segunda-feira, 28 de março de 2022

A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS PARTE 04 - GESTÃO SEM COMANDO E GESTÃO ABUSIVA

"Uma coisa é você ter uma equipe sobrecarregada de mãos dadas, lutando contra a maré. Outra é você ter um grupo sobrecarregado por conta de opressão nas costas, não temos tranquilidade para trabalhar”

Diz o ditado que “o bom capitão afunda com seu navio”. Não abandona seu posto e, até o último minuto, luta para reverter as dificuldades. É o que se espera das pessoas nas posições mais elevadas de comando.

Em muitos casos não é o que se viu e vê, nos períodos mais movimentados e conturbados nos Locais de Trabalho. 

“Nosso grande problema é ter um gerente que não faz o seu papel e fica apenas nos vigiando ou manda nos vigiar. Ele gosta de montar fila quando o movimento está grande e depois fica nos pressionando para atender mais rápido. Enquanto isso cortou o dinheiro do café, do lanche, biscoitos ... como se fosse isso que fosse fazer a avaliação da agência subir” reclama um colega de Marituba.

Outros colegas dessa mesma unidade confirmam que a relação do gerente da Agência com pessoas, não só os funcionários, é invariavelmente de atrito. “Lidar com pessoas exige algumas qualidades, você precisa saber fazer o trabalho fluir, cada um dar o seu melhor. Mas esse gestor só arruma briga, dos funcionários até os clientes e público em geral. E isso é o que mais pesa. Uma coisa é você ter uma equipe sobrecarregada de mãos dadas, lutando contra a maré. Outra é você ter um grupo sobrecarregado por conta de opressão nas costas, não temos tranquilidade para trabalhar ” comenta.

Gestores sem a sensibilidade para ser líderes microgerenciam tarefas de funcionários ao invés de tocar as suas, tornando o ambiente de todos sob sua hierarquia insustentávelmente ruim

Esse mesmo gerente também é apontado como uma pessoa que não cumpre as funções, importantíssimas, de um Gerente Bancário – como prospectar Clientes de grande porte, vender Serviços e Soluções que o Banco oferece além de correr atrás de soluções para os problemas internos da sua Agência. Ao contrário! A cobrança tem sido para que os funcionários que estão recebendo o público, no caixa e atendimento, sejam os responsáveis por garantir todos os negócios do banco, uma exigência de meta claramente desproporcional.

“Nós atendemos aqui pessoas que, muitas vezes, vem pedir um crédito consignado de mil reais para parcelar em seis vezes. É pra essa pessoa que vamos tentar vender os Seguros, Investimentos e todo rol de Produtos do Banco? Não é esse o perfil de cliente que vai contratar esses produtos e não somos nós os responsáveis por vendê-los – tudo isso é trabalho de um gerente!” lamenta colega um de Marituba.


METAS DE VENDA PARA QUEM NÃO VENDE, QUAL O CUSTO DISSO?

A estipulação de metas de vendas sobre os funcionários que lidam com clientes e usuários é uma dinâmica que funcionários de outras agências confirmam também sofrer. “Aqui está se colocando uma meta para que todos vendam! Porque o que importa é vender e tudo mais. Entendemos que um Banco trabalha com dinheiro e tem que colocar ele pra rodar, mas sinto que há uma desvalorização dos funcionários que não trabalham com vendas. Alguns colegas não tem essa habilidade ou, na sua função, não lidam diretamente com o público. Como vão bater essa meta? São menos importantes porque fazem outros serviços, como Retaguarda e Tesouraria?” comenta colega de Capanema.

Entre funcionários que trabalham na Retaguarda a sensação de desvalorização é grande. O preço dessa cobrança pode vir a longo prazo, com a perda de ótimos funcionários para uma política de "gestão" de vendas que não prioriza os talentos que cada funcionário(a) tem a oferecer. 

SONHOS PARTIDOS - Todo dia voltar pra casa, se sentir um incompetente por não ter habilidade em coisas que você não se preparou ou tem talento, vontade de desistir e partir para outras atividades.

“Estamos no banco já tem anos. Fizemos vários cursos de capacitação, investimos para fazer melhor o nosso trabalho e nunca deixamos trabalho pendente, mesmo nos momentos mais difíceis. E tudo isso pra quê? Me cobram que eu seja bom em vendas, mas eu não sou dessa área e não tenho essa habilidade, por isso vim trabalhar na retaguarda. A sensação que bate, todos os dias, é de uma incompetência que não é por minha culpa. Parece que eu nunca vou poder oferecer o que o Banco quer e que não tem espaço para crescer aqui dentro. Venho pensando, muito seriamente, em me mudar. Abandonar o Banco e partir para outra carreira ou seguir em outro lugar. Porque aqui sinto que não tem pra onde crescer e que não vamos ser valorizados, não importa o que façamos” comentou colega de Retaguarda que pediu anonimato.

Esse quadro precisa mudar, a Direção do Banpará tem de priorizar investimentos em Políticas de Pessoal Positivas, antenadas com as suas demandas e as vozes que saem de cada Unidade de Trabalho. O Banpará tem de ver cada Bancário (a) com as suas aptidões, mas não vê!!!! porque não tem política para isso. Queremos uma Dirad que aja para além de assinar contratos e pagar folhas, queremos Políticas de Vida na empresa.


AGE BANPARÁ!!


UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
ASSESSORIA DE IMPRENSA

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