Hoje, por volta das 3h da madrugada, uma quadrilha com seis bandidos invadiram a casa do coordenador do Posto de Atendimento do Banpará em Salinas, vinculado à Agência Capanema, e renderam o bancário, sua esposa e seu filho, ainda bebê.
Após as ameaças de praxe, sequestraram o bancário e sua família e seguiram, em dois carros da quadrilha e mais o carro do bancário, na direção de Pirabas. A certa altura do caminho, já distante de Salinas, determinaram ao bancário que retornasse até o Posto do Banpará e consumasse o assalto, caso contrário, sua esposa e seu filho seriam assassinados.
O bancário retornou à Salinas e, ao chegar ao Posto tomou as providências para salva sua família das mãos dos bandidos. A polícia percebeu o movimento diferenciado na agência e tentou intervir quando o bancário já estava se dirigindo ao local combinado para fazer a entrega do dinheiro, porém, quando o bancário parou o carro para esperar a aproximação da viatura da polícia, um outro carro aproximou-se e os ocupantes o ameaçaram afirmando que se ele não levasse o dinheiro ao local combinado imediatamente, dentro de um mês receberia os cadáveres de sua esposa e de seu filho. Só então o bancário se deu conta que estava sendo seguido por um outro carro e outras pessoas, até então não inseridas no assalto e sequestro.
O assalto foi consumado. A esposa e o filho do bancário foram liberados próximo a Igarapé-açu. A Presidenta da AFBEPA, assim que soube do ocorrido, solicitou à vice-presidente, Cristina Quadros que se deslocasse até Salinas para dar o pronto apoio ao colega diretamente vitimado, sua família, e aos demais colegas do PAB também muito abalados. Cristina Quadros está em Salinas acompanhada da advogada da AFBEPA, Dra. Valéria Fidélis.
Não houve ferimentos físicos, mas o abalo emocional aé brutal! Cristina Quadros acompanhou a esposa e o bebê até local seguro e a advogada da AFBEPA está acompanhando o bancário durante o depoimentos na delegacia. Já está em Salinas a equipe especializada em assalto a banco da Segurança Pública. Até as 15h a equipe de segurança e saúde do Banpará ainda não tinha chegado ao município para providenciar os atendimentos médicos e psicológicos e a abertura da Comunicação por Acidente de Trabalho - CAT.
É absolutamente impossível para os bancários do Banpará continuarem a ser expostos, e suas famílias, a essa completa situação de insegurança onde todos aguardam ser a próxima vítima! Há de se ressaltar que nos últimos assaltos. inclusive nesse, o bancário estava no sobreaviso. Ou seja, as quadrilhas, no mapeamento minucioso que fazem das vidas dos bancários, sabem até quem está com a guarda das chaves para consumar o assalto. Basta! As vidas dos bancários e seus familiares valem mais que o lucro!
Diante dessa situação, fica ainda mais insustentável para o Banpará o atual quadro de cortes de despesas onde as quantidades de seguranças estão sendo cortados em cada agência e onde há um claro esvaziamento das áreas de segurança e saúde, cada vez mais sem estrutura, sem verbas e sem projetos estratégicos.
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4 comentários:
Temos informações de que em municípios onde existem parcerias entre o banco e as prefeituras, os gestores municipais voltaram a ter ingerência sob as administrações das unidades do banco, com a conivência da área de segurança, indicando pessoal para executar a segurança das unidades, o que fragiliza ainda mais o patrimônio humano, físico e material do banco. Um verdadeiro descalabro!
Deus que me livre, mas já assaltaram Primavera, Salinas e a agência-mãe, Capanema, só restando o PAB Pirabas. Está cada vez mais difícil trabalhar nos interiores. Apóio o post da AFBePa que já está um descalabro total o descaso com a segurança e a vida de pessoas que batalham por seu pão de cada dia o Banpará.
Culpa tb da "competente" Segurança Pública do Estado, que insiste em deixar o interior despoliciado, sem fazer algum concurso pra PM e pra PC no estado, a fim de suprir essa escassez de segurança nos interiores, onde, quando muito, há 8 PM's em cada município e uma viatura caindo aos pedaços.
Estranho esse tratamento diferenciado do banco aos colegas que foram vítimas de sequestro. Nosso colega de Tailandia, ainda abalado por causa do sapatinho que sofrera, foi obrigado a se deslocar até Belém para que a CAT seja emitida. Seus familiares não receberam qualquer atendimento, e, pasmem, o banco ainda afirmou que se caso precisassem, deveriam se descolocar também.
Por que isso, Banpará? Acham que o colega de Tailândia não sofreu tanto quanto o coordenador de Salinas? A família dele só não foi sequestrada também porque estavam em outro local no momento do sapatinho.
Estou indignada com isso!
E sobre as horas de sobreaviso, se esse pagamento é devido, porque devemos solicitar via requerimento o mesmo? Todos que realizaram esse serviço tem direito ao pagamento justo, e as entidades que nos representam deveriam nos representar diante da justiça do trabalho para garantir que o nosso direito seja garantido.
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