O Brasil enfrenta uma grave crise de saúde mental no ambiente do trabalho, e os bancários (as) estão entre a categoria mais afetada. Uma pesquisa realizada pelo G1 revelou que, nos últimos 10 anos, os afastamentos por transtornos como ansiedade e depressão atingiram números alarmantes, refletindo o alto nível de pressão e cobrança no setor financeiro.
No Pará, os dados são preocupantes. Em 2023, foram registrados 5.441 afastamentos por transtornos mentais e comportamentais. Desses, 2.262 casos foram decorrentes de ansiedade e 1.286 por depressão. O crescimento dessas doenças reflete as condições de trabalho enfrentadas pelos profissionais, que lidam diariamente com metas abusivas, assédio moral e uma alta carga de estresse.
Os trabalhadores (as) bancários (as) estão entre as categorias mais impactadas por essa realidade. As principais causas do adoecimento são as metas abusivas impostas pelas instituições financeiras, os assédios morais que ocorrem dentro das agências e a constante pressão por resultados. No caso específico do Banpará, as falhas recorrentes dos sistemas tecnológicos são tão graves que causam um estresse e uma sobrecarga de trabalho absurda para os funcionários (as), tornando o ambiente ainda mais hostil e desgastante.
Diante desse cenário, é fundamental que a Administração do Banpará tome medidas urgentes para garantir melhores condições de trabalho e apoio à saúde mental dos funcionários(as). A AFBEPA tem se posicionado ativamente na defesa dos trabalhadores (as), cobrando do Banco condições melhores de trabalho, sobretudo que o ambiente tecnológico funcione, pois o funcionário (a) sofre quando vê o seu trabalho desconstruído por causa das crises tecnológicas.
“A saúde mental fica em declínio diante de fatos que causam estresse, depressão e ansiedade aos trabalhadores (as) e isso não pode ser ignorado.
É essencial que o Banpará assuma a responsabilidade de proporcionar um ambiente do trabalho mais saudável, com sistemas que funcionem, metas realistas e, também, um acompanhamento psicológico, além disso, quem não estiver bem mentalmente, registre essa condição, não omita, é fundamental registrar”, destaca a presidenta da AFBEPA Kátia Furtado.
O reconhecimento da saúde mental como uma prioridade é um passo essencial para evitar que mais profissionais sejam afetados por esses transtornos. Campanhas de conscientização, redução da pressão por resultados e acompanhamento médico são algumas das ações necessárias para mudar esse quadro.
A AFBEPA segue firme na luta por melhores condições de trabalho e reforça a importância do diálogo e do suporte psicológico para os bancários (as) que enfrentam dificuldades.
Caso você esteja passando por um momento de sobrecarga emocional, procure apoio. Sua saúde mental é prioridade!
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
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