É PRECISO AGIR COM EQUIDADE
Há muito tempo, os bancários que exercem funções comissionadas no Banpará aguardam, com certa ansiedade, que a Direção do Banco corrija as suas comissões, por serem, historicamente, as menores do sistema financeiro nacional. Claro que nossa luta maior tem que ser sempre por mais salário, pela evolução no PCS, pelos índices, pela reposição das perdas, por aumento do piso, porque salário é o que a gente leva pra vida toda, inclusive na aposentadoria, quando a gente mais precisa de dinheiro pra cuidar da saúde.
Em 2007, constava na Minuta de Reivindicações dos Trabalhadores, além da solicitação de implantação do PCS, a correção das comissões, pois estavam muito defasadas, não remunerando mais as várias atribuições desempenhadas. Porém, naquele momento, o que se dizia é que essa questão seria tratada no âmbito do Plano de Cargos e Salários.
Finalmente se tornou realidade o aumento de algumas comissões. No entanto, o conteúdo das Portarias publicadas pela direção do Banco, em 31/05/2011, não fizeram justiça à maioria dos bancários do Banpará porque não reconheceram, para a maioria, a dedicação e o trabalho despendido em prol do crescimento do Banco.
Há injustiças tanto com relação à reclassificação das agências quanto com relação ao aumento das comissões, inclusive porque estão entrelaçados. Quanto à reclassificação das agências foram considerados critérios como a margem de contribuição financeira, o saldo médio de aplicações e o saldo médio de captações, ou seja, considerou-se apenas a produtividade de cada unidade bancária, em uma dimensão meramente quantitativa, pois as agências com mais tempo de atuação e as que detêm as contas do Estado, como Ag. Palácio, que detém a conta do Tribunal de Justiça do Estado e da ALEPA; e Ag. Senador Lemos que trabalha com a Conta Única, estarão sempre melhores cotadas e reclassificadas, levando seus gestores a ganharem as maiores comissões, definidas na tabela constante da portaria 064/2011, onde foram reclassificadas no nível especial.
Outras agências, como Pedreira, reclassificada no nível III, e Cidade Nova, reclassificada no nível IV, ambas praticamente com o mesmo tempo de existência, mais ou menos quatro anos, não possuem o mesmo potencial de mercado para captar e, conseqüentemente, não poderão oferecer grandes aplicações e contribuições financeiras ao Banco, mas seus administradores são tão comprometidos e possuem as mesmas atribuições que nas demais agências. Também as agências D. Eliseu, Óbidos, Rondon, Oriximiná, entre outras, que obtiveram a reclassificação no nível IV, porque também padecem de clientes potenciais e, igualmente, padecem das contas do governo, para essas sobraram as mais baixas reclassificações e, por conseguinte, as mais baixas comissões. Esse tipo de política congela injustiças e dificulta a migração interna e o crescimento das pessoas dentro da empresa, já que, piorando a situação, foi informado que só haverá rodízio de gerentes entre as agências de mesma classe, o que não motiva e nem trata com equidade os grandes profissionais e as valorosas pessoas que o Banpará possui como empregados comissionados.
Outra abertura perigosa é que, futuramente, se comece a criar um ambiente onde, partindo de avaliações unicamente baseadas em premissas financeiras, as agências hoje reclassificadas no nível IV sejam consideradas prejudiciais, com conseqüências desastrosas para o Banco. Tal política contraria completamente a dimensão social que possui um banco como o Banpará, um dos únicos destinados a cumprir um papel estratégico no desenvolvimento com inclusão social no estado.
PROPOSTAS DA AFBEPA
PROPOSTAS DA AFBEPA
No caso das várias funções gerenciais que foram reclassificadas e tiveram as suas comissões corrigidas, é imperioso que a administração do Banco nivele todas as comissões, em todas as agências, pelo maior valor de cada função, e estabeleça um plus de acordo com a produção de cada agência, já que o Banco quer premiar as agências com maior produtividade.
No caso da reclassificação das agências, é necessário que o Banco reveja os critérios de reclassificação buscando adotar outros patamares que não apenas os financeiros e evitando comparações entre agências com públicos e clientes tão distintos. Dessa forma, o Banco poderia descobrir e valorizar a enorme importância de uma agência que, mesmo não tendo o governo ou a ALEPA como clientes, garante, em sua cidade, a preferência pelo Banpará, por seu atendimento especial aos clientes do município.
Além de observar as discrepâncias na reclassificação das agências, queremos, também, reivindicar o aumento imediato das comissões dos tesoureiros e caixas, e o aumento da quebra de caixa, como medidas de justiça.
AUMENTO DAS COMISSÕES DOS TESOUREIROS
Desde a reestruturação ocorrida nos Bancos, que propiciou a entrada de novas máquinas e novos equipamentos, os empregados que assumem as funções de tesoureiros passaram a suportar maior sobrecarga de trabalho, inclusive com extrapolação de jornada em momentos de grande movimentação, muitas vezes sem a devida e necessária contraprestação por esses serviços.
Dentre as atuais atribuições dos tesoureiros, pesam o abastecimento de cash's colocados em salas de auto-atendimento; recepção e conferência de dinheiro vindo nos carros fortes; prestação de informações para os órgãos da matriz; entrega e recebimento de numerário aos caixas, durante o expediente das agências; retirada de cartões magnéticos de clientes retidos no cash, durante o expediente; retirada de posições de movimentação do dia dos caixas e cash's; efetivação das provisões de valores junto ao órgão da matriz são alguns exemplos que podemos citar.
Hoje temos vários colegas tesoureiros já adoecidos, outros estão adoecendo, uns estão se tratando, mas os valores do salário não têm garantido um bom tratamento com a necessária compra de medicamentos para o retorno às condições normais de saúde. Falta qualidade de vida por falta de melhor remuneração. Portanto, voltar o olhar para corrigir essas distorções e cuidar da condição humana e social desses trabalhadores torna-se meta fundamental para uma empresa que deseja crescer com a cooperação cada vez mais dedicada de seus funcionários.
AUMENTO DAS COMISSÕES DOS CAIXAS E DA QUEBRA DE CAIXA
Os caixas lidam diretamente com o público, estão mais suscetíveis às fraudes, submetidos à insuficiente segurança das agências, quase sempre superlotadas. A sobrecarga de trabalho propicia que os caixas estejam mais expostos a erros. A pressão do atendimento ao público se soma às exigências do Banco aumentando muito o nível de stress dos caixas que exercem, de longe, a função mais de ponta de toda a empresa. Esses são os trabalhadores que deveriam receber mais investimentos em capacitação para o atendimento e, em contrapartida, um aumento substancial nas comissões, que deveriam estar mais próximas dos valores do coordenador de caixa, ultrapassando, no mínimo, o valor de mil reais; como também deveria ser aumentado o valor da quebra de caixa, para no mínimo, quinhentos reais.
Voltamos a afirmar que nossa luta maior é por MAIS SALÁRIO e, nesse sentido, conclamamos a todos os bancários e bancárias do Banpará a somar nessa campanha salarial para conquistarmos a EVOLUÇÃO NO PCS EM 2011 e o AUMENTO DO NOSSO PISO SALARIAL que, se antes era 5% acima do piso da Fenaban, desde o ano passado, está apenas igualado ao piso da Fenaban.
Todos e todas ao Encontro dos Funcionários do Banpará
no dia 11 de junho!
no dia 11 de junho!
EM TEMPO: Está confirmada a reunião da AFBEPA com a direção do Banpará para a próxima segunda-feira, dia 6 de junho, às 14h.
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3 comentários:
Muito bem Afbepa, essa atitude lavou as nossas almas,alguém precisava dizer isso ao banco e foram vocês.
Obrigado
Concordo e apoi
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