quinta-feira, 27 de maio de 2021

UNIDOS SOMOS FORTES.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, idosos e pessoas com doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares (exemplos, hipertensão, doença cardíaca e derrame), doenças respiratórias crônicas, diabetes e câncer têm um risco mais alto de desenvolver quadros graves da COVID-19. Dessa forma, são classificados como o “grupo de risco” para a covid. Ou seja, têm mais probabilidade de ficarem em estado grave ou vir a óbito se contrair o vírus.

A OMS estima que, a cada 6 infectados, 1 seria do grupo de risco. No Banpará a Afbepa contabiliza 10(dez) mortes por covid19 de colegas do grupo de risco. 

É importante estar esclarecendo isso porque ainda temos problemas com essa compreensão e a Direção do Banpará nada faz para melhorar isso. Logo, O AFASTAMENTO NÃO É UMA OPÇÃO, MAS UMA OBRIGAÇÃO.

Hoje, todos nós estamos assistindo, com muita angústia, o aumento da presença do coronavírus no Brasil, em sua forma original e variações. O cenário é preocupante, a falta de vacinas, os números de mortes batendo recordes de 2 em 2 dias, mais cepas chegando e se multiplicando. Em Belém, após o tormento inicial, vivemos mais um colapso de falta de leitos clínicos e de UTI; assistimos o colapso de falta de oxigênio no vizinho Amazonas; entramos em outro lockdown e, nas últimas semanas, saímos do bandeiramento vermelho para o laranja e, agora, estamos no amarelo.

Sob essa determinação, o retorno do Grupo de risco passou a ser discutido novamente pelo Banpará e Sindicato. E, agora, há um retorno previsto após votação aberta.

Porém, o que a Afbepa constatou e vem denunciando durante todo esse período é que o Banco, em nenhum momento, se preocupou em dar atenção ao que as Agências e Pabs estavam passando com a falta de pessoal, funcionários adoecendo, aglomerações provocadas pelos pagamentos de políticas sociais etc. 
Infelizmente, também, a administração do Banpará não quis dar o teletrabalho a todo grupo de risco. Isso teria ajudado muito.

Há uma percepção equivocada dos colegas sobre o afastamento das pessoas com comorbidades e o pagamento de horas. Essa, para a Afbepa, é uma visão distorcida, que se deve a uma cultura que foi sedimentada pela empresa que nunca quis, de fato, esse afastamento.

Quando a Justiça Obreira afastou, determinou o teletrabalho, porém o Banco não efetivou essa determinação, principalmente, para o pessoal de agência justificando ter uma suposta dificuldade.
Segundo, fontes não oficiais, há um número maior de afastamento do pessoal da Matriz, sendo que muitos estão em teletrabalho.

O pessoal do grupo de risco nunca esteve de férias. Ao contrário, são trabalhadores que foram obrigados a pagar com seus direitos (férias, licença prêmio, abono assiduidade e banco de horas positivo) a obrigação de se afastar do trabalho. A maioria, além de ter perdido Direitos, está perdendo, também, a saúde mental.

Um estudo feito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro mostrou que os casos de depressão aumentaram cerca de 90% durante a pandemia. Será que o Banco em algum momento buscou proporcionar o mínimo de garantia e qualidade de vida aos seus funcionários (as)?

O que a Afbepa percebe e entende como inaceitável é que essas pessoas estão sendo duplamente feridas. Seja por suas comorbidades e, ainda, pela discriminação dos próprios colegas, que custam a entender e apoiar o que se passa.

O que o Banpará está fazendo esse tempo todo? A Afbepa responde: DEIXOU DE NOS PROMOVER, MESMO OS COLEGAS TRABALHANDO SOBRECARREGADOS COM OS PAGAMENTOS DOS BENEFÍCIOS SOCIAIS, BUSCANDO AS METAS E ADOECENDO EM AMBIENTES INFECTADOS POR COVID19. 

Embora as agências estejam desfalcadas desde 2018, em 2019 tivemos até pessoas sentadas no chão de tão lotada que estava a Agência Cidade Nova, (clique aqui para ler). O Banpará não contratou o suficiente, muitas agências do Sul e Sudeste do Pará trabalham com menos 4 (quatro) ou 3(três) empregados. Tem agência que não tem afastamento de funcionário por ser de risco, mas tem funcionários que pediram suas demissões para irem para outra Instituição, e o Banco não supriu essas vacâncias.

Por que motivo o DIRAD não delega ao Setor Competente que dialogue com os Gerentes Gerais ou Gesin para verificar as necessidades das suas Unidades e autorize as contratações?

A AFBEPA REITERA QUE NÃO TEMOS GESTÃO DE PESSOAL. TEMOS UM TRITURADOR DE GENTE. UM MASSACRE CONTRA AS NOSSAS VIDAS.

Tanto o grupo de risco quanto quem está na ativa estão angustiados e com medo, os primeiros temem, por qualquer motivo, pegar o covid19 e os segundos temem por sair para trabalhar, contrair o covid19, levar para casa, onde, muitas vezes, moram pai, mãe, filhos e filhas. Cada pessoa dessa precisava que o Banpará se importasse e, neste momento, pagasse psicólogas e psiquiatras para que fossem assistidos(as). A depressão e ansiedade são males que fazem parte das Vidas de muitos colegas atualmente. 

A Afbepa desde o início da Pandemia vem cuidando dos seus Associados (as) e dos demais colegas bancários (as) no que é possível fazer.

 
1) No primeiro semestre de 2020, logo que iniciou a pandemia, a Afbepa encaminhou álcool e máscaras para as Agências;

2) A Afbepa fez parceria com a Divisão de Vigilância à Saúde de Belém, em fevereiro e março, que foi fundamental em nos ajudar, conseguimos juntos que Agências como Nazaré e Senador Lemos fechassem para higienização correta e a testagem dos funcionários.

3) No interior, a Agência Xinguara foi desinfetada corretamente após Ofício da Afbepa para a Secretária Municipal de Saúde de Xinguara. Somente lá, foram 4 funcionários (as) infectados pela covid. Também tivemos a parceria da Prefeitura de Maracanã onde a Agência, também, foi desinfectada. Fora em outros Municípios que tentamos ajudar falando com Assessoria por Assessoria até desligarem em nossas caras;

4) A Afbepa também protocolou ofício em 16 e 23 de março, pedindo a vacinação de todos (as) os bancários (as) para a Prefeitura de Belém, a Vigilância à Saúde e o Governo Estadual. Também encaminhamos ofício à Prefeitura de Colares que disse que iria vacinar, mas depois voltou atrás e jogou para o Governo do Estado;

5) A Afbepa fez registros das aglomerações nas Agências de Belém e Região Metropolitana. Juntou e deu entrada em Ofícios no Ministério Público do Trabalho que posteriormente repassou ao Ministério Público Estadual. No ofício pedimos Contratações. Esse mês, já tivemos reunião com o MPPA sobre essa questão;

6) A Diretoria da Afbepa, praticamente todos os dias, recebe pedidos de ajuda dos Locais de Trabalho, principalmente por déficit de pessoal, outros trata-se de falta de desinfecção e testagens. Em relação à esses dois últimos pontos a Afbepa demandou na Justiça Trabalhista. 

A Afbepa está de todas as formas prestando assistência aos funcionários(as) do Banpará.
Os trabalhadores e trabalhadoras do Banpará cumprem os seus contratos, além de suas obrigações.

 Falta o Banco cumprir a sua parte, pois ele ABANDONOU o seu funcionalismo à própria sorte.

O Banco cria entre os próprios Funcionários (as) um olhar estranho e de desconfiança entre nós mesmos. Olhamos para o lado e parece que não vemos um igual, é como se víssemos um inimigo. Isso pode ser resultado de muito estresse e sobrecarga de atribuições, que poderiam ter sido evitadas, se tivesse havido investimento em estrutura de pessoal.
 
A DIRAD não põe os seus ouvidos para escutar os funcionários(as) nos Locais de Trabalho, pois se fizesse isso descobriria que várias Unidades estão com os funcionários (as) adoecidos por estarem trabalhando desde 2018 com déficit de pessoas. Inclusive, no final do citado ano, funcionários (as) da Matriz foram remanejados para ajudar nas agências, por causa desse problema que o Banco teima em não resolver.

A Afbepa tem um slogan e esse slogan não está apenas de enfeite ou porque é uma propaganda. Essa frase ela é verdadeira e significativa, ela tem uma força que pode e deve ser usada: UNIDOS SOMOS FORTES.

Uma classe unida consegue enxergar seu verdadeiro algoz e eles estão sentados em suas mesas com canetas que podem mudar Vidas. Eles, sim, estão omissos e calados.

Mas a Afbepa não vai desistir. Enquanto houver fôlego, HÁ LUTA. 


UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
ASSESSORIA DE IMPRENSA

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