O Rio Xingu e as crianças das aldeias ameaçadas
A AFBEPA está pedindo apoio aos bancários e bancárias para a luta do Xingu Vivo. Há centenas de crianças, homens, mulheres e idosos, índios e não índios em Altamira, lutando pela Vida, pela Natureza e contra a construção da Usina Hidroelétrica Belo Monte, que é mais um crime contra a Amazônia.
Hoje se inicia o Seminário Internacional, em Altamira, e toda ajuda é bem vinda. Cada doação em dinheiro soma para pagar a comida das crianças, a água, o combustível para os barcos que transportam os índios e outros custos mais nessa nobre luta. Assim como recebemos, também doamos solidariedade.
Agradecemos o apoio já recebido e pedimos que aqueles que desejem doar, procurem a AFBEPA. Kátia Furtado, nossa Presidenta está em agenda de esclarecimentos e mobilização sobre a o Acordo da Campanha Salarial e o PCS e aproveita para pedir apoio para o Xingu Vivo.
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APOIO AO MOVIMENTO
XINGU VIVO CONTRA A USINA HIDRELÉTRICA
BELO MONTE!
Neste momento, dois grandes canteiros de obras e uma decisão
política ameaçam a Vida no portentoso Rio Xingu. Trata-se da construção da
Usina Hidrelétrica Belo Monte, um verdadeiro crime contra a Vida que vem sendo
elaborado desde 1975 e está sendo tragicamente implementado pelo governo
federal. Ignorando as vozes de milhares de pessoas de mais de 43 etnias
indígenas, a decisão do Ministério Público, o pedido de religiosos e instituições,
e as considerações técnicas de juristas, geólogos, sociólogos, economistas e
outros cientistas, incluindo a SBPC que já se posicionou formalmente contra a
construção de Belo Monte, a Presidente Dilma continua atropelando o Xingu e
toda a Vida que nele há. Tudo para manter um padrão de produção energética não
renovável, suja, destrutiva do meio ambiente, mas que atenderá ao capital
representado pelas empreiteiras e banqueiros, hoje aliados desse projeto de
governo.
Para lutar contra esse terrível projeto, várias entidades da
sociedade civil organizada construíram o Movimento Xingu Vivo para Sempre, que é um coletivo de
organizações, movimentos sociais e ambientalistas da região de Altamira e das
áreas de influência do projeto Belo Monte, e mais de 250 organizações locais,
estaduais, nacionais e internacionais, e também agrega entidades
representativas de ribeirinhos, pescadores, trabalhadores e trabalhadoras
rurais, indígenas, moradores de Altamira, atingidos por barragens, movimentos
de mulheres e organizações religiosas e ecumênicas. A polêmica em torno da construção da usina
de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20
anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje
considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do
governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009,
quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a
licença ambiental prévia para sua construção.
Os movimentos sociais e as lideranças
indígenas da região são contrários à obra porque consideram que os impactos
socioambientais não estão suficientemente dimensionados. Em outubro de 2009,
por exemplo, um painel de especialistas debruçou-se sobre o EIA e questionou os
estudos e a viabilidade do empreendimento. Um mês antes, em setembro, diversas
audiências públicas haviam sido realizadas sob uma saraivada de críticas,
especialmente do Ministério Público Estadual, seguido pelos movimentos sociais,
que apontava problemas em sua forma de realização. Ainda em outubro, a Funai
liberou a obra sem saber exatamente que impactos causaria sobre os índios e
lideranças indígenas kayapó enviaram carta ao Presidente Lula na qual diziam
que caso a obra fosse iniciada haveria guerra. Para culminar, em fevereiro de
2010, o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental, também sem
esclarecer questões centrais em relação aos impactos socioambientais. Em abril
de 2010, o governo realizou o leilão da usina, apesar das várias
ações na justiça contrárias à realização.
Ajude essa causa, ajude a lutar pela Vida,
pelo Xingu, pela Amazônia, pelo planeta Terra! Contribua! Agradecemos! A Vida
agradece!
Enquanto Lula e Dilma riem, na cena montada,
os índios choram e lutam pelo Xingu Vivo, na vida real.
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