Todo cuidado é pouco. A dengue é uma virose transmitida pela fêmea contaminada do mosquito Aedes Aegypti. Na dengue clássica, os sintomas são mais brandos: febre alta, dores de cabeça nas costas e na região atrás dos olhos.
O tipo mais grave é a dengue hemorrágica. Nos primeiros cinco dias os sintomas são semelhantes ao do tipo clássico. Porém, a partir do quinto dia, alguns doentes podem apresentar hemorragias em vários órgãos e choque circulatório. Podem ocorrer também vômitos, tontura, dificuldades de respiração, dores abdominais intensas e contínuas e presença de sangue nas fezes. Não ocorrendo acompanhamento médico e tratamento adequado, o paciente pode vir a falecer.
No verão essa doença faz uma quantidade maior de vítimas, pois o mosquito transmissor encontra ótimas condições de reprodução. Nesta estação do ano as altas temperaturas e a grande quantidade de chuvas, aumenta e melhora o habitat ideal para a reprodução do Aedes Aegypti: a água parada. Lata, pneus, vasos de plantas, caixas d’água e outros locais deste tipo são usados para fêmea do inseto depositar seus ovos. Outro fator que faz das grandes cidades locais preferidos deste tipo de mosquito é a grande quantidade de seu principal alimento: o sangue humano.
Prevenção e combate à dengue - Como não existem formas de erradicar totalmente o mosquito transmissor, a única forma de combater a doença é eliminar os locais onde a fêmea se reproduz.
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DE MOSQUITOS
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Evitar água parada.
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Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
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Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.
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Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.
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Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
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Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
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Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
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Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
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Não acumular latas, pneus e garrafas.
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Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
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Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento.
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Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.
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Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.
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Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.
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Não cultivar plantas aquáticas.
Fonte: http://portal.sespa.pa.gov.br - Portal de Saúde Pública do Pará
BORRA DE CAFÉ IMPEDE A PROLIFERAÇÃO DE MOSQUITOS DA DENGUE
A população de todo o Brasil pode ajudar nos trabalhos realizados pelas secretarias de saúde de combate ao mosquito transmissor da dengue. A receita é prática e simples e não envolve uso de venenos ou inseticidas perigosos à saúde humana ou dos animais. A proliferação do mosquito da espécie Aedes aegypti, que transmite a doença, pode ser combatida colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, nos pratos dos xaxins, entre as folhas das plantas que acumulam água, como as bromélias e nos locais da casa em que a água se acumula e fica parada, como ralos. O único trabalho que você terá é colocar aquele pó úmido que resta depois do café ser coado.
A descoberta que revelou que a borra de café combate com eficiência o Aedes aegypti é da cientista e bióloga Alessandra Laranja. Ela é pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus de São José do Rio Preto. Os testes realizados em laboratório comprovaram que a borra de café - que fica depositada no coador, é uma arma muito eficiente contra o mosquito transmissor da dengue. A borra depositada nos pratinhos e reservas de água de plantas impede que o mosquito transmissor da dengue ponha seus ovos.
Se o Aedes aegypti já tiver desovado, mesmo assim, a borra de café consegue impedir que os ovos se desenvolvam em larvas. Em seu estudo, a bióloga mostrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas chamadas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução do Aedes aegypti. Anote agora a receita caseira para combater o mosquito da dengue com borra de café:
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Para fazer a solução que pode ser aplicada em pratos, plantas ou até mesmo jardins e hortas que acumulem água você vai precisar de 2 colheres das de sopa de borra de café misturadas em meio copo de água. Depois de pronto você já pode começar a aplicar o conteúdo. Se precisar de mais, faça sempre na proporção indicada, ou seja, 2 colheres de borra de café para cada meio copo de água.
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Outra receita com a borra de café é usá-la diretamente nos vasos, sem a diluição em água. Desta maneira você estará também adubando de forma ecológica as plantas. A diluição da borra de café vai acontecer naturalmente, na medida em que a planta for regada.
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Não se esqueça que a borra de café pode ser aplicada também em outros locais da casa que acumulem água como, por exemplo, nos ralos e até mesmo na terra do jardim ou poças que se formam com a água da chuva.
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E lembre-se, ajude o Brasil na luta contra a dengue. Faça propaganda boca-a-boca, informe seus amigos e familiares, dissemine esta receita que é barata, simples e acessível. Além de saborear o bom e velho "cafezinho" brasileiro, você poderá contribuir com a melhoria do seu meio ambiente e da saúde pública.
(Fonte: Jornal do Commercio - www.jornaldocommercio.com.br e
Boletim Raízes da Terra www.cesamep.cjb.net )
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Abaixo, matéria publicada hoje no Diário do Pará sobre a visita do Ministro da Saúde por conta do avanço dos casos de dengue na Amazônia.
Padilha vem avaliar dengue no Pará
A dengue tipo 4 voltou a surgir no país e o risco de uma epidemia nos estados da Amazônia - que já tem ocorrência de casos, como Roraima, Amazonas e Pará - é grande. Por conta desse quadro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, estará em Belém hoje participando de uma reunião, às 16h30, no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, com o secretário estadual de Saúde Pública, Hélio Franco, e secretários municipais da área para apresentar a Estratégia Nacional de Controle da Dengue.
A agenda do ministro, que vem na companhia do secretário de Vigilância em Saúde do MS, Jarbas Barbosa, e outros técnicos do governo federal, prossegue amanhã, às 10 horas, quando visitará o prédio e as instalações da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer-Inca, Secretaria Estadual de Saúde-Sespa e Secretaria Municipal de Saúde de Belém-Sesma. A unidade funciona no Hospital Barros Barreto e é vista como prioridade. O plano é que ela entre em funcionamento até junho.
Leia mais em O Diário do Pará
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