segunda-feira, 6 de outubro de 2025

MAIS UMA PERDA E A OMISSÃO DO BANPARÁ SE MANTÉM




A AFBEPA lamenta profundamente ter começado a semana se despedindo da nossa querida associada Vera Lúcia Alvim, mais uma colega que se vai sem ter recebido o que lhe é de direito, os valores devidos pelo Banpará, na Ação do Ticket Alimentação.

É revoltante constatar que, mesmo após tantas derrotas judiciais, a Diretoria Administrativa-DIRAD do Banpará, que comanda o setor jurídico do Banco, insiste em ignorar uma decisão que já transitou em julgado desde 2019, mantendo uma postura irresponsável, protelatória e desrespeitosa com os trabalhadores (as) e com o próprio patrimônio do Banco.

A AFBEPA  iniciou as execuções do julgado quando o Banpará perdeu no 2° grau de jurisdição, porém, após o trânsito em julgado da nossa ação, o DIRAD, comandante do Núcleo Jurídico-Nujur, ao invés de respeitar o que foi decidido, optou por mais um caminho de atraso: fez o Banco ingressar com Ação Rescisória, e nela foi novamente derrotado,  por unanimidade, em todos os seus pedidos. 

Na decisão, o Tribunal condenou o Banco por litigância de má-fé,  vez que ele tentou alterar a verdade dos fatos e, também, prolonga um processo que já deveria estar resolvido há muito tempo. Mesmo assim, o DIRAD segue se recusando a respeitar as decisões judiciais e recorreu, de novo, ao TST, instância superior do judiciário trabalhista. 

A AFBEPA vê uma conduta  inadequada e desumana do DIRAD, vez que após a vitória no julgamento da ação rescisória do Banco, e a derrota por unanimidade, foi tentado por parte da nossa Associação um acordo, mas sem êxito, pois era nítida a falta de vontade do diretor em celebrar algo digno para as vidas dos funcionários (as), que deram ao Banpará as suas juventudes e saúdes, sem que tenham para o Banco hoje qualquer importância,  mesmo quem está na ativa.

A Afbepa verifica, também,  que para o Banco, essa condução do Diretor  Administrativo, além de desumana, acarreta prejuízos, pois ao protelar intentando uma nova ação, derrotada no 2° grau de jurisdição, o passivo aumenta.

O que em 2019 representava poucos milhões, hoje já se transformou em uma dívida muito maior, consequência direta da omissão e da falta de Gestão Jurídica do DIRAD.

O Diretor Administrativo e assessoria jurídica, sob sua responsabilidade e coordenação, têm o dever de zelar pelos patrimônios do Banpará, os funcionários (as) e os valores custodiados, no entanto, suas decisões têm produzido o oposto: aumentam os prejuízos, mancham a imagem institucional e desrespeitam os trabalhadores (as), que esperam há anos por justiça.

Não é possível continuar fingindo que nada acontece enquanto várias vidas se perdem e direitos são negligenciados.

Hoje, a AFBEPA precisou dar adeus à mais uma colega, Vera Lúcia Alvim, que partiu sem ver a justiça sendo feita.

Quantos mais precisarão partir antes que o Banpará cumpra o que a Justiça determinou?

Quantos milhões mais o Banco precisará perder para que o Dirad reconheça a gravidade da sua conduta?

A AFBEPA reafirma que não se calará diante dessa negligência.

Porque o que está em jogo não é apenas um valor a ser pago, é o respeito à vida, à dignidade e ao direito de cada trabalhador e trabalhadora do Banpará.


A DIREÇÃO DA AFBEPA




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