quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

VISITAS A CAPANEMA E BRAGANÇA APONTAM QUADRO DE INSATISFAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS



A direção da nossa Afbepa seguiu visitando agências do Banpará no interior e visitou nesta quinta, 24, as agências de Capanema e Bragança, onde conversou com funcionários e discutiu temas pertinentes. Das duas visitas, por fatores diferentes, ficou constatado uma sensação de descontentamento dos funcionários por causa da desValorização e forma de gestão que o Banco vem impondo há  certo tempo, o que foi sentido bastante na Administração passada.

CAPANEMA

Agência Capanema

Diferente das Agências visitadas em Irituia e São Miguel, Capanema mostrou ter um quadro de funcionários compatível com as suas demandas e as atividades sendo realizadas no fluxo adequado. Em termos de estrutura a agência não apresenta Acrílico para proteção dos funcionários do atendimento, mas há uma expectativa de mudança.

Estruturas em Acrílico protegem os caixas em Capanema

“Foi comunicado que o Banco adquiriu e começou a colocar acrílico em uma agência do interior, e vai seguir implantando até chegar em Belém. Ainda não temos a confirmação de qual agência teria recebido a estrutura em acrílico e já foi solicitado essa informação, porque é uma pauta pedida na Justiça do Trabalho, na qual  o Banpará se comprometeu em colocar” comentou Kátia Furtado.

O diálogo com os funcionários da Agência revelou uma situação de grande frustração pela sensação geral de desValorização. Embora se esforcem para atingir os resultados que o Banco busca, e o trabalho esteja fluindo bem, todos estão incomodados com a ausência de promoções por antiguidade e merecimento pelo terceiro ano seguido.

Mesmo cumprindo rigorosamente seu dever, pelo terceiro ano funcionários não terão suas promoções por antiguidade e merecimento

“Todo mundo indignado com essa desValorização. Todo mundo trabalhando muito para conseguir os resultados que o banco quer e não está 'sendo visto'. E o que falta para a Direção do Banpará reconhecer todo esse trabalho?" Comentou nossa presidenta Kátia Furtado.

BRAGANÇA

Agência Bragança apresentou um dos piores ambientes de trabalho entre as visitas recentes

Se em Capanema a conversa com os funcionários avançou por diversos temas, como a Campanha Salarial 2022, que deve ser antecipada por conta das eleições em outubro, como sempre acontece, a visita em Bragança encontrou um ambiente muito diferente. Funcionários acuados, assustados e relatando situações de abusos morais e psicológicos nas mãos da gerência, que adotaria uma posição muito autoritária, sem dar espaço para diálogo com os empregados.

Agência Bragança

“Uma funcionária chegou a chorar enquanto conversávamos. Foi realmente chocante. Fiquei impactada, é uma situação de desumanidade. A gerente regional e a gerente tratam as pessoas sem chances de conversar, atingindo o que a pessoa pensa dela mesma como profissional. Lamentável!!! Vamos conversar com a Direção do banco para entender o que está acontecendo” desabafou Kátia.

ESTILO DE GESTÃO AUTOCRÁTICA E SEUS IMPACTOS NEGATIVOS



Nas ciências da Administração o chamado Estilo Autocrático foi definido no final da década de 30, pelo psicólogo alemão Kurt Lewin. O psicólogo definiu o Estilo de Liderança Autocrático como um estilo onde há a presença de líderes autoritários que tomam decisões de forma independente, com pouca ou nenhuma contribuição dos membros do grupo liderado.

Mesmo os primeiros estudos sobre esse modelo de gestão apontavam que o estilo ditatorial poderia até apresentar resultados mais rápidos para situações onde se precisavam de respostas imediatas e em situações simples onde se pudessem lidar com orientações simples e claras. Mas esse mesmo estilo se mostrava péssimo para atividades que precisassem de envolvimento do grupo e de respostas criativas.

Com o passar dos anos e novos estudos diversos outros impactos negativos, tais quais:



- Chefes que abusam do seu poder causam ressentimento e insegurança em seus comandados;

- Queda da motivação dos funcionários ao ver que suas ideias e sugestões são sistematicamente recusadas;

- Perda de talentos – em um ambiente pouco saudável é comum que haja troca frequente de funcionários e a empresa passa a ter dificuldades em reter talentos dentro de si;

- Perda de produtividade com o tempo – equipes desmotivadas produzem menos e, na ausência do chefe, ninguém cumpre funções pois ficam condicionados a não desenvolver proatividade.

NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA AUTORITARISMO DENTRO DOS LOCAIS DE TRABALHO.

Com uma vida de mais de 30 anos dentro do Banpará, Kátia acredita que a situação que se desenha em algumas agências, que tem apresentado problemas sérios com sua gerência, é algo que não tem mais espaço dentro dos ambiente laborais.

“Um Banco não comporta mais esse tipo de atuação gerencial. O Local de Trabalho precisa ser um ambiente alegre, seguro e salubre para as pessoas poderem trabalhar e dar o seu melhor” disse a presidenta da Afbepa, sugerindo que dentro da estrutura do Banco se abrisse uma ouvidoria para receber queixas e denúncias dos funcionários. "É preciso escutar essas pessoas, não se pode fazer vista grossa contra situações de abuso e desumanidade. E o Banco precisa se mostrar proativo em combater esse tipo de situação” comentou.


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