caso de decisão injusta, que se busque a justiça, uma vez que a direção do Banco não pode descumprir normativos.
Contratação de mais funcionários através de concurso público
- A Diretora administrativa do Banpará reconheceu diante dos
representantes dos funcionários que há unidades do Banco com deficiência
de pessoal. Admitiu que há locais funcionando com estrutura
insuficiente de pessoas e explicou que há dificuldades em remanejar
funcionários para municípios mais longínquos. Disse, ainda, que nesses
casos, há uma recontratação das metas nessas unidades e que eventuais
falhas são consideradas em casos de julgamentos disciplinares.
AUMENTO DE TODAS AS COMISSÕES - A Dirad informou que foi
concluído o estudo, mas não foi e nem será enviado às entidades.
Informou ainda que se mostrou caro para o Banco. Este ponto consta da
Ação Reclamatória apresentada na Justiça do Trabalho porque foi um dos
três pontos acordados na mesa de negociação entre as entidades e o Banco,
durante a Campanha Salarial 2011, que o Banco não cumpriu.
Plano Odontológico
- O Banco informou que houve problemas técnicos na formulação do Termo
de Referência que precisou ser adequado ao mercado local, considerando
empresas que possam cobrir todo o território paraense na prestação do
serviço. Informou, ainda, que o Termo de Referência já está em fase de
conclusão. Segundo a Dirad, até o final de maio haverá um plano
odontológico atendendo aos funcionários do Banpará. Pelo Acordo, o prazo
já está estourado.
GED - A AFBEPA solicitou informações acerca do programa de gestão de desempenho que está sendo implantado no Banpará, inclusive com a possibilidade de integrar a equipe que monitora o GED, jamais para contratar as metas com os funcionários, mas para conhecer o programa por dentro, seus detalhes técnicos, suas avaliações, para melhor proteger os direitos e interesses dos bancários. A Dirad não aceitou de pronto a entrada das entidades na equipe do GED, mas sugeriu que fosse debatido por dentro do GT/PCS, o que a AFBEPA não aceita porque não queremos misturar o nosso PCS com o plano de metas do Banco.
Nova reunião ficou marcada para abril, com data ainda a ser definida.
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