Como todos sabemos, o Banco Central - BACEN exige, em normativos, a certificação dos bancários que atuam na linha de frente. A certificação se dá por meio de uma prova que cada banco organiza a partir de uma prévia definição programática. O bancário que não consegue aprovação, é destituído da função comissionada seja de gerente geral, gerente private, gerente de atendimento, gerente de negócios, coordenador de PAB, ou outras.
O TEMOR SE INSTALA
Nas duas últimas provas para certificação da ANBID, apenas uma pessoa foi aprovada, segundo informação dos próprios bancários. E isso, após um enorme esforço pessoal da maioria dos colegas da capital e do interior que estudaram por conta própria, muitas vezes pagando cursinhos especializados ou em algumas aulas que estavam sendo ministradas a noite, no Centro de Treinamento, após o expediente. Extremamente cansados pela sobrecarga de trabalho, mas buscando, de todas as maneiras se superar para garantir uma boa performance na prova da certificação, é natural, é humano que o nível de produção no estudo seja prejudicado.
É muito frustrante e, além disso, é preocupante que centenas de funcionários e funcionárias sejam expostos a uma prova de certificação sem os devidos cuidados na preparação, especialmente, por parte do banco. Além do cansaço, pelo esforço físico e mental durante o expediente, o conteúdo programático é extremamente técnico, o que exigiria um tempo próprio, condições mínimas adequadas ao estudo, que deveria ser priorizado durante toda a semana, e no expediente bancário, inclusive.
Se na capital, onde há recursos mínimos para que se consiga, mesmo pagando dos próprios bolsos, o acesso a cursos específicos de preparação; no interior, a situação é muito pior, já que na maioria dos municípios inexiste cursos voltados à essa preparação.
PROPOSTA DA AFBEPA
Para a AFBEPA, a grande questão que deve ser analisada, com muita sensibilidade, pela área de gestão de pessoas, é realmente a condição humana diante da tripla jornada (trabalho, questões domésticas, e estudo) imposta aos bancários e bancárias; porque é humanamente impossível alguém, após uma jornada estressante de trabalho, realmente assimilar, produzir, interagir, estudar um conteúdo profundamente técnico e conseguir a aprovação.
É imperioso que se considere a viabilidade de liberação da rotina do trabalho bancário das pessoas que, em grupos, e em datas diferentes, fazem a prova; para que possam, efetivamente, se preparar, dispensados da extenuante jornada, e assim, lograr êxito, garantindo uma maior margem de aprovação de bancários e bancárias para o Banpará na certificação.
Desta forma, o banco estará protegendo a saúde mental e física dos bancários e bancárias e oportuniza a concentração, o foco prioritário na necessária capacitação para a prova da ANBID.
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Um comentário:
É bom que a direção do banco nos veja como humanos e não como máquinas. Precisamos de tempo para estudar, vejam que não é possível trabalhar em um ambiente estressante, chegar em casa e depois estudar. Ninguém consegue.
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