Digamos que esse é o clássico caso de casa de ferreiro, espeto de pau. É isso!!! E muito porque atualmente temos uma área de pessoal que não tem política de pessoal. O Diretor responsável parece não pensar ou simplesmente não conhece quem faz e constrói o Banpará.
A Afbepa já propôs uma gerência específica para os funcionários (as), mas não fez eco, pois o importante é o lucro e não quem o constrói.
Nos corredores do Banco, há um silêncio que pesa. Um silêncio cheio de histórias não contadas, de olhares tristes que evitam o encontro, de palavras que ficaram presas na garganta de quem se dedica todos os dias a manter o Banco funcionando, mesmo com estrutura funcional de 7, mas trabalhando com 3 pessoas apenas. Histórias de desconforto, de assédio moral, de constrangimentos, de palavras antissindicais reforçam esse contexto degradante.
Há pequenas e grandes violências praticadas, que carregam marcas silenciosas.
Não são apenas processos ou regras. São pessoas. Pessoas que acordam cedo, enfrentam trânsito, pressão, metas, adoecimentos e, ainda assim, entregam o melhor de si. Pessoas que carregam sonhos, famílias, responsabilidades e ainda assim dão tudo de si pelo trabalho que sustenta o Banco. Pessoas que, muitas vezes, passam despercebidas.
Erros de gestão a todo momento expõem a falta de contato humano entre o gestor(a) e o subordinado(a). Quer seja por avaliações de desempenho aquém do merecido, por não abono de 5 minutos na batida do ponto, por imposições, entre outros casos.
O gestor(a) conhece esse funcionário (a)?? Sabe a história de vida dessa pessoa? Suas dores, limites? Se tem pai, mãe, filho, mãe, avó, avô? Enfim, o seu histórico social.Cada um merece ser visto, ouvido e respeitado.
O Banpará investe para conhecer seus clientes. Mas quem sustenta o Banco? Quem enfrenta o dia a dia para que tudo funcione? Não basta olhar para fora; é preciso olhar para dentro. Uma política de pessoal que seja apenas técnica ignora a humanidade, e o custo disso é real: adoecimento, conflitos, medo, desânimo e a perda do sentimento de pertencimento.
Quando o gestor(a) trata o funcionário (a) como número, quando negligencia o cuidado humano, quando usa de tirania e métodos arcaicos, o assédio moral floresce. Gestores não preparados emocionalmente não constroem equipes; constroem silêncios pesados. E cada silêncio pesa no coração de quem trabalha. Esse tipo de ambiente é reflexo de uma Diretoria Administrativa ausente ou que não entende a sua importante competência para fazer frente ao peso do capital, para fazer a diferença para o humano.
O gestor(a) precisa entender que gerir não é só entregar resultados. É ouvir. É orientar. É apoiar. É cuidar. É enxergar o ser humano na frente da função e oferecer suporte sempre que necessário.
- Pesquisas de clima organizacional trimestrais, para ouvir e compreender;
- Entrevistas individuais em casos de transferência e permutas, para entender histórias, necessidades e contextos;
- Formação contínua de gestores, com foco em liderança humanizada e comunicação respeitosa;
- Canais de escuta disponíveis diariamente, sigilosos ou não, e acessíveis, para que denúncias e demandas sejam acolhidas sem medo.
Um Banco que conhece, valoriza e cuida de seus funcionários (as) será mais forte, mais humano, mais justo. Porque por trás de cada número, de cada resultado, existe alguém com histórias, sentimentos e limites.
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
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