segunda-feira, 28 de abril de 2014

Bancários querem mais motivos para comemorar o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

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Imagem: reprodução site do MTE


Neste 28 de abril, a Organização Internacional do Trabalho comemora o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. Apesar da importância desta data, muitos trabalhadores ainda têm poucos motivos para celebrar o evento, entre eles os bancários: profissionais que mais correm risco de morte por serem alvos de quadrilhas organizadas e doenças que afetam o sistema nervoso.

Embora muito se tenha melhorado em prevenções contra acidentes e cuidados na saúde do trabalhador, ainda é necessário um grande avanço para reduzir as doenças e os acidentes no ambiente trabalhista. Stress, LER/DOR, assédio moral, cobranças, medo da insegurança bancária, pressão, entre tantos outros fatores contribuem para que o bancário esteja cada vez mais adoecido.

A AFBEPA escutou um bancário, que aqui será chamado de Pedro e não terá  a sua identidade verdadeira revelada, que é mais uma vítima da INSEGURANÇA bancária e, consequentemente de doenças, originadas deste trauma do qual este funcionário do Banpará foi vítima.

Pedro teve que passar pelo pavor de ter integrantes de sua família nas mãos de bandidos perigosos e fortemente armados. Ele foi vítima de "sapatinho" quando era gerente numa agência do Banpará do interior do Estado. Como se não bastasse a grande violência pela qual foi submetido, Pedro foi transferido de agência e teve redução em sua renda salarial.

"Já sofri assalto. Não existem níveis de segurança capazes de trazer paz e sossego ao ambiente de trabalho de quem atua no ramo bancário. Reforço: nem no ambiente de trabalho e nem no inviolável aconchego do nosso lar. SOMOS REFÉNS DO DESCASO!", desabafa o bancário.  

Pedro também relata como está o seu lado emocional depois de ser vítima da INSEGURANÇA bancária: "Eu  e minha família somos reféns do medo, reféns do pânico... eu e muitos colegas bancários somos reféns de uma política de governo fraca que não garante o mínimo de segurança, nem ao menos no sagrado direito de ir e vir. Me sinto um incapacitado. Psicologicamente sem condições mínimas de voltar ao trabalho".

Pedro está de licença médica. Não consegue dormir à noite e vive com medo de ser alvo, mais uma vez, de bandidos que abusam da violência psicológica ao cometer o crime do sapatinho. Infelizmente, este bancário não é o único. Assim como ele vários outros funcionários estão passando pela mesma situação. Ou pelos efeitos de crimes como assédio moral, doenças como DOR/LER, stress, doenças cardiovasculares etc.

A AFBEPA espera que o Banpará repense nas suas Políticas Internas de segurança e que invista mais na qualidade de vida de seus funcionários. Os bancários e bancárias precisam trabalhar e viver sem o medo de serem a próxima vítima da violência, do assédio moral, do stress e de todas as doenças que vem junto com ele por trabalhar em agências lotadas e sem condições mínimas de trabalho. 

Os bancos não podem mais viver a política de aparência. Precisamos, de fato, ter bancos que invistam e se preocupem com a saúde dos trabalhadores. Precisamos de políticas que realmente venham ao encontro de buscar espaços laborais com mais qualidade é isso o que espera a diretoria da AFBEPA. 

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